Rua
Eu tinha uma calçada
Uma rua e um portão
Para brincar de correr, de se esconder e de pega-ladrão
Idos tempos...
Nem tão distantes
Próximos, para falar a verdade
Tão perto do hoje como o ontem
Que já passou.
Era segunda - feira e ela fazia bico enquanto mexia a cadeira, ao atravessar a rua. Mexia tanto que parecia cobra a rastejar, era um rebolado que não deixava a desejar. No seu olhar algo que dizia "Como eu amo o fim do dia." Me deixou mesmo intrigado aquele rebolado e a cabeça que mexia para todos os lados. Ah sim agora tá explicado não era qualquer rebolado era de uma negra mulher que confiada andava sem olhar pro lado. Ao terminar sua travessia percebi que a mulher sorria como quem dizia "Como eu amo o fim do dia."
Da minha janela do último andar
eu via relâmpagos
raios caindo no mar
e crianças a brincar na rua
como se a vida fosse
correr atrás daquela bola;
Viver é como caminhar embriagado numa rua larga, só é possível chegar ao destino se alguém estiver do lado nos apoiando e nos levantando em cada queda que formos a sofrer...
Sempre em frente, continua sempre
Fiz de mim uma estrada, um caminho
Um trilho, uma rua, um beco sem volta
Percorri caminhos, estradas que eu escolhi
Conheci a dor, solidão, escuridão, amor, paixão
Sofri desilusões, mágoas, cantei, chorei, amei
Sempre em frente num caminho colorido
A vida continua sempre bela, triste e sombria
Trilhos de várias cores, sem medo de ser vivida...!!!
Andando pela rua, vejo você no outdoor, sorrindo para mim. Olho novamente e vejo que estava apenas sonhando acordado.
Era tarde, e a rua estava cheia de pessoas vazias. E na costa marítima ele vinha ao meu encontro. Haviam tantos rostos estranhos em busca do meu, pensei ter visto o seu. Talvez. Às vezes, as noites frias me fazem lembrar você.
Jamais vamos mudar alguma coisa ficando apenas no facebook...
temos que ir a rua, boca a boca, calor humano, sentir na pele, viver, se astrever, rever e perceber todo o mal que nos rodeia, pois só assim teremos a sabedoria de combater, e temos que ter toda a inteligencia pra fazer a coisa certa na hora certa e fazer isso não chega a ser uma escolha, mais chega ser uma necessidade... só os fortes ficarão e jamais se acovardarão, e mesmo diante de tantos medos ainda não podemos ter o medo que nós impeça de evoluir cada vez mais...
Homens de rua... Luar e céu estrelado, logo vem o alvorecer obrigando-os a catar do lixo para saciar a fome! Passa o dia de xingadas e menosprezo, matam a sede na chuva e são empurrados pela tempestade.
TEMPO I
Alguém sabe, pra onde vai essa rua ?
O tempo passa por esse caminho ?
E o amor, virá junto ?
Antes do tempo,
ou depois que o tempo passar ?
Quanto tempo irá demorar,
para que meu tempo passe ?
Sei que ele passará !
Mas espero mesmo,
é o amor, que com ele virá.
Certo dia, uma mulher avistou um mendigo, sentado numa calçada na Rua..
Aproximou-se dele, e como o pobre coitado, já estava acostumado a ser chacoteado por todos, a ignorou..
Um policia, observando a cena , aproximou-se :
- Ele está a incomodar a senhora?
Ela respondeu:
- De modo algum - eu é que estou tentando levá-lo até aquele restaurante, pois vejo que está com fome e até sem forças para se levantar. O senhor Policia ajuda-me a levá-lo até ao restaurante?
Rapidamente, o policia a ajudou, e o pobre homem, mesmo assim, não querendo ir, pois, não acreditava que isso estava a acontecer!
Chegando ao restaurante, o garçom, que foi atendê-los, disse sem pestanejar :
- Desculpe Senhora, mas ele não pode ficar aqui.. Vai afastar os meus clientes!!!
A mulher abaixou e levantou os olhos e disse:
- Sabe aquela enorme empresa ali em frente? Três vezes por semana, os diretores de lá juntamente com clientes, vêm fazer reuniões neste restaurante, e sei que o dinheiro que deixam aqui, é o que mantém este restaurante . Pois é, eu sou a proprietária daquela empresa. Posso fazer a refeição aqui, com o meu amigo.. ou não?
O garçom fez um gesto positivo com a cabeça, o policia que estava de longe observando ficou boquiaberto, e o pobre homem, deixou cair nesse momento, uma lágrima de seus sofridos olhos.
