Rua
A Viela de Badacosh
Úmida e insecável era aquela rua, um pouco depois daqueles limites o sol reinava, mas ali não, não ali. Aliás, o cheiro de mofo exalado pelas alvenarias e madeiramentos depreciados, marcava característica e peculiarmente aquele beco, com o esverdeado e vívido musgo que saltava por entre os seixos que assentavam a calçada; um catingueiro interminável forrava os jardins dos casebres que se pareciam mais com caixotes de verdura do que com habitações.
Lindo aquele lugar, quando não gostamos do que é bonito, mas me agradava. A garotada encharcada corria pelas poças, sapateando na lama, brincando de roléfas, atividade saudável para essa idade, consistia em segurar uma cinta com a fivela solta, perseguindo seu colega para enfim acertá-lo com o instrumento, berrando: roléfas. Não me pergunte o porquê, nunca soube.
Mas o mais curioso naquela viela, não era a chuva que nunca cessava, nem os hábitos e costumes pouco convencionais, demasiadamente estranhos e inapropriados de seus habitantes. E sim um personagem, talvez o mais antigo daquele local, talvez o mais antigo de qualquer localidade entre a latitude, a longitude e a altitude. O fundador da Viela de Badacosh, um visionário misantropo com a idade de 320 primaveras.
Em Casa -
Largo mão da rua e
ponho o pé na
escada.
Subo-a, não penso,
chego ao portão, fico ao portão.
Giro o trinco, abro o portão,
entro e fecho-o.
Dou cinco passos à esquerda
e chego à porta.
À direita, há entretenimento:
não paro — sigo em frente.
Mais nove passos e paro.
Olho rapidamente à direita,
há descanso:
não deito — continuo
adiante.
Mais dez passos e fico
diante de mais uma
porta — onde tenho passado
a maior parte do tempo.
(Dormir, pensar, escrever...).
À direita há água, há remédios,
há alimentos: não bebo,
não tomo, não como.
À frente,
depois da última porta,
a última janela
e o fim.
Atravesso a porta e fico
próximo à janela.
Dou mais dois passos e
chego à janela. Fico à janela.
Fecho os olhos e me sinto,
de fato, em casa.
Há conforto, há segurança — abrigo.
Agora
abro os olhos,
abro a janela e vejo à minha
frente (decorando a janela),
a lua.
E assim, de repente,
como se amasse,
eu me lembro que existe um
mundo inteiro distante,
bem distante, muito
distante lá fora.
E choro.
Então me diga alguma coisa que me faça
Atravessar a rua ou talvez
Rasgar toda a paulista com os meus dentes
Então me diga alguma coisa relevante
Alguma coisa que talvez não caiba
Em toda essa conversa por dizer
Adeus, amor
Se da vida
Levarei cicatrizes
Que seja das vezes
Que eu andava de bicicleta
Na rua aonde cresci
Com os amigos
Que eu disse que levaria
Para vida toda
No meu coração
- Saudades
Numa manhã de segunda-feira, Nasrudin chegou na cidade pela rua do mercado central montado em um burro, o qual ele teve dificuldades de encontrar local para amarar, pois, as duas margens da rua estavam cheias de animais deixados pelos comerciantes locais.
Nasrudin, entra num dos mercados e chega ao comerciante rico e diz: eu não consigo entender como vocês querem que chegue a freguesia, se vocês deixam as ruas sem quase espaço para nós fregueses deixarmos nossos animais, também?
O comerciante rico diz: essa é a nossa estratégia para que a freguesia compita entre si pelos lugares ainda vagos, para que façam as compras rapidamente, pois, a maioria das pessoas dão mais valor naquilo em que mais esforço necessitam colocar.
Na terça-feira bem de manhã, Nasrudin chegou com uma tropa de burros, ocupando as vagas dos comerciantes locais. ( Arcélio Alberto Preissler )
Doce loucura
Dramas e travessuras
Kamasutra na rua
O meu Amor vem da rua
Vem das aventuras
De uma menina cheia de frescuras
O meu Amor vem da rua
Vem dessa droga que me vicia
Vem da maldade que alimenta o meu ser
Vem das feridas que causei a um alguém
Doce loucura
Do qual o Amor não é a cura
A dor dura
Pois a um impulso feito de armadura
A minha pele costura
O estômago embrulha
Das coisas que fiz as escuras
Mensagens aos ouvidos do mundo
Ao meu um ser surdo
Cala-se pra sempre a voz de um miúdo
Do qual foi pintado se monstro
Ah não pintou-se de monstro
Que viviam seus tormentos
Pelo sangue derramado
De suas vítimas lamentando
Uma invasão na reflexão de um silêncio, imagine com os olhos fechados, aquela rua que tanto gostava, as árvores balançando, as formigas trabalhando e aquela saudade que nos preenche tirando o vazio de dentro para um pensamento de lembranças boas. O tempo passa…
"BENGALA BRANCA"
Um cego vinha descendo a rua com sua bengala branca, pela sua deficiência até que caminhava rápido e conseguia desviar da maioria dos obstáculos, não levou nenhum tombo, não deu de frente com nenhum poste. E continuou caminhando rua abaixo apenas com a certeza que sua bengala branca o orientava.
