Rua

Cerca de 2989 frases e pensamentos: Rua

Ainda sobre o Catete, comecei a ver um "cara de rua" direto... Vive nas imediações do Museu do Catete. Negro, boa complexão física, aparentando uns 50 anos. Usa, habitualmente, roupas rasgadas deixando à mostra, por desgraça, vamos reforçar, o que os nudistas exibem por prazer. Seu corpo é infestado de parasitas e por isso vive se coçando. Tem aquelas tromboses com lepra nos tornozelos e grita poemas a seu modo, ali em frente a lanchonete Big-Bi; xinga as crianças que saem do palácio e o provocam, ou pára em frente ao palácio e perde a compostura xingando o governo pelo que ele acusa de "roubalheira nas eleições". Dorme na calçada, ou, quando chove, se vê obrigado a dormir sob as coberturas da Rua do Catete, da Rua Pedro Américo, ou adjacentes... Não dá pra deixar de reparar que ele é extremamente admirador do palácio... Por vezes pára, e fica com uma cara de pão doce, imóvel, olhando o imóvel. Vive por isso fazendo versos em homenagem ao palácio. Versos gozadíssimos, cujas rimas param algumas pessoas mais perceptivas... O seu nome, ou apelido, não consegui descobrir ainda. Sempre que tento, quando ele está mais calmo, recitando os versos em frente ao palácio, é sábado ou domingo, quando as crianças ficam provocando o pobre homem, que, ao perceber a gozação, inicia uma série decorada de palavrões impossibilitando-me de qualquer contato. Ainda lembro de alguns versos: "Tcham, tcham, tcham, ninguém faz nada por mim, tchan tchan tchan também quero casas". São uns versos meios bizarros mesmo, no estado bruto. Esse "tcham", é pra entender que ele canta seus versos. A melodia, se bem me lembro, é quase igual ou semelhante em todos os versos, sobre tudo, sem estribilho. Ele bebe, vive de esmolas, e quando as recebe agradece com bons modos, os restos de comida de quem sai da lanchonete e mitiga sua fome. Mas, desde que não discordem do que ele diz durante a aproximação. Se alguém der uma esmola, e ainda der um conselho, é certo a descompustura e, de acordo com o grau do conselho ( "o senhor tem que parar de beber", "cadê a sua família, procure sua família", "procure um trabalho") ele chega, por vezes, a atirar no doador da esmola a própria esmola recebida. Até agora apurei que, assim como eu, ele também tem seus momentos de introversão. Reparei que é sempre quando está chovendo. Nessas ocasiões, quando passo por ele, está sentando na calçada com uma parada tipo um pregador de varal, daqueles antiguinhos de madeira, e com ele inicia um rápido movimento entre os dedos, fazendo com que o pregador deslize ao longo do polegar até o indicador. Assim está sempre quando chove. Parece que fica curtindo sua desgraça, ruminando o passado possivelmente melhor do que o presente, e certamente bem melhor do que o futuro sem esperanças. Sem esperanças porque não podemos ser hipócritas; um ser humano alheio a tudo e a todos. Sua figura marcante de miserável de rua se apresenta bem nítida e ninguém liga. Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!! Feliz Carnaval.

Inserida por AlessandroLoBianco

Devemos ter o mesmo olhar de um cachorro para com seu dono morador de rua.

Inserida por jeisonmorais

As nuvens se dissipam em pensamentos.

Inserida por joemaia

Menino de Rua - Escrito há mais de 30 anos.
(Rayme Soares)

De amor eu sou carente
Ando descalço e sem camisa
O meu futuro dizem ser delinquente
O meu dever amar a vida

O meu sorriso é momentâneo
O meu desprezo já lhe avisa
Que não sou nenhum simples estranho
Mas um moleque da avenida

Meu sonho mesmo é ser alguém
Que seja visto como gente
Não tenho nada e tenho o mundo
Pra aprender a me virar

Minha escola é a rua
Os "professores", quem não quer me ver
Pois sou um menino de rua
Mas posso até vir a crescer

Inserida por RaymeSoares

Rua

Rua...

Timidamente
embrulha-se de luar
Está guardando-se dos sons
que os ébrios ousam tocar

Logradouro...

Não conhece o mar
porque fica do lado de cá.
Mas envolve-se na areia
que vento tema em lhe dar.

Alameda...

Parque, praça, jardim.
Guardadora de passos
Ladra de sonhos
Acolhedora do abandono.

Enide Santos 21/06/14

Inserida por EnideSantos

Aprendi a ler porque via meus pais imersos em livros. E, ainda quando mal entendia o porquê das coisas, tinha comigo que havia nos livros uma magia muito além daquelas das brincadeiras de rua. E, tão logo me iniciei neles, percebi porque, no silêncio de uma leitura solitária, as pessoas sonhavam acordadas.

Inserida por sergiodinizdacosta

Tem muita gente boa nas ruas e muita gente ruim nos escritórios. Temos é que pensar melhor em quem damos valor.

