Rua
Sou contra essa glamourização do empreendedorismo. Sempre teve gente vendendo cachorro quente na rua, picolé, mate na praia. Esses caras são empreendedores. Viram a necessidade deles e a oportunidade. É que agora ficou mais na moda falar que é empreendedor. Antigamente as pessoas tinham vergonha. Quando eu era moleque e falava que trabalhava as pessoas olhavam e não era bem legal, não. "O cara é meio estranho". Hoje em dia é super bonito falar que você incentiva os seus filhos a empreender, o que acho certo, mas aconteceu uma valorização.
Encontrei uma rua no
no inicio esburacada,
sem asfalto , perigosa
cheias de curvas, alguns
se aventura , alguns metros
é desanima é volta para trás,
carro não vai , a rua é sem forma,
não parece rua , cheia de mato
os mais afoito , vão correndo
cansam é fica pelo caminho , o
caminho é longo , deveria ser para
todos mas é para poucos... no final
do caminho existe um lugar chamado
GRUTA DE DEUS uma das maiores
paisagem que já vi, com cachoeiras
é mata virgem , "quem conhece o
final do caminho , não desiste no
inicio!"..
O tremendo reboliço que estava acontecendo na rua fez a dona Carlota acordar no meio da noite.
Afinou os ouvidos para entender o que estava acontecendo e por mais que tentasse não conseguia entender uma só palavra.
Mas, que diabos será isso?
Vestiu a sua camisola, abriu a porta de fininho porque os tiros e as bombas até estremeciam as panelas penduradas acima da pia que ela fazia questão de exibir de tão limpas e polidas.
Saiu de porta a fora, descabelada e sem dente que mais parecia uma assombração.
E o alvoroço e a bala zinindo no meio da noite, quase que mata dona Carlota do coração.
Na pontinha do pé saiu com um pé na sandália e outro no sapato. Na correria nem viu esse detalhe. Abriu a porta. E foi escorregando de porta a fora até chegar na calçada.
Cadê o povo? alias a multidão que fez com que ela acordasse e sair feito um zumbi?
Olhou pra um lado, olhou pra o outro, e na rua não existia uma alma viva para lhe contar o que aconteceu ali! Só o silencio, o vento e o clarão da lua cheia e aquela marmota no meio da rua, quer dizer ela.
Depois de levar o maior susto da sua vida que deixou o seu cabelo espetado parecendo palitos, outra bomba e tiros e mais tiros e eu sei lá se eram de balas de borracha, sei apenas que era o barulho da tevê do vizinho da Dona Carlota, ligada no volume máximo vendo um filme de bang bang, daqueles do velho oeste.
Correu pra dentro de casa fumaçando pra pegar uma vassoura e resolver essa questão na base da vassourada. Quando de repente sua filha acorda e encontra a mãe naquela situação pronta pra guerra. Tomou a vassoura e lentamente levou a Dona Carlota pra cama e não deu cinco minutos e estava ela roncando de tão profundo era o seu sono
No dia seguinte não lembrava de patavinas nenhuma, ou se lembrava não comentou. É que a dona Carlota era sonâmbula.
E via coisas que qualquer um duvida. Até eu mesma.
Autor: Maria de Lourdes
"É fácil vermos cinquenta pessoas cercarem na rua pra linchamento um ladrão que acabou de roubar um celular de mil reais, difícil é ver cinquenta mil pessoas cercarem as casas legislativas, executivas e os tribunais pra pegarem os ladrões que roubam bilhões! Sabem por que? Onde se rouba muito tem-se a proteção do Estado, no pouco, ele não se preocupa"
Hoje o Ipê amarelo da rua do fórum floresceu, espalhando flores para todos os lados, e isso renovou minha alma e a encheu de esperança e da renovação que só a primavera é capaz de trazer. Quis chamar todos do gabinete para olharem, mas eles iam dizer que eu era louca de parar de fazer minhas decisões e olhar para uma árvore florida. Na certa iriam me xingar dizendo para eu me focar no que era importante. Mas será que estariam certos ? Quer dizer, nós trabalhamos todos os dias, corremos de um lado para o outro, estudamos, vivemos em uma rotina caótica e acabamos nos esquecendo de olhar as coisas bonitas da vida. O que eu quero dizer é que nos enferrujamos, não vemos a beleza com os olhos limpos de uma criança, mas com os olhos nublados de um adulto, confundindo flores que caem na rua com sujeira, o café que nos causa úlcera com um incentivo para o trabalho, o monóxido de carbono emitido pelos carros com desenvolvimento. Estamos muito errados em relação à nossos conceitos, e então talvez devêssemos começar as mudanças olhando para um ipê florido, ouvindo o canto dos pássaros e analisando a beleza da natureza, pois afinal, o trabalho estará lá amanhã , mas a primavera estará?
Crônica: Ailton sapateiro e a rua do socorro.
ALGUÉM AQUI LEMBRA DE SEU AÍLTON SAPATEIRO DO SOCORRO EM TIQUARUÇU?
– Oi, de casa! – gritávamos pela janela que dava para a rua.
– Instante só – vinha uma voz de quem parecia tirar um cochilo em outro canto da casa.
