Rua
Rua
Rua escura, sem saída
Sombras se movem na sarjeta
Um grito ecoa na noite
Um corpo é arrastado
Rua fria, sem alma
O vento sussurra segredos
Um choro é ouvido ao longe
Um espírito vaga
Rua perigosa, sem vida
O crime impera na esquina
Um assassinato é cometido
Um cadáver é jogado
Rua macabra, sem esperança
A morte é o único destino
Um funeral é realizado
Um caixão é fechado
Rua tenebrosa, sem futuro
O medo é o único sentimento
Um pesadelo se torna realidade
Um terror sem fim
Penso naquilo que te comprei, no canto do quarto esperando o momento de um dia servir para algo... Aquilo que simbolizou uma promessa tão bonita e agora não passa de apenas mais um objeto esquecido pelo tempo, todo empoeirado, moradia de aranhas.
Penso no caminho que escolheu, tão confuso e incerto, enquanto minha rua havia sido asfaltada para que pudesse caminhar livremente. Ainda te vejo com pés descalços nessa estrada de pó e pedras, e em ti penso calçando as sandálias que eu quis pôr em seus pés...
#MINHA #ESTRADA
Creio nos anjos que andam pelo mundo...
Creio num céu futuro...
Creio que os inocentes tem pressa em voar...
E eu aqui, cá comigo...
O hei de fazer senão sonhar?
Indago de mim se eu próprio tenho paixão...
E o que há assim no mundo que responda minha indagação?
Um palavra soprada...
Um flor na sarjeta abandonada
Um supremo silêncio...
Nas ruas obscuras e esquecidas...
Cujos espinhos e sangue dão o rumo à minha vida...
Insondável ilusão...
Felicidade cujo crime espero...
Estranha ansiedade que em mim circula...
Sabe-me o sol...
Testemunha-me a lua...
Alongando minha estrada...
Que nem sequer começou...
Só sei que nesse destino...
Vou atrás do que não sei...
Sonhando...
Um dia de cada vez...
Sandrinho Chic Chic
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