Rua
Enquanto houver
Um palco
A rua
O chão
Amor e utopia
Contramão
A força de uma voz
Quando o sinal fechar
Não estaremos sós
COMPLEXO DO ALEMÃO
Amo minha favela, sou cria da rua 2 na Alvorada, minha casa. No CPX R2 fui muito feliz durante minha vida, desde criança.
Nunca deixarei de amar cada canto da favela, desde a grota, nova Brasília, canita, fazendinha, alemão e outros.
Minha vida hoje é parte da minha criação na favela, onde passei por milhares de experiências.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Eu paro numa esquina
Olhando pros dois lados
Se penso em atravessar a rua
Eu olho pras pessoas
Elas vem de todos os sentidos
Olhares ressentidos
Caras boas maldormidas
Procurando
Tempo dentro dos seus próprios tempos
Buscando sós, só um jeito de cuidar
Das próprias vidas
Buscando suas esquinas pra parar também
Todos se vão, se vem, se vão...se vão...se vem
Mas não fica ninguém
Tão sozinho, olho pro chão
E ainda me molho quando a chuva cai
Todos eles tem dentro de si, ainda
Um pouco dessa coisa linda
Cujo nome ninguém sabe
Talvez seja pureza, beleza, ingenuidade
Pode ser que seja oxigênio numa bolha de sabão
Gáz hélio dentro de um balão
Coisa gostosa de se ter, mas que não vem; só vai
A cada um lhes cabe alguns desses balões
Que vão se furar lá no espinho da rosa
Parado numa esquina...a rosa vem devagarinho...e fim
De espinho em espinho a vida vai modificando a gente
A vida, antes tão quente, hoje fria...vazia
Toda aquela gente, que vem de todos os sentidos
Perdendo às rosas
Um pouquinho dessa coisa boa
Que deixamos se ficar pelas esquinas
Sempre sem querer
Sempre que buscando apenas
Um jeito de cuidar das próprias vidas
Perco a pressa e penso
Que é essa a beleza da vida
E a natureza de todas as coisas.
Edson Ricardo Paiva.
Formas
Não decidirei
Em poesia
Não foi poético
Nosso fim
Foi na rua
Minha dor
Avançando desesperada
E você jogou
Seu beijo
No espaço
Como resposta
E com quantos
Beijos se arranja um amor
Da dor eu sei
Do amar é passado
E do resto
Escreverei amanhã
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
VÁ!!!
VÁ viver a vida,
VÁ construir o caminho pra essa rua sem saída.
VÁ fazer o que sempre quis,
VÁ viajar pelo mundo, VÁ ser feliz.
VÁ morar sozinha, VÁ morar em outro país.
VÁ mudar sua rota,
VÁ e não se deixe vencer pela derrota
VÁ lá fora, pular nas poças d'água formadas na rua.
VÁ dançar sob a densa chuva.
VÁ sentir as gotas d'água caindo,
VÁ olhar a Lua e admirar as estrelas sorrindo.
VÁ quando quiseres ir,mas se quiseres voltar volte.
VÁ segurar forte a mão daquele alguém, mas se quiseres solte.
VÁ e declara-te refém, do amor que em teu coração há tanto tempo, se mantém.
VÁ e somente VÁ.
VÁ e deixa-te levar,VÁ.
VÁ e deixa-te ir,VÁ indo.
VÁ não sei como irás ,mas VÁ.
VÁ somente,VÁ.
Não importa como for, seja em riso ou em dor, mas VÁ.
VÁ!
Escrito por: Beatriz Cruz
O que João Batista disse
Não é conceito de rua
"Convém que ele (Cristo Jesus) cresça
Convém que eu diminua!"
O ACENDEDOR DO DIA (soneto)
Lá vem o sol o acendedor do dia na rua
Este mesmo, rubro, que vem reluzente
Raiando no horizonte, turvando a lua
Quando o véu da noite se faz ausente
Parodiado a poesia, a prosa continua
Na energia, na quimera poeticamente
À medida que a luz aos poucos acentua
E a escureza da noite se vai de repente
Encantada evidência que Deus nos doa
Brilho que doira o dia e ilumina a vida
E que com tal esplendor nos abençoa
Assim, em nossa alma o amor insinua:
O bem, a fé, a felicidade a boa acolhida
Que na claridade com a gratidão tatua
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020, 07’22” – Triângulo Mineiro
Cai minha lágrima dos olhos.