Estávamos de frente para a casa e ao mesmo tempo oficina de seu Aílton, sapateiro que há décadas se instalou na rua principal do povoado do SOCORRO, em Tiquaruçu, sua casa, continuava com o mesmo aspecto tosco de antigamente. A única que não recebia nenhum tipo de pintura ou reforma no meio das casas do lugar. Mas também um local onde funcionava o atelier de um grande artista.
Sapato todo esfolado, sem sola, com costura arrebentada? Seu Aílton tinha a solução. Bolsa de couro rasgada, sem presilha? Lá estava ele dizendo que dava um jeito. Quantas vezes vi seu Aílton resolvendo o que parecia ser impossível. Os sapatos chegavam em frangalhos e, dois dias depois, pareciam novos. Era trabalho feito com detalhe e precisão. E também alívio para clientes que resistiam a abrir mão de velhos e confortáveis calçados.
– Pois não, em que posso ajudar?
Era assim que sempre nos recebia seu Aílton!
Reflexão diária 07/09
Preciso varrer meu lado da rua, e não aconselhar como os outros o devem fazer, a não ser que peçam minha opinião.
Eu vou te dizer algo,
você pode me botar pra fora e me deixar
descalço na rua…
mas me tira, me tira desta miséria.
CORAÇÃO EM FUGA
Márcio Souza 18.08.17
Coração solitário solto à rua,
Arrastado ao léo, ao vento,
Deixando as marcas suas,
Cravadas ao solo e ao relento.
Marcas tristes da ilusão,
Por uma rua triste e deserta,
Das esperanças em vão,
E das incertezas incertas.
Num cenário em branco e preto,
De tristeza e amargura,
Escreve com sangue,a seu jeito,
A dor de um sentimento sem cura.
Parece pedir socorro,
No vermelho rastro que expande,
Que pintem a rua de novo,
Com as cores do próprio sangue.
Mas na verdade o que a acontece,
Tudo indica e que parece,
Vendo essa cena desnuda,
Tratar-se de um coração em fuga,
Deixando as marcas da dor,
Frustrado dos seus sonhos de amor.
Márcio Souza
(Direitos autorais reservados)
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1814488811914140&set=a.550967981599569.139282.100000591160116&type=3
Já não enxergo mais ninguém
Na rodovia só existe o meu carro, e eu não ouço o seu motor.
Na rua estou sozinha
Parece que o mundo está vazio, sem pessoas , sem pássaros, sem luz.
Em meio ao silêncio, escuto minha alma chorar de dor, é ensurdecedor este barulho que não aceita o meu grito "silêncio" pedindo para se calar.
Não julgueis, para não ser um camuflado
Passo na rua e me param, para me dizer, que se eu não for para igreja não serei salvo.
Não tenho culpa irmão, se não preciso de acordo para ter Deus do meu lado.
Põe em pauta meus pecados,
Como se os seus fossem menor por serem apenas industrializados.
Diz ate que minha música é do diabo.
Não se iluda, sua música gospel não faz de ti um iluminado.
Repeito mutuo é lei da reciprocidade, aprenda, ninguém conseguirá comercializar e nem trazer por encomenda.
Sou um simples pecador, assumo todas as minhas falhas e todos os meus erros, faça você o mesmo, ao invés de me apontar o dedo.
Deus é o juiz, não faça da sua crença um negócio, você não conseguirá melhorar o mundo para alguém, enquanto piora-lo para si próprio.
Laboratório de escritor também é a rua, a vida real e são as pessoas comuns ou incomuns, discretas ou extravagantes...
Sempre que sinto falta de uma família, vou almoçar no Bar da Reni, na Rua Mato Grosso, Ponta Grossa.
"Não importa em que rua a sua vida se encontra, se ira demorar meses, um novo ano ou talvez até um novo século, aqui em minha história você sempre será o dono do capitulo principal."
Não escutar o trinco, a chave...
Não te ouvir abrir á porta
Tá tão difícil te vê mudar de rua
Não sentir teus passos
Tá tão difícil não olhar em teus olhos
Não te mandar poemas
Não te cantar poesias !
Tá tão difícil esconder o jogo
Disfarçar, calar...
Tá tão difícil escancarar o riso
Engolir o choro.
28/09/2017
Madrugada.
Sozinho na madrugada, a companhia é a escuridão e o barulho. As luzes da rua clareiam até onde a vista alcança.
A brisa da madrugada sopra fria no rosto, trazendo saudades do calor da cama.
O silencio logo é quebrado com o latir dos cães de rua, estes vão despertando sonos profundos. De longe se ouve o canto do sabiá que anuncia o clarear do dia, chega com ele alguns raios de sol, atravessando as poucas folhas deixadas pela primavera.
onde está a virgula
na rua to na virgula
onde vir agulha
prata, bigode, dinheiro, nome
choro, doença, morte e fome
essa e a diferencia
entre o branco o preto
e o que o corrompe
Você deixa a casa dos pais.
Deixa a rua, o bairro ou o sítio que nasceu.
Deixa a cidade, o Estado o País.
Deixa a mulher e o filho.
Deixa a religião e o time que torceu a vida toda.
Até o dia em que de tantas deixas, deixa o próprio corpo;
O corpo que levou pro trabalho, pra diversão e para tantas aventuras.