Rua
No '' mundo da lua ''
Sempre distraída
olhando pra rua
procurando uma saída
''do mundo da lua''
E devo dizer
que é impossível tentar fingir
que não da de esquecer
e nem mesmo fugir
De cada pensamento
de cada tentação
de cada momento
de cada razão
Como fugir e não pensar?
em cada emoção
devo tentar parar
de perder tanta atenção
Seguindo lhe até esconder o corpo antes da ultima curva.
Desfilam neste pedaço de rua onde meus olhos
Pede para sua cabeça virar, antes da outra rua,
Para lhe fazer um aceno.
Quase chegando no Sossego....
Meu velho oeste!
Não nego...
Dos bang bang
da rua Nova
indo pra Meia Laranja
com a gangue.
E a linda Mara,
na garupa
do meu alazão...
A Rua da Saudade existe em Muitas Cidades
Lá, como em qualquer outra rua
Vão morar pessoas de todas as idades
Pessoas ruins, medianas e boas
Gente honesta, meio-termo e gente à toa
Tem o cara que Guardava as Chaves
E os caras que ficaram atrás das Grades
O velho e o menino, o senhorio e o inquilino
O fervoroso, o ateu e aquele, cujo coração
Foi uma semente que caiu na areia
Mulher bonita, remediada e mulher feia
Lá nessa rua eles tem toda a eternidade
E também não há mais tempo pra nada
Ela tem esse nome para honrar
Algumas pessoas que moram lá
Outras não deixaram nenhuma saudade
Um dia todos nós seremos vizinhos
Mas ninguém virá bater à sua porta
Pra pedir açúcar ou café
Portanto
Se você tem algo a dividir
divida agora
Aquele que por último, melhor vai rir
É aquele que sabe o que há no porvir
E muitas vezes, hoje chora
Clara e bela, se faz o nascimento da lua,
fico eu te apreciando da rua.
No céu a luz que todos iluminam,
na terra seu olhos que me fascinam.
A noite traz o cheiro de amor,
mesmo distante sinto seu cheiro de flor.
O vento assoprando paixão,
você guardada em meu coração.
Sua voz é pura ternura,
espalhando toda sua doçura.
Eu vagando por toda cidade,
para curar essa louca saudade.
Talvez na eclipse da lua,
você me diga diga,
finalmente sou sua!
Sergio Fornasari
O que não encontramos em casa, encontramos na rua. Porém, as coisas da rua pode ser efêmera tanto como perpetuamente infinito.
Cuidado com as sua decisões, elas serão cruciais no seu dia-a-dia.
"H.A.A".
E se em alguma esquina a gente se tocar, fecho os olhos, cruzo a rua...o que for faço para evitar o toque. Construo barreiras, faço escadas...só capaz de voar no tempo pra não da mais de cara com você !
A ESCURIDÃO
Um alien veio do espaço
Mas quem pode ver
Somente eu pois a rua e deserta
A noite fica solitária e o breu se alastra
mas não deixe que solidão te abraça ,
pois você e a luz
Que pode iluminar toda essa escuridão
E iluminar meu coração.
SUJO DE FLOR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Era uma rua fétida. Insuportável: viam-se pelo chão, velhas fraldas imundas; ratos mortos; muitas poças de lama em dias de chuva, e muita poeira nos dias ensolarados. Às margens, o capim crescia desordenado e cobria uma vala que a prefeitura nunca fazia manilhar.
O agradável contraste naquela rua era o belo quintal da professora Janice. Via-se pela cerca de arame uma grande área de chão arborizado. As árvores eram nada menos do que alguns pés de flamboaiã que se mantinham floridos quase o ano inteiro. Eles cobriam de pétalas o chão arenoso e grato por tamanha beleza.
De vez em quando a professora Janice era vista mal humorada, vassoura em punho, varrendo as flores que atapetavam o chão de seu tão belo quanto admirado quintal. Admiração não somente pelas flores, mas também pela sombra extensa, com leves pitadas de sol que tornavam tudo mágico. Era mesmo impossível passar pelo quintal da professora Janice e não dar uma boa olhada.
Passei um bom tempo sem ir ao bairro em questão. Logo, sem admirar o quintal da rua imunda. Quando voltei a passar por lá, foi grande a surpresa pelo que vi: o quintal da professora Janice, agora cercado por um muro de pouco mais de um metro e meio, não tinha mais as árvores. Como não resisti, aproximei-me para ver melhor e vi o chão todo pavimentado, sem nenhum arbusto; nenhuma roseira; maria sem vergonha... qualquer planta.
Finalmente, o imóvel da professora estava mais imóvel do que nunca: não tinha vida; os pássaros foram embora; também se foram as borboletas. Restou a casa, bem mais ampla e luxuosa, cercada pelo chão pavimentado e quente, além dos banquinhos de cimento expostos ao sol torrencial.
Curioso, perguntei a um menino da rua imunda se a professora Janice não mais morava no local. Ele respondeu que sim. Encorajado por sua boa expressão, me deixei indagar se ele sabia o motivo de a professora ter mandado cortar todas as árvores do lugar.
- Olha, moço; saber, mesmo, não sei não... mas ela vivia reclamando porque as árvores davam trabalho... deixavam seu quintal todo sujo de flor.
O NOME NÃO DIZ TUDO
Em um final de tarde, estando eu, a passear pelas rua do Recife, fui atraído por um vendedor de livros. O sujeito começou a me mostrar os livros mais antigo, percebendo o meu interesse, abriu um grande baú, de onde tirou vários títulos.