Cai bêbado na minha rua.
Cai minha internet .
Cai minha energia bem na hora da novela.
Só não cai dinheiro na minha conta.
SILÊNCIO
Rua vazia, folhas de árvores balbuciando conforme a direção do vento. Frio pairando como se já fosse. inverno nada de cães a revirar o lixo em busca de comida. não há discussões calorosas sobre futebol. Hoje o bar está fechado. Casa pequena e organizada
Nenhum olhar que chore sua ausência. Nenhum sorriso que se Alegre ao ver tua face.
Masmorra
Ficava em alguma rua sossegada, de vias estreitas, quase sem saída.
Moradia empilhada, de paredes finas e escadas escuras. Janelas apertadas davam ares de sufoco aos segredos. Entreabrindo a porta; de nada se vestiam as paredes, o chão empoeirado mostrava que ali morava o desabitado. Esperava encostada em alguma divisória o ingresso de uma figura dramática.
Chegava o visitante.
Sempre apertava seus braços e engolia seus beijos. O desejo e o medo se amavam.
Violavam a repreensão.
O temor logo desaparecia e os anseios gritavam doídos em sua carne explorada.
Havia um espelho mofado no lavabo, deformando sua imagem.
Iludiu sua boca de encarnado e saiu ajuizando que havia sido furtada por algum sentimento obscuro.
Na rua admitiu o sol abrasador iluminar sua marcha.
E nada do que desejava na sua profundeza permaneceria
no cárcere infinitamente.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
A lua está tão bonita, ela está brilhando como nunca. Seu brilho ilumina as rua e os becos. As vezes no silêncio da noite, eu me pego pensando em você. Você que ainda não conheço, mas que a muito já paira em meus pensamentos.
Vagueia pela minha mente conturbada buscando conforto, mas tudo que acho são apenas reflexões ruins que me deixam cada vez mais longe de mim. noite que leva todos os nossos sonhos. vento que só deixa saudade. Mais Não me impede de escrever as palavra que meu coração quer te dizer : Felicidade aparece pois eu amo você . Boa noite.
A maior surpresa que tive foi quando vi um funcionário padrão de uma empresa andando na rua. Toda vez que o via estava confortavelmente assentado em sua poltrona na sua sala limpa e aclimatada. Nem sabia que tinha pernas.
Amigos, se soubesse que seria nosso último jogo de "travinha" na rua, não teria cobrado o pênalti da vitória; Que seria nosso último pique-pega, jamais seria pego; Que seria nosso último pique-esconde, estaria escondido até hoje, mas as brincadeiras acabaram, crescemos.
Quero ser
Quero ser sinistro sem qualquer ruga
Quero ser lua sem rua
Quero ser onda que quase toca a sua...
Quero ser você minha alma nua.
[ô tranca rua]
ê laroyê
ô tranca rua
ê mojubá
dono das 7 encruzilhadas
meu camarada
cabra da pá virada
dono do tudo e do nada
me dê os caminhos
tira o tormento
me traga o momento
mesmo em passos lentos
faça ser hoje
ser agora
ser o instante
seja onipresente
meu sentinela
cuida da cancela
se a porta se fechar
abra uma janela
seja pau
seja duro
seja firme
seja eu
ô meu nego
me inverte do avesso
me olha por dentro
cura a minha dor
seja o breu
seja a luz
faça o rebu
dance o lundu
seja eu
seja meu
seja nosso
seja exu.
Painel Vida: projeto “Rua Walls”
Grafite transpira vida, arte e verdade
para dissabor daqueles que negam a realidade.
Na cidade da garoa salpiscos...
Vento voa, rua afora se alastra chuviscos.
•Nem se chora só
•Nem se anda leve.
•Nem cabelos soltos.
Como peixes em tarrafa, meio tristes, encharcados, gorros envoltos.