Rua
Todos os meus manos de roupa de grife
Todos os meus manos vieram da rua
Sei que eu sou um menor muito exibido
Mas não sei por que eles se preocupam comigo
Eu não sou famoso, mas olha como eu me visto
Cabelo roxo, eu posso' mano, porque eu tenho estilo
Pequena lua
Tenho fases como a lua
Às vezes sou verso
Noutra sou rua
Por ora me liberto
Noutra me fecho feito tartaruga
Fases que vem e vão
Feito pássaro que voa alto
Mas tem dia que prefere ficar no chão
Às vezes quero colo
Noutras a solidão
Às vezes pareço louca
cantarolando lavando a louça
Noutra pareço normal quando silêncio observando o jornal
Mas é na música que me enxergo
Viajo pelo mundo na mente inquieta
Quem me vê por aí
Pode até tentar me decifrar
Mas vou dizer que isso não vai prestar
No meio de tantas fases
Difícil saber quem sou
Quem vou ser e quem você merece encontrar
Eu já te disse
Sou como a lua
As vezes me perco
Me procuro e me acho
Sou céu aberto
Mas também sou laço
A rua é minha escola, e foi nela que tudo eu
Aprendi, o ser humano é todos hipócritas, um
Pior que o outro, que a cada momento se
Contradiz.
Hoje
Quero a rua cheia
Um samba pra frente
Sem manias de passado.
Hoje
Quero alegria
Fora de qualquer nostalgia
Hoje eu vendo abraços nesta rua
E em troca eu quero o teu sorriso
Só pro teu dia melhorar
Será que vais negar?
O amor uniu-os e foram viver num pequeno poema, na rua da poesia. Nasceram poemas. Tiveram de alugar um poema maior para abrigar a família de poetas. Cresceram e foram estudar na universidade da poesia. Eram tantos os poetas. Ali aprenderam o sol, o vento, o mar, o canto das aves e o amor. Envelheceram juntos num poema e morreram por poema naquele pequeno poema onde outrora o Amor nasceu. Na Rua da Poesia.
Ela não passou só o número do telefone, passou o nome da rua, o número do apartamento... Entregou voluntariamente o seu coração pra alguém que não valia nada!
Um estado de emergência num Estado sem condições básica de sobrevivência das famílias, sair a rua em busca de alimentação é de extrema urgência!
eu digo que te esqueci, mas até hoje evito a rua da sua casa. não quero passar e ter que esbarrar com você por ali. eu repito que te esqueci, mas é o brilho dos seus olhos que me faz tanta falta. era aquele olhar que me embalava de um jeito que eu sequer acreditava. sinto muito, me assustava o poder que você exercia sobre mim.
eu digo que te esqueci, mas na minha agenda ainda continuam os seus desenhos guardados. olho pra eles e me pergunto se existe algo que você não tenha o dom. não havia nada mais doce do que te ver cantar, mas me apavorava saber que sua voz tinha uma ligação direta com o meu coração. sinto muito, me assustava o poder que você exercia sobre mim.
eu digo que te esqueci, mas ainda fico balançada quando falam sobre você. a verdade é que passei tanto tempo dizendo que não me importava pra ver se virava verdade por osmose. eu te vi semana passada e não me surpreendi por você continuar sendo tão você. que me faz tanta falta. me assustei novamente comigo por saber o quanto me afetava.
gastar as minhas últimas armas pra não permitir que te atingissem é algo que eu faria novamente. sem arrependimentos. mesmo que, na luta pela proteção dos seus sentimentos, eu tenha quebrado os meus. não havia ninguém por mim. mas é o mínimo que eu podia fazer pela pessoa mais altruísta que já conheci.
sempre é mais fácil acharmos um outro culpado, do que simplesmente assumirmos a nossa culpa. te culpei por ir embora, quando eu que te mandei ir. às vezes, somos sim o vilão da nossa própria história. e é por isso que pago até hoje a pena por ter te mandado partir.
Em tempos de COVID-19, se for para rua descobrindo o isolamento, vai preso. Se for à praia, vai preso. Se abrir o comércio para trabalhar, vai preso, mas se for preso, a JUSTIÇA solta, vai entender!
Outro dia te vi na rua. Parecia feliz , realizado. Passei de cabeça baixa pra não precisar te olhar. Não é porque ainda existe sentimento, é que , é desagradável ficar de frente ao meu passado. Passado que , por sua vez, não foi nada agradável a minha vida emocional e amorosa. Quase não o vejo mais, isso me faz não lembrar sempre, lembro - me como vagas lembranças.
Mas quando o vejo, é quase que inevitavel. Lembro - me dos meus planos. Planos que nunca foram nosso, e sim só meu. Lembro como eu imaginava uma vida ao lado dessa pessoa, e como eu precisava de sua atenção. Não recebi nada em troca. Mas insisti , porque achava ser amor. Mas, que tipo de amor é esse, que uma pessoa ama por dois? Como amar uma pessoa que não liga pra você? Se te machuca, não é amor. Se é preciso implorar, não é amor de verdade. E foi assim, que eu vi a máscara que eu criei de tí cair bem na minha frente. A pessoa que eu achava que não iria me machucar, não existia. Confesso que no começo isso me machucou bastante. Mas vejo isso como um grande aprendizado. Com o tempo as feridas foram se curando. E olha eu aqui! Forte , realizada. Aprendi a superar isso tudo. Eu não imaginava que veria ele feliz com outra. Mas , sabe, torço pela felicidade. Não faz mais diferença pra mim. Mas as lembranças, ah, elas são inevitáveis. Outro dia te vi na rua. Arrisco a dizer que não somos mais aqueles adolescentes imaturos de antes. Quanta coisa mudou, não é mesmo?"
E aquele senhor poeta
Que anda bêbado na rua,
(...) Contenta-se com tão pouco
Porque diz, bêbado e rouco
Que os seus poemas de louco
Poderão salvar o mundo!
A vida é dinâmica, ela nunca para pra você atravessar a rua. Portanto, seja hábil e prudente ao atravessar. O mais importante, não é largada, mas, a diferença está no tempo exato da chegada. A vida não é um prospecto, mas, o resultado de escolhas, da força que exercemos ao caminhar , junto a persistência, oriunda da fé que alimentamos diariamente!
"Se você acha que sua vida está difícil demais, durma um dia na rua ou experimente ficar 2 dias sem comer."
bichomem
um bicho e um homem
na rua que adormeceu
procurando comida
reviram e juntos comem
na cidade esquecida
do mesmo lixo
que o outro bicho
em casa comeu
Eu ando com meu Deus na rua
E quando chego em casa Ele está comigo
Eu falo com meu Deus na hora de dormir
E logo quando acordo digo: Eis-me aqui
Hoje a rua amanheceu sem folhas,
não rolavam mais
no turbilhão de Agosto...
Hoje a rua despediu os sonhos
de coisas caídas
que vagam à esmo...
Pra onde vão as folhas
pra onde vai a poeira
pra onde foi o vento
& o alento do Outono?
Hoje... é o dono das lembranças
marcadas agora desde sempre
no nunca-mais-será
junto a tudo que se foi...
Hoje... tudo sempre vai
para o eterno 'hoje'... só por hoje...
Amanhã & ontem
pertencem aos sonhos
que aconteceram & acontecerão...
O alarido descabido dos que tem oportunidade fere a sociedade... O silêncio que passa fome na rua é o acalanto noturno dos poderosos.