Rua

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⁠Caminhando pela rua
de paralelepípedo
sob a gentil companhia
de um carinhoso par
de canários-da-telha
que não consegui fotografar
e merecem na minha
memória para sempre estar,
Fui pelo Centro de Rodeio
rumo o meu destino,
Na volta pude desfrutar
do perfume fascinante
de flores de Laranjeira
que me emprestaram
ânimo para retornar ao lar
com os laços fortalecidos
com o meu próprio olhar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O eco do mendigo

Ao ver na rua o mendigo
me perguntei:
- Por que estais aí?

E no silêncio num eco pareço ouvir:
-Não tenho casa;
-Nem trabalho;
Aos meus só atrapalho...
e pelas ruas me perdi!
Não tive chances de escolher,
não tive por onde correr
e talvez permaneça aqui...
até morrer...
Mas, se de repente a sorte vier
e alguém nos ouvir e compreender...
outra chance poderíamos merecer!

O que fazer?
Será que vou ali junto deles cantar
e de repente coloco no chão uma cartola
pra ver se recebo alguma esmola
com isso vou acolher e resgatar,
fazendo - lhes um lugar digno pra morar!

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠Morar em condição de rua não

Morar em condição de rua não!
Isso é desumano para um humano,
mesmo que não tenhas condição!

É preciso fazer algo, urgentemente...
gente não pode ser tratado mal,
até...pior do que um animal!

Há que ter um jeito,
fico martelando no meu peito
em cada pulsar do meu coração...

Piedade, doação...
onde se guarda o dinheiro
do imposto da Nação?

Deus ilumina o coração dos homens,
que comanda este país,
pois não podemos aceitar...
pessoas ao relento, sob o vento,
o frio, a tempestade e o trovão
quase à riscar o chão ...com o nariz!

Maria Lu T. S. Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

⁠O matuto na madrugada

Generosa é a lua
A rua é malvada
Desvairada é a ladeira
A calçada uma estribeira
Onde rola aquela bola
Saltado de uma janela

Tropeçando ali na pedra
Cambaleando
Foi xingando cada quadra
O matuto atrás dela

Bola espera eu
Os dos outros já foi meu
O dono da bola gritou: é meu!
A bola desceu
O matuto correu
Mas da bola não se esqueceu
E a lua já sumiu
Amanheceu!

Tudo voltou ao que era
O matuto na estribeira
O dono não desistiu da bola
Mesmo achando que ela já era

O perdido foi achado
Achou ter ganhado o guri de pés descalços
Sob os percalços da vida, largado
Agarrou a bola
E não soltou mais ela

Larga ela
Disse a velha dando - lhe uma cintada
Você roubou ela, muleque atrevido
Deu-lhe no ouvido, uma tapada
A bola pela velha foi cortada
E se bem duvido
O matuto pôs ouvido
E reclamou dela
A velha disse: já era!

O dito ficou pelo não dito
Acredito, quase dois dias rolou
A lua novamente apareceu
O matuto disse muleque maldito
Enquanto isso o dono chegou
Apontou a arma e no matuto atirou
Dizendo seu ladrão, você me roubou!

A lua desvairada
Não podia fazer nada
Mesmo quem estivera na calçada se calou
O guri muito mais ainda apanhou
O dono da bola sumiu
O matuto morreu
E a polícia nem apareceu!

Inserida por marialu_t_snishimura

Aves sem rua

Pássaros que voaram em meu pensamento
por um instante os comparei com a família
talvez a minha, talvez a sua ou uma homilia
de minha filosofia exasperada de vil talento!

Se cada pássaro representasse um membro:
- Qual deles seria você e por que seria você?
Então se bem que cada um de ti me lembro...
poderia ser fidedigna ao dizer o que pode sê?

O pai, a mãe, o irmão e a irmã neste vôo...
Será que seria condizente a comparação
se aborreço, se amo, se condeno ou predôo?

O que tenho de cada um feito na liberdade?
Seria o espelho reflexo das gotas que caem,
ou a torrente força da cachoeira de verdade?

II

Qual seria a verdade de cada um neste vago?
E se a extensão das asas fosse o mundo todo...
Qual seria a importância de sua vida neste algo?
Que papel representa no universo e no mundo?

