Rua
Goiatuba
Estou com saudade da rua Maranhão
Onde meu coração caminhava alegre
Pela manhã e tambem à tarde pela rua
Só para contemplar o cheiro da doce lua.
Ela se movimenta bem macha lenta
Ela vem e arrebenta com sua inocência.
E meu coração forte finge que aguenta.
Toda emoção que ela provoca nas veias fomenta...
Uma bala de menta pra beijar o seu cheiro.
Aquele doce entre o cabelos liso e negro.
O meu olfato agradece da beleza a flor
o seu umbigo.
O paraíso que está no seu corpo escondido.
E um anjo perdido foi quem me revelou tudo isso...
Tire as roupas ali está o paraíso
uma delícia coisa louca
de deixar água na boca...
Recordações daquele tempo.
Era uma vez...
Era uma rua no centro da cidade, no Ponto Cem Réis, perto da Bodega do seu Aluísio e seu Antônio, perto da Feira Central, da escola Solon de Lucena, do colégio Anitta Cabral, dos empregos…pq pra chegar em qq lugar era só uma caminhada. Nos domingos a Maciel Pinheiro era a rua Augusta de Campina Grande, conhecida como a princesinha da Paraíba, onde íamos desfilar com as amigas ...
A rua Redentor, era sem saída, no final da rua tinha Árvores de Eucalipto gigantescas fechando a rua, era um conjunto de casinhas conjugadas e coloridas, com porta e janela, geralmente com uma árvore na frente da casa, um cachorro chamado "Relte" na estrada deitado na calçada, e minhas memórias, minhas lembranças espalhadas, despejadas nas calçadas e ruas do Alto Branco, ruas de paralepipedos...
Nas casas as cercas de arame farpado que dividiam os quintais no início da rua, tinham muitas serventias, na rua crianças correndo, brincavam sem se importar com a hora, ou medo do bicho papão, crianças de pés nos chão.
O ato de estender roupas tem todo um ritual, assim como Michelângelo/Mozart, é uma obra de arte aberta, as roupas de brim, vestidos de chita, as anáguas da minha mãe e umas peças surradas de algodão, gabardine ou casimira, lençóis toalhas a voarem leves e suaves com o vento, criando imagens e símbolos, afinal éramos nove, na conta fechada 'onze', em uma casa de três quartos, duas salas e uma cozinha com panelas penduradas no suporte de alumínio, reluziam, brilhavam sem marcas ou manchas.
Todas as peças lavadas com sabão deueuela sebo e soda. Não existia sabão glicerinado nas minhas memórias afetivas. As lavadeiras de roupas, que passavam pra lavar roupas no rio, com trouxas de roupas na cabeça, nos remetia as antigas escravas, imortalizadas pelo Cândido Portinari. Ali se via a alma daqueles mulheres de pés no chão. As roupas estendidas em dias de sol, depois de quaradas nas bacias de alumínio, cintilantes, como os olhos marrons da minha mãe, seu rosto era emoldurado por cabelos ondulados, presos na nuca, traços fortes, bem marcados e inesquecíveis.
A minha irmã usava anáguas e combinação, como a minha mãe, as duas tinham muitas sintonia, qse espiritual.
As camisas e calças de linho de meu pai eram lavadas à parte. Calças de linho branco...imagine o desespero passar linho branco em um ferro de brasa.
Naquele varal, o que se via era uma obra de arte a céu aberto, o vento brincava com as peças, cuidadosamente presas em pegadores de madeiras. Como tinha poesia naqueles varais e nas cercas de arame farpado, envolvendo as casas, com plantas de cerca vida, dos avelós.
Minhas costas e pernas marcadas pelos arranhões para fugir para outros quintais, atrás de passarinhos, lagartixas, ou correr no canal que passava ao lado, a diversão era certa, caçar girino e atravessar o canal correndo, pagava os castigos maternos pela desobediência até pq não éramos "moleques de ruas", éramos sim, uma molecada feliz.
Debaixo dessas arapucas é que morava minha alegria, sorrisos despreocupadados, bola de gude, peões e brincadeira de se esconder, ou guerra coletiva entre corridas, rostos e cabelos sorridentes, com ataques de jurubeba, livros, revistas em quadrinhos, música, tudo estava em ebulição...
Quantos voos interrompidos para os sonhos do menino-alado, meu irmão mais velho fazia engenharia, o segundo na escala familiar, queria ir para as Agulhas Negras, mas não passou na seleção, fez medicina. Minha irmã passou em Química, mas se transferiu pra Odontologia. E assim, foi-se criando a cultura da profissionalização técnica de qualidade. Já não era segredo, dizer tanto de todos, dito: não conto nada além, como tem que ser. Aquele homem virtuoso, alto, magro, conversa franca, chapéu na cabeça , terno de linho branco- me permita sorrir pras suas lembranças amáveis.