O titulo que me chamou a atenção foi “ESPALHA BRASAS”de um escritor Paraibano de nome José Cavalcante. Folhei-o lentamente, e dei de cara com os seguintes versos:
Eu sou José Cavalcante
Conhecido por Zé bala
Moço, fui bicho elegante
Velho, foi-se minha gala
Mulher a de pouco siso
Que me chamam de pidão
Eu peço por que preciso
E elas porque me dão.
Comprei, paguei cinco reais por uma obra tão rara, esse é o valor do escritor brasileiro.
Continuei meu caminho, vinte minutos depois, esteva na praça dois irmão, eis aqui um lugar que deveria ser cuidado pensei! Cuidam nada! esses caras querem, é só gastar o dinheiro do povo. Isso eu só pensei, quem repetiu meu pensamento, foi um jovem casal que passava ao meu lado. (até parecia que lia meus pensamentos).
poucos minutos depois, estava assentado em um antigo banco de metal, debaixo de uma grande arvore.
Em vão procurei algum fruto, afim de identificar a arvore, isso mesmo, frutos, só identifico a arvore pelo fruto, e isso não é um principio bíblico, é falta de conhecimento mesmo. Se tem manga, repito: essa é uma mangueira, se eu vejo goiaba, já a identifico imediatamente como sendo uma goiabeira, e da ir por diante.
Não vi fruto, valia a sombra.
Fui a leitura, agora com mais calma, sendo interropindo as vezes, por uma mãe raivosa.
-sai daí menino, deixa o animal quieto!
-mãe, ele quer me morder!
Lia, e absorvia cada pagina!
Eu sou um tipo de animal que não morde crianças. Ou mordo?
Cinco minutos de pleno silêncio. É nesses momentos que me transporto de um lugar a outro com facilidade.
O pensamento cria asas.
Passaria o resto da minha vida ali. Aquele banco de ferro, ou era de bronze? Não sei. Só sei que faria dele o meu mausoléu, tal qual Manoel Bandeira. Percorreria as mesmas ruas. Visitaria aquela criança doente. "Em uma casa, a mãe embala uma criança doente".
Faria uma reforma na "Ponte Buarque de macedo, indo em direção a casa agra" E como Augusto dos Anjos, "Assombrado com minha sombra magra"
Construiria a minha tese em cima dos versos de Mario Quitana.
Todos aqueles que atravessa meu caminho
Eles passarão
Eu, passarinho.
Ou simplesmente releria as ultimas estrofes de Zé Cavalcante:
Eu peço por que preciso
E elas por que me dão.
Tudo seria possível, se não fosse aquele grito, que parecia vir do além.
Cruel, ou Cruel! Vem aqui por favor!
Fui tentado a sair do meu transe momentâneo, e me transporta a vida real.
O grito de alguém, chamando outro alguém, eram insistente, Cruel, ou Cruel.
Fui forçado a me virar. Mais não fiz isso de forma brusca, agi como que estar em câmara lenta, estava mas curioso em saber quem era Cruel, do que, em quem chamava.
Seria algum animal? se fosse, o animal, seria da raça Pit-Bul, sendo assim, seria melhor eu ser cauteloso em meus movimentos.
De repente, passa por me um jovem, não era do tipo negrão, Galegão, ricardão. Era apenas um jovem.
Era magro, muito magro.
fixei meu olhar naquela figura. Seus traços finos, voz suave. No seu andar, tinha a leveza da brisa. Mãos na cintura. Caminhava devagar. Quase parando.
Chega até sei interlocutor, poe-lhe a palma da mão no ombro, sacode a cabeça e pergunta:
-Que queres?
Passavam das seis horas.
Levantei. Sair caminhando lentamente, enquarto pensava:
O nome não diz tudo.
CHUVA DE OUTONO
A bater na minha janela
Gosto de sentir os pingos da chuva
Ao olhar para a rua eu vi-me
Naquelas folhas secas....
Sem vida, que são varridas pelo chão.....
No silêncio, eu não ouço os meus gritos.....
A solidão, é como a chuva que admiramos
De vez em quando há necessidade de chorar......
E quando a lua, as estrelas e o sol brilham..
São a luz que sentimos, na alma e no coração......
O importante é não olhar para as estrelas como cruzes....
É sentir a cruz que carregamos....
Como os pingos da chuva da nossa própria solidão.
Cantor de Rua
sou cidadao como todos voces que me dispresam e me chamando mendigo mas sempre digo sou digno do vosso respeito.
sou um simples cantor de rua mas nao me das valor empresario.
vés em mim um animal em defeso mas sempre me defendo da minha forma.. mesmo passando fome.
dizes que nao canto nada.
que quand falo e como se eu tivesse latindo.
esquecendo que desde muinto cedo cantei e emocionei seu coracao que depois de amargurado veio em mim abrigar-se
sou cantor de Rua nao nego a minha realidade mesmo sendo maior de idade..mas diz quem me vé chorando cantando que escrevo letras de ouro.
Criança na rua, menino drogado, há que triste ilusão, que mundo largado, se as almas perdidas pudessem contar, quão diferente seria para quem aprender a nadar... Tem criança sem infância, sem dia, sem alegria, o mundo escondeu os sonhos e trocou por desafios, hoje, não apenas na favela mas do lado externo de fora pra dentro do seu quintal meu caro amigo, veja o olhar frio, um coração que era quente agora grita por abrigo. A vida trocou os brinquedos comuns por outros que matam.
Por ser a vida uma rua de mão dupla, quando estiver pilotando conquistas, cuidado, porque na outra faixa a inveja anda nas asas da derrota. Saúde e Paz!
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