Rua
A Matéria das Palavras
Na rua do teu peito
caminha a minha
enfurecida paixão
permitida e condenada
por uma mácula de sal
no exílio de uma lágrima
caída e despida por ti.
Nessa deriva em riste
como uma ilha crua
vertida no hino de pedra
que carrega no rosto
a velhice corrosiva
nos endereços da memória.
No caderno aberto do passado
à distância de um destino
no lado desfiado da carne
na rescisão do pacto com o tempo
desce a matéria das palavras
e na rua do meu peito
movem-se por sílabas
as artérias do teu nome.
Ano novo é todo dia
entre o sol e a lua,
nos sorrisos e nos abraços
no dia a dia das ruas.
No canto que vem do mar,
no cheiro que vem das flores,
na alegria das cores.
Ano Novo é todo dia,
no céu escuro ou azul,
nossa gente, nossa pátria
No Brasil de norte a sul.
Na fé de cada irmão,
no compartilhar o amor
nos segredos do viver
que nos trás gosto e sabor.
Rubens Marques, compartilhando sentimentos.
Aquele garoto descalço, nem nu nem vestido, que te abordou na rua, pode ter sido o menino Jesus.
Benê
Sai cansado de casado de casa
subi a rua principal sem descansar.
Lá na frente avistei um homem sentado
Com um livro na mão lendo em voz alta.
Parei fiquei ouvindo
Os versos falava de alivio
Falava do mais puro amor
como se fosse escrito por anjos.
Fiquei tempos ali parado
ouvindo o velhinho ler.
Quando ele parou de ler para beber um copo de água
Ele fechou o livro colocou de lado
e bebeu a água.
Foi quando percebi que já não estava mais cansado
resolvi continuar andando
pois eu tinha que chegar ao meu destino.
Gostei muito das lindas palavras que ouvi
palavras de consolo que o livro dizia.
Prometi voltar naquele lugar para ouvi-la de novo
as mensagens, do Velhinho do Livro.
Vontade de sair para a rua é inconscientemente procurar encontrar-se no externo e vontade de ficar em casa é conscientemente ter se encontrado dentro de si.
A educação faz a cultura e a cultura faz a educação.
A casa, a rua e a escola se entrelaçam como lei natural.
A sociedade ainda é um bebê e o manejo e projeção consciente ainda se faz necessário.
...Vejo-me de mãos dadas caminhando contigo na rua, depois na praia.
Eu, um simples mortal, à andar acompanhando da beleza, serenidade, ternura e paz.
Irradiação da alegria, na sua mais abrangente aparição.
Sorrimos, conversamos, almoçamos e vimos juntos o pôr do sol.
Era um mundo de felicidades, como um déjà vu.
E quando, esta aparente e distante fábula, parecia transcender à minha realidade;
Fui tomado por um súbito despertar desilusorio..
Pela janela do meu carro - 2
Era próximo de 13h e o movimento na rua estava intenso. Eu seguia rodeada por carros e à frente também tinham aproximadamente seis motoqueiros.
De repente o que ia no início teve a "brilhante ideia" de realizar um "cavalo de pau".
O que aconteceu depois?
No mesmo instante todos os veículos que vinham atrás desaceleraram e os outros motoqueiros se afastaram.
Imagino o que pensaram: IMBECIL!!!!
Eu pensei: "Se ele cair, qual será o veículo que irá passar por cima do corpo?"
Sinceramente, fiquei irritada. O cara atrapalhou e atrasou o trânsito e, se tivesse acontecido o pior, alguém poderia ser acusado por homicídio sem ter culpa alguma.
Oh gente louca que não respeita o trânsito.