A cidade é intrigante, fica numa serra: é quente, é fria. Polo intelectual importador e exportador, internacionalmente conhecido e respeitado.
Em tempo de chuva, as bicas das casas se prestavam às virtudes das águas, tecendo grinaldas transparentes e abundantes, era uma folia mágica.
O pecado não existia, nunca esteve naqueles olhos infantil, a espiar o mundo, tomando banho de bica, a "Redentor Trinta" era um mundo, que aos poucos foi diminuindo… qdo a gente cresce o mundo se apequena. As lembranças vivem guardadas, em minhas memórias afetivas, elas têm cheiro, cor e vive nos temperos da minha mãe, xaropes/lambedores de muçambê, colhidas no mato verde, curava de gripe a alergias pesadas, manipulados pela mãos daquela mulher serena e forte. Os cheiros, a essência, os costumes da minha casa, ainda posso ver e ouvir, os murmúrios, dos almoços aos domingos após a Igreja Congregacional da Treze de Maio, a ida a casa da Tia Maria, do Tio João, tinha até avó, por um tempo, em casa a mesa posta, feijão verde, arroz, salada verde, legumes, lasanha, frango assado, carne, bifes, mocotó, fígado bifado acebolado, temperados com ervas frescas, frutas da época, doces, bolos, pavê, com família reunida e amigos, era só chegar, em um tempo onde se comia um, comiam dez.
Um universo enorme de recordações, a minha rua tem memória, a minha casa tem imagens, os móveis tem lugar, as recordações vivem para além do esquecimento da morte...
Nina Pilar
O mundo é o chão gelado de uma rua em dias de extremo frio. Não há coberta, não existe alento. O inverno chega para todos!
Rede Social é bastante engraçada, há quem trabalhe com você, ou até passe por você na rua e não lhe oferece, se quer, um bom dia!
Mas, ao se deparar com um status seu, é o primeiro à visualizar!
Sabe que mistério é esse? Mera curiosidade! E não se engane, pessoas assim, jamais torcerão por você!
Eu sou o tipo de pessoa simples, gosto de ser assim, se me chamar pra sentar na porta da rua, pra ouvir oque tem pra falar, eu vou.
Eu gosto do que cativa, não quero muito nessa vida, apenas quero um dia ser inesquecível.
Ando com Deus, e se um dia eu for com ele, quero pelo menos deixar uma coisa minha, mesmo que seja minhas simples frases, porem através delas, serei lembrado.
"Cor(ação)"
A lembrança será vaga,
A saudade vai passar em outra rua.
Pra que me serve essa coisa?
Que só me ocupa quando eu vejo
A lua.
Recadinho:🍷🥀
Aos homens fuleiros que ficam babando nas mulheres na rua, nem das rainhas e mulheres de valor que eles tem em casa cuidam, não dão carinho, amor e respeito, e sem contar que nem da conta do mulherão que tem em suas mãos, ainda ficam dando uma de moleques emocionados com todas mulheres que encontram nas ruas... SÓ um recadinho pra esses sem noção, acorda fuleiro mulher gosta de homens de caráter e atitudes 🍾🍓
Na nossa Rua -
Meu amor eu não te vi
Ao passar à nossa rua
Nessa rua onde eu vivi
Bem me lembro, não esqueci
Mas a vida continua.
Dessa casa que foi branca
Nada resta de nós dois
Junto à porta há uma santa
Um letreiro vem depois
Que tristeza, não encanta.
Na varanda não há flores
Nem cortinas nas janelas
A fachada não tem cores
Nada resta, pobre dela
Da casa dos meus amores.
E no meu peito continua
Desse tempo que abalou
A saudade nua e crua
Que da casa já passou
Mas ficou na nossa rua.
Hoje eu caminhei pela rua, fui resolver umas pendências pessoais e notei uma coisa muito estranha; aparentemente as pessoas estavam apagadas, era uma sensação de estar caminhando entre mortos; haviam idosos segurando suas bengalas e não fazia o menor esforço para dar um passo sem ela, não havia vida em seus olhos não havia vigor no seu caminhar e não foram dois nem três, eu vi no mínimo umas oito pessoas idosas mancando...
Vi também jovens "zumbisados" olhando pro celular, vez ou outra olhavam a sua volta e voltava a olhar fixamente naquela pequena tela. A vida passando ao redor naquele lugar fúnebre e eles não percebiam nada; alimentavam-se daquelas publicações, daqueles posts infinitamente vazios, nada que pudessem torná-los novamente viventes.
Vi mulheres, crianças claramente perturbadas, perguntando às suas mães "você vai me dar?", " eu quero!", "cadê?" "onde está?", "você não prometeu?" As mães, elas não ouviam. Percebi que tinha uma que brincava com os laços do seu sapatinho, parecia que estava em outro mundo e, de fato, deveria porque por um momento ela gargalhou ao brincar com o lacinho, enquanto sua mãe conversava com uma amiga sobre novel, séries.