Ele vivia na escuridão, não via, não enxergava, seus sentidos eram apenas o olfato e audição e a bengala branca. Com todos esses problemas sua face não esboçava tristeza, apenas a determinação de ir ao seu destino. Tomou certo cuidado para atravessar a rua, mas atravessou...Tinha Fé!!!
É só tu marcar, pode ser na tua rua, tua esquina, no teu bairro, qualquer lugar do sistema solar, eu vou, juro, chego cedo só pra te ver chegar.
Não está enxergando o caminho? Experimenta abrir a porta e olhar para rua.
Retire da frente dos teus olhos todo bloqueio que te impede de enxergar.
Estamos em uma casa ou apartamento, em uma rua de um bairro, que fica em uma cidade de um Estado, localizado em um país de um planeta com mais de 6 bilhões de habitantes. Porém, todos juntos somos apenas uma gota no oceano de incontáveis planetas, estrelas e galáxias que desconhecemos. Somos infinitamente pequenos. (Livro "Mentalidade Empreendedora")
Houve um tempo em que já podíamos sair na rua despreocupados, agora com o índice de covid 19 aumentando novamente temos mais é que nos guardar. Temos que pensar não só em nós mais também em nossos semelhantes, juntos somos mais fortes e podemos cuidar para que esse vírus deixe de evoluir!💪🙏👌☝😍❤💕
Noite de Núpcias
Caminhando pela rua observo um terreno vazio;
Cercado por murro de arrimo. Onde existiu uma casa
Simples; mas feliz.
Quando pequeno na época de quaresma, nada podia fazer.
E isso era um tédio para os jovens. Então eles saiam pelas
Ruas do bairro procurando algum tipo de fazeção.
Meu grupo de amigos, sempre terminava acompanhando o
Oratório, passando de casa em casa. Rezando o terço.
Mas já era alguma coisa.
Certo dia. Lá pelas tantas da quaresma. Avistamos
Uma casa. Que pelo sinal , não professava a mesma religião.
Uma Núpcias de um casal de noivos novos, em uma noite clara.
Isso que era sorte. Fomos recebidos com sorrisos.
Entramos no quintal varrido e arrumado para a festa.
Alias só havia meia cerca de madeira. O resto já havia
Caído há tempo.
Quatro lâmpadas de sessenta watts. Refrigerante,
K-suco de groselha e laranja. E um lindo bolo de
Chantilly com bolinhas de pratas.
Há; também havia um barriu de chopps de
Cinquenta litros . Com bomba manual. O que
Era novidade para a época. E logo a bebida
Se acabou.
Seguiu a noite, os noivos dançando, as pessoas
Alegres com felicidade radiante.
Apostava que a felicidade daquelas Núpcias poderia ser vista do céu.
Não conhecíamos os noivos.
Nem os parentes. Nem os convidados.
Mas estávamos todos comemorando as mesma núpcias.
Hoje da casa , das pessoas, das núpcias.
Só resta. A terra coberta de mato.
Mas as lembranças ficaram contidas,
Nessa mente. Que foi contagiada,
Pela magia daquela Noite de Núpcias.
Provavelmente. Aquelas Núpcias durou para
Todo o sempre.
E dizem que não existe amor....
É preciso, mais núpcias verdadeiras.
Aprender que um par, alimenta e;
É alimentado pela energia do outro.
E resolvem os problemas da vida.
Juntos. E assim, vivem a eternidade
De cada momento. E não envelhecem.
Porque; aos seu próprios olhos.
São os mesmos. E se completam.
E dançam nas noites claras da vida.
No quintal, com k-suco, bolo de bolinhas,
E uma porção de gente a comemorar,
Em sua volta. Mais uma núpcias,
Realizada no mundo.
Marcos fereS
Hoje eu te vi passando pela minha rua, você tava tão bonito, parecia estar feliz enquanto falava ao telefone, seus olhos voltaram a ter aquele brilho que tanto me encantou quando te vi pela primeira vez, a sua gargalhada me fez sorrir, esse definitivamente é o meu som preferido, eu até queria perguntar como você está mas depois de tudo que eu fiz acho que perdi esse direito, desculpa ter te destruído, desculpa por ter te arrastado ao inferno comigo, desculpa não ter sido aquilo que você merece, desculpa por ter sido egoísta e não ter deixado você ir quando era a hora, agora te vendo passar pela minha rua sorrindo da forma mais linda possível, eu percebo o que perdi e não vou ser egoísta outra vez e trazer você pro meu caos novamente, só peço ao Universo para que receba tudo o que merece e acredite você merece tudo de melhor, seja feliz.
Ps: ainda tento contar as estrelas assim como fazíamos na sua casa de campo
Na cama
Na rua
Mulher noite
Mulher dia
Sou festa
Floresta
Sou rios
Sou mar
Bandoleira
Vadia
Sou de relva
Sou de redes
Sou flor
Vulgar
Santa
Leviana
Nos versos
Na música
Sou poema
Poesia
15/01/2021
No silêncio da madrugada o orelhão que ainda restava na rua tocou com seu alarme insistente.
O bizarro não é isso.
É você imaginar...
Quem estava do outro lado da linha?