Você já parou para pensar se leva ou é levado?
Se é palco ou se é platéia, se aplaude ou vaia;
Se és o que voa alto ou voa baixo, se de lado...
porque no desvio não se molha e não há a raia,

o ferir com a possibilidade de uma montanha!
Há quem diga que quem olha o céu, se aranha;
Por certo que sim! Mas como não ver a lua?

Como negar a existência das constelações?
Como negar a vibração das nossas emoções,
se neste âmbito, somos as aves do ar sem rua?

Inserida por marialu_t_snishimura

O Mendigo

Na calçada fria, ele se estende,
navegante só, sem porto, sem cais,
veste a rua como manto e abrigo,
sem nome, sem rumo, sem nunca ter paz.

Olhos perdidos, sem brilho, sem cor,
mãos que tremem na busca de pão,
a vida escorre como chuva no rosto,
levando esperanças ao chão.

Um passado, quem sabe, o levou até lá,
talvez sonhos partidos, talvez um amor,
mas hoje é silêncio, poeira, e as horas
passando, sem rastro, sem calor.

E ele segue, invisível à cidade,
nas sombras, no frio, no vão do alvorecer,
como folha caída que o vento desfolha,
esperando apenas o nada acontecer.

Inserida por UbiataMeireles

Eu me abro imensamente

- só para você -

A rua é testemunha abaixo

A vontade morro acima

Faço uma obra prima

Para não sair da tua mente.



Essas distâncias

- não separam -

Os nossos corações

E as nossas mentes.



Eu me mostro carinhosamente

- só para você -

Em cores alegres

Em versos serenos

Faço tudo para te ter

- eternamente -

Com arte e perfumes

- amorosamente -

Para refrescar e te aquecer

- sensualmente -

Nas asas da minha plenitude

- amiúde -

Na minha pele com solicitude.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A rua de paralelepípedo

- acarinhada,

Essa antiga rua percorrida,

Pelos teus passos

- apaixonada,

É noite, mas em ti é dia;

Respiras o verso,

e exala toda a poesia.



Vês nas casas antigas,

- mil alegrias,

Escutas as conversas,

que não foram ouvidas,

Porque és pessoa mediúnica,

Trazes contigo essa sina,

Quem te conhece,

Não questiona, e nem duvida.



A busca eterna por um amor,

que alucina,

E por algo que te comova,

e te impulsione;

Além das brumas que te escondem,

Os vestígios foram deixados ali,

Ao pé da montanha como oferenda.



Não te surpreenda,

e não te repreendas:

A fé no amor toma forma,

vai à tona certeira,

A forma que não a forma dela:

a forma de todo o amor...

Não desista da vida,

aos poucos ela vai dando a pista.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A liberdade de expressão existe,

Alegre, muda, falante ou triste;

Ela é como uma rua que resiste.



A liberdade de expressão resiste

Em passos 'salsos' - ela insiste,

De tanto dançar - ela persiste.



A liberdade de expressão vive

No peito que bate altissonante,

Dono de uma fé que não desiste.



A liberdade de expressão persiste,

Ela no teu peito reside,

Sempre ela dá um jeito

- ela [sobrevive].


A liberdade de expressão reside,

No coração de quem intensamente vive;

É sinal fecundo de tudo nesta terra

- tu [construíste].

Inserida por anna_flavia_schmitt

Devagar pela

minha rua

porque o meu

tornozelo

ainda me exige,

e não posso

mais ir longe.



Ah, ao menos

os verdes morros

me fazem tranquila!



Venho assim

sentindo os efeitos

da queda,

e da temperatura.



Ah, como essa

Humanidade

anda estúpida!



Dessa maneira

e todos os dias

venho nutrindo

a utopia de salvar

a mim mesma

e de quem da

salvação precisar.



É dos pássaros

que tenho a melodia

para musicar

e condensar a poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A rua acima
da minha rua
é o endereço
da memória
do amor de
muita gente
que migrou
para o infinito.

E todos nós
nos divertindo
com a tragédia
de quem não
nos entende,
e se colocou
num mundo
em guerra por
ignorar que
viver significa
fazer o bem
sem ver a quem.

Da rua acima
da minha rua
não olhamos
só para trás
e para quem
longe se foi,
Em noites
mui escuras
ali sempre
contemplamos
a luz da Lua.