Contou que tinha assistido uma e que havia sido maravilhosa. Disse com veemência que recomendava e ousou um spoiler. Foi trágico!
Ela dizia que era só de uma mulher negra que luta e ta, é negra; -"muito boa série você tem que ver, acho que e sbre uma juíza ou é advogada, um lance assim. Uma pessoa vazia que viu um filme vazio, mas tava dando dicas do que a outra deveria assistir.
Hoje eu estive na rua e percebi que estou viva apesar de ter andado em meio a tantos mortos, eu não voltei para casa nula. Eu voltei pensantiva e decidi fazer algo para o despertar destes; a ACORDA já é hora! ACORDE, lá fora o Sol brilha e você pode ressuscitar ao se deixar tocar por sua LUZ!
O lugar, a rua, a cidade pouco importa.
Desde que seja ainda nesta vida.
O nosso encontro.
Dois corações.
Que se buscam.
E perseguem com coragem, através do tempo, e de outras vidas.
Escrever uma linda história.
Para que o sentir não fique no "e se".
Mas que se torne real.
Como o amor, que é imenso.
E que muito em breve, nossas chaves abram a mesma porta.
Pois ali será o novo endereço da felicidade.
.
Filho do Passado -
E há silêncios na rua do meu medo
por entre as vagas ondas d'um Sol abrasador
e páira pelo ar o suspiro d'um segredo
deixando em quem lá passa desamor.
Sou na vida um deserdado sem esperança
um filho do Passado só e triste
Alguém que já perdeu a confiança
numa vida que não vive, só resiste.
Sou um filho da poesia, endiabrado,
a pausa entre as notas que faz a melodia
a memória d'um mendigo rejeitado
que vai matando a vida dia a dia.
Sou alguém qu'inda se lembra do ter sido
uma culpa que não tem pai, bastarda,
os olhos d'um desenganado, vencido
ou até o Pranto de Maria Parda.
Leme -
Na rua do meu silêncio
há um grito de saudade
é como o Céu tão cinzento
nos dias da tempestade.
Quando sopra qualquer vento
na minh'Alma há muita dor
pois na raiz do pensamento
sempre baila o nosso amor.
E no cais de qualquer porto
há sempre alguém que se demora
bailam saudades no meu corpo
como as dores de quem chora.
Alguém chora e não agarra
este meu sentir tão louco
sou como um barco sem amarra
que se afasta pouco a pouco.
Mário Barreto
Lembranças felizes
Lembranças de rua
Momentos vividos
e não esquecidos...
Amigos conquistados
para o resto da vida...
momentos felizes minha querida
Proporcionastes a todos nós
Festas juninas foram vividas
Copas do Mundo
fostes pintada....
Homenageio em prosa e verso a saudade que sinto
de você
Linda Mário Barreto !!!
... saudades eternas de minha infância..
Saudades eternas !!!!
Pois nunca serás a mesma...
Até enchente aconteceu pelo menos uma vez na vida..
Como sofreu nesse dia
E como um presente de Deus
Nunca mais aconteceu.
Ó bela Mário Barreto...
Minha rua querida...
Saudades terei e serás Sempre bem-vinda em minhas humildes recordações...
Instigantemente eu tive que sorrir
Eu tiver que sair por aí.
Virar e revirar qualquer rua ou lugar.
O que não dá é se limitar.
Se revoltar com a chatice da mesmice
Rodopiar em torno de qualquer lugar
Nem que seja só pra ver o que tem a oferecer.
Mas quando você perceber.
Ela é melhor do que você pode ver
A autenticidade atrai toda essa neura
De não conseguir parar de explorar...
Fraco não é aquele que perde uma briga de rua; fraco é aquele que perde a esperança de que há felicidade na vida, que perde a ambição de ser feliz. Sucumbi à inevitável infelicidade eterna, dessa forma, vivendo uma vida triste.
Não ta fácil continuar seguindo sem você, te encontrar na rua e fingir que não te conheço é a pior parte, não posso fingir que você não é o amor da minha vida, eu estaria mentindo para mim mesmo.
O pai é o medo
o filho é o ódio
a mãe está morta
a babá são as circunstâncias
na rua número zero
eles traficam dor
Temos à plena compreensão de que a rua se faz mais atraente que a escola, isto muitas vezes se deve ao fato de que ainda temos em nosso quadro profissional educadores tradicionais, educadores que não se atualizam e nem fazem muito esforço para isto e são esses educadores que precisam se reciclar para melhorar o ensino em nossas escolas, afinal o educador têm de levar em seu coração a esperança de um futuro melhor e sentir em seu ombro o peso da responsabilidade de sua profissão.
Vejo na rua coisas que me consome
Crianças dizendo, mamãe eu to com fome
Sem saber o que fazer não teve outra opção
Entrou dentro do lixo pra catar migalhas de pão.