Quando o garçom, se afastou, o homem perguntou:
- Obrigado Senhora, mas não entendo esse gesto de bondade.
Ela segurou nas suas mãos , e disse :
- Não se lembra de mim, João ?
- Me parece familiar - respondeu - mas não me lembro de onde.
Ela, com lágrimas nos olhos, disse:
- Há algum tempo atrás, eu recém formada, vim para esta cidade... Sem nenhum dinheiro no bolso... Estava com muita fome... Sentei-me naquela praça, aqui em frente, por que tinha uma entrevista de emprego naquela empresa, que hoje é minha. Quando se aproximou de mim, um homem, com um olhar generoso. Lembra-se agora João?
Ele, em lágrimas, afirmou que sim.
- Na época , o senhor trabalhava aqui. Naquele dia, fiz a melhor refeição da minha vida, pois estava com muita fome, e até sem forças. Toda hora, eu olhava para o senhor, pois estava com medo de prejudicá-lo , pois estava ali a comer de graça. Foi quando ví, o senhor a tirar dinheiro do seu bolso e colocar na caixa do restaurante. Fiquei mais aliviada. E sabia que um dia poderia retribuir. Alimentei-me, fui com mais forças para a minha entrevista.
Na época, a empresa ainda era pequena... Passei na entrevista, especializei-me, ganhei muito dinheiro, acabei comprando algumas acções da empresa, e com o passar do tempo, fiquei a proprietária, e fiz a empresa ser o que ela é hoje.
Procurei pelo senhor, mas nunca o encontrei... Até que hoje, o vi nessa situação. Hoje, o senhor não dorme mais na rua! Vai comigo para a minha casa... Amanhã, compraremos roupas novas, e o senhor vai trabalhar comigo!
Se abraçaram, a chorar.
O policia, o garçom e as demais pessoas, que viram essa cena, emocionaram-se diante da grande Lição de vida, que tinham acabado de presenciar!!!
MORAL DA HISTÓRIA:
Hoje sou eu a precisar . . . amanhã podes ser Tu !
Faz sempre o BEM... Um dia ele retornará em dobro para Ti
Noite de inverno.....
numa aldeia lá para trás das serras e montes
A rua está escura e fria, a água corria devagar
por debaixo da ponte velha, gasta e sentida
as fragas da rua estão escorregadias da geada.
Vaguei por caminhos sombrios e vazios das
ruas desertas, geladas e frias,
aldeia serrana deserta
fria sem gente, ouve-se ao longe o uivar do lobo
do latir dos cães presos em casa,
currais e cortiças.
Ando pelo adro da igreja onde já foi um cemitério
sinto arrepios das almas em dor, corre a água da fonte
onde eu já bebi esta água gelada e fresca no verão e
fico a olhar, hoje com sede e já não consigo beber
desta água que passa e passou pelos mortos do cemitério.
Rua da aldeia fria gelada,
sombras à solta marcadas de dor
casas caídas de barro, de lama, de fragas e caminhos
amores perdidos, esquecidas por caminhantes Del Rei
afinal foi uma aldeia importante em tempos, em tempos.
Hoje vazia, deserta, sem alma, sem gente, sem escola
sem comboio, onde os velhos ficam à lareira sozinhos
esquecidos a recordar os tempos de juventude já perdida.!!
''Na rua do meu silêncio''
Canto já só em minha solidão,
Na quietude desta minha rua,
Onde amores passam corridos
Como pássaros perdidos,
Acalentados pelo brilho da lua
Que os abraça em nuvens d'algodão
Na rua do meu silêncio,
Passam figuras risonhas
Do passado à que pertenço,
Contando histórias tristonhas.
Conservo no olhar uma tristeza incomum
Que veio de não sei de onde,
Mas que me é um grande tormento,
Sento-me nas calçadas do sofrimento,
Procurando a minha sombra que se esconde
Dentro de mim não indo a lugar nenhum.
Na rua do meu silêncio,
Há vozes que ecoam pelo ar,
Pensando que me convenço
De que devo um dia falar.
SÉRIE LUA II
Entra doce, brilha lua,
pelo quarto a me acordar.
Corro e vejo na rua,
quantas coisas a pratear.
Entra lua, minha alma é tua,
vivo sempre admirar.
O teu branco perpetua,
todas as formas de amar.
As brincadeiras que nós fazia na rua, ficou no passado, mas vejo em minha mente o filme as risadas que você dava quando eu tropeçava.