Inserida por biloideias

Belas Mulheres e Gostosas á Varias sim !!!!!

"Mas mulheres Bonitas,são poucas,essas você não ver sempre na balada...
Elas estudam trabalham,muitas das vezes cuidam dos filhos,as vezes tem olheiras,sem tempo de corta ou pinta os cabelos,ou fazer as unhas..as vezes acham que estão magras de mais ou um pouco acima do peso....e como sofrem...uma estria aqui uma unha quebrada ali !!!!!
Sofrem pelos parentes ou por seus maridos ou até mesmo por um simples amor..
Durante a semana você nem nota ela,passando pela rua são como verdadeiras gatas borralheias,mas são objetivas carregam o mundo em suas costas..
Mudaram muito,mais ainda sim,são verdadeiras Musas..."

Inserida por MorpheuLyma

Se pra gente ta muito frio imaginem pra quem mora na rua.!'

Inserida por PensamentosdoDia

Andei perdido,loucamente e faminto da minha estupidez,
a minha mente esbanjava intrepidez, por dentro só decepção,
a verdade que engana é a mesma que condena,
antes, e de tal zelo quanto cabia.

ainda um dia chegaria para minha lucidez voltar
escapei como podia, das vontades outra vez queria
saber qual foi o dia que em mim quis perpetuar.

E um brilho do alerta rangia, nessa minha idolatria de submissão
ouvia todos os dias o murmurar da estadia e do preço do pão
saber que a vida é bela até cego pode acreditar
mais viver em liberdade é doutrina apenas pra quem escolhido está!
até tentei sobreviver, em outros trapos, como renegado abutre da indecisão!
apertei toda verdade, cabendo na consciência um pouco tarde de toda espécie de manipulação,
acertando mais um risco que escreve um capitulo dessa imensa e extraordinária fração.
Enfim, na mão coragem, no coração a humildade de quem já sofreu de verdade, transpassando uma rua fria, da esquina que ilumina toda essa interação!
entre loucos e barbados, de viéis a riso fácil, até senti um embaralho quando a vi passar toda colorida, tão bela e cheia de vida, de minha simples vida, passou que sorrisos que de mim vc arrancou!
adeus, até queria, não é que seja tão fria essa nossa decisão!
podemos quem sabe um dia, sorrir numa alegria ou sofrer decepção.
até mais e até breve
curtindo o por do sol de leve
sorrindo em lhe ver alegre
feliz por nossa decisão.
Deu solidão!
Deu tempo,
sem tempo
na rua,
na sua,
contra mão!

Inserida por MessiasJr

Cada inimigo seu vai te aplaudir de pé
Quando o seu escudo for o seu olhar
E sua espada a sua fé
Quando a sua meta for felicidade e não vitória
Quem não se foca no presente não fica pra história.

Inserida por Baskerville

Das folhas na rua o outono em maratona

Inserida por annaribeiiro

Quando ando pela rua as pessoas comentam:
- Meu Deus! Que bicho cabeludo!

Inserida por Yndiaselba

"Eu shippo o GD até com o poste da minha rua"

Inserida por Ina-13

A vida é igual atravessar uma rua, antes de seguir é melhor olhar para os lados.

Inserida por JuniorJoao

Ao ver o passado deambulando pela rua... me faz ter orgulho de minhas escolhas.

Inserida por Leivanio

Ruas tristes

Na noite escura
Misteriosa é a lua.

O vento percorre pelas ruas
Uma noite de escuridão.

Ás vezes sombras,
Passos,
Mistério,
Vagam pelas ruas da noite.

Ruas tristes,
Tempo de solidão,
As horas passam,
O tempo não.

Inserida por thiagoromano

Axioma cotidiano


O tiro disparado por um carro arma
a dor latente sentida por um corpo alvo-
mirado medido acertado.

Deitado na solidão do manto negro - asfáltico-
tomado de súbito assalto pelo cotidiano
chão âncora que o resgata da dor e o conforta.

Da chuva encarnada
que despenca do céu azul ensolarado
e se mistura à curva turva do trauma sofrido.

Em apenas um segundo
toda a vida como em um filme preto e branco
passando lentamente bem diante dos olhos.

Uma multidão incrédula
e em estado de choque
se aglomera ao redor.
Olhares perdidos confundem-se
com sentimentos sentidos (na hora).

Tudo parece nada, o mundo some!
De repente, para:
Um... Dois... Três... Afasta!
Afasta...
Afasta.

A vida se renova,
a multidão desaparece como fumaça
e tudo volta ao normal:
Corpos voltam a ser alvo perfeito
e carros armas letais.

Inserida por JotaW

Mesmo duras, as nossas ruas, ainda nos divertem!

Inserida por JotaW

Quis me esquivar dos pensamentos que me levavam até você, mas isso se tornou quase impossível, já que o destino fazia questão de nos colocar frente a frente. E agora seu cheiro parece estar em todos, e qualquer olhar no café, lanchonete, na rua, parece o seu.

Inserida por anapaularib