Os que vão
contra o oculto
e o destino
são todos
os que creem
na vida curta,
nem no verdor
e no balanço
das árvores
poemas não leem.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Um carro
desfilando
leve na rua,
emoção e
pele de flor,
e a tua à
flor em pêlo,

De todas
a mais alta
conspiração
surgida até
para o teu
sono ocupar,

No teu céu
tornei-me
a tua Lua
_suspensa,
em teus
sentidos
_presença,

E total
_sentença
que tuas
mãos não
podem
capturar;

Betelgeuse,
Antares,
e Aldebaran
ao redor
da cintura:
o meu rubi
na boca tua.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Você bateu os olhos
em mim naquela
tarde subindo
a ladeira da tua rua,
Reconheceu que
sou adrenalina pura;
Talvez o jogo mais
perigoso da tua vida:
presença que alucina.

Ainda sou presença
que te fascina,
Mesmo que a distância
não permita,
Sinto que ainda
com fogo me anseia.

Até hoje você não
consegue me tirar
da tua cabeça
E a tua memória
ainda sente o meu
perfume de Lua,
Tudo por causa
daquela tal tarde
na ladeira da tua rua.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Em noite de céu

estrelado direto

da minha rua,

vi um cometa

a dar uma volta

ao redor da Lua,

de olhos fechados

algo me diz

que já sou tua.



Com a minha

paz de savana

mediterrânea,

não temo

a noite escura.



Em noite de luar

e céu estrelado,

vibrar com povos,

os namorados

e a ternura

de escutar

canções de amor

sentindo o barulho

dos teus passos.



Sem ter medo

da distância

e sem temer

me perder

na tempestade.



Um coração

apaixonado

está sempre

na maravilha

embalada

por histórias

de amor

e se encanta

com as narrativas

até quando

lê livros sagrados.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Expressar admiração pela sua rua, bairro, Estado e Nação nunca é demais. Não há como estar num caminho de prosperidade onde há pensamento e comportamento hostis e e recheados de radicalismos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Um céu de topázio
em Santa Catarina,
Uma rua de Rodeio,
Um poema de sábado:
o teu amor verdadeiro.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Centro de Rodeio

A minha rua ainda conserva
os paralelepípedos poéticos,
Paralelepípedos da memória
do Centro da cidade e do meu
jeito vivo escrevendo História.

A nossa gente ama você,
os nossos pássaros cantam
e os sinos da Igreja Matriz
a Deus aqui reverenciam.

O Centro de Rodeio passou
a ser o centro poético porque
versos foram semeados
e quando menos esperar você
terá o seu coração capturado.

O Centro de Rodeio virou
o centro do mundo porque
eu só transcrevi porque assim
já estava escrito no destino.

A aurora matutina sobe
misteriosa no Centro de Rodeio,
a aurora vespertina desce
com aquarela no godê,
e assim sempre eu amo você.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Rodeio na Feirinha

Quando fecham
a rua para celebrar
a nossa Cultura,
Rodeio na feirinha
vem se orgulhar
em peso dos sabores
e dos saberes
herdados ao longo
da nossa História,
Somos um povo
amável e acolhedor
que temos por nossa
cidade muito amor.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Rodeio Iluminada


Os meus passos encontram
as margaridas amarelas
da minha rua beijada pelo Sol,
Minha Rua Fedele Berri
é parte desta Rodeio iluminada
do Médio Vale Itajaí,
Eu te espero todos os dias
em minhas orações aqui.

Não há nada que me distraia
de amor sublime amor
que me acompanha nesta
sublime Rodeio iluminada
de tantos poemas que escrevi,
Nenhum minuto nesta vida
saiba que não te esqueci.

Tu és a minha primavera
em todas as estações,
e todos os meus poemas
pertencem somente a ti,
pois do teu amor nunca
me perdi e por ele me rendi.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Os ganzás e as violas de cocho
estão ecoando na rua,
Resolvi matar a curiosidade,
encontrei você dançando Cururu,
Fiquei com vontade
de virar a sua viola de verdade;
E sem querer me apaixonar
acabei me apaixonando,
Não desisti de te querer,
não sei mais o quê fazer
porque não sei como e quando,
vamos nos reencontrar
daqui para frente,
se está escrito em algum lugar
que o amor nos pertence.

Inserida por anna_flavia_schmitt