Roxo
A arte de se reinventar
É muito complicado viver uma vida corrida, as pessoas vem e vão demasiadamente, nunca pensei que em questão de mês fosse ter minha vida toda de cabeça para baixo, como se me dessem uma bagagem que não consigo carregar, não aguento nem em palavras e só de pensar? (~yah fico toda desnorteada.)
Minha saúde deixou de ser questão e de tanto tempo que não tenho para me disponibilizar a ela me torno uma adulta cheia de problemas, com o falecimento da minha tia, morreu familia, amigos e futuro. Sou e devo viver sozinha.
Mas salvador ainda brilha, é muito bonito ter essa vista, lembranças de pessoas amigas, essas luzes são salvador e agora estou compartilhando da mesma lua e da mesma cidade com você (codinome-borboleta) estou feliz por ter pouco e ainda ser muito. obrigada.
19:00 | Dom, 15 de maio (°• Salvador/BA•°)
Despedida
Ainda que na mesma cidade
sendo iluminada pela mesma lua
a distância se instalou e sem rumo
existe um abismo entre nos duas.
Sei o seu percurso de volta a casa
somos separadas por uma janela
de longe vejo os carros passar
no horário marcado sei que vai está lá.
sinto falta mas quando resolvemos desistir não foi algo que de fato veio para nos unir, pensando agora, você saiu da prisão e eu continuo aqui por mais um tempo até que você desapareça por completo.
A lua está tão linda
os aviões parecem estrelas no céu.
O supérfluo tem sido destruido da minha vida restando assim o importante e necessário para cada etapa dessa pequena parte que chamo de eu.
não tenho pressa nem exigências, tenho gratidão por tudo que já ocorreu em minha vida e estarei de coração aberto até que o melhor de mim se manifeste em amor, apenas amor.
só para registrar
andei fotografando a natureza
os animais, o céu, o sol
a estrada, a direção, a falta dela
fotografei o verão, o inverno
a primavera.
andei lendo sobre o fogo
que queima a alma
suspiros profundos
o anseio da carne a carne
a poesia poente.
desenhei o amor
senti alegria
bebi da tristeza e me servi de alucinação
nadei na solidão
pulei na razão
tentei esquecer o inesquecível
e resolvi viver dos dois
primeiros versos deste poema.
vou fotografar a liberdade
na espera de um dia ser de verdade
e assim respirar profundo
oxigênio da alma.
- Ana Paula
fazer coisas para pessoas que não fazem ideia do quanto você está tentando ser um bom ser humano, é frustrante de mais.
na maioria das vezes não é sobre reconhecimento mas é também diz respeito a " o não fazer idéia" do que o outro passa em seu dia-a- dia.
é por isso que não julgar ou criticar ajuda no fortalecimento da tentativa, pelo menos ser real. por momentos pessoas perdem pessoas.
sinceramente, eu não sei.
Doença viva
tenho uma doença e não se trata do corpo, está marcada na alma.
ela mata, todo dia eu morro, ela mata, mata ela.
tem dor, tem voz, grita grita.
só, para se ficar só, ela afasta.
perdi a razão não sei sobre a vida nada, sobre-viver, me mata, quero morrer queimada, renascer Florença.
quero viver sobre o que a de bom na fita da vida, quero gozar da vida e não ser mais uma vítima
"Não da para perder
o que você nunca teve"
é assim que me sinto em relação a você.
Posso sentir falta
mas tudo o que recebia
em algum momento me sufocava
não quero ser um fantasma.
Eu não te conheço mais
não tem motivo para persistir
e hoje sinto a liberdade
percorrer oxigênio
em minh'alma.
não quero te esquecer
mas vou parar de tentar te alcançar.
gosto da sua presença
mas sei a hora de parar
esse jogo não tem mais "graça".
05/07/22
Aquela então não era a ultima lágrima. Nem a primeira. O vento não tinha conseguido leva-la, ainda permanecia parada debaixo do olho. Outras vinhas, algumas escorriam rapidamente, algumas faziam companhia para aquela primeira...
O vento frio continuava a sopra, mas os pensamentos, as lembranças não a deixavam parti...
Quando parecia que já estava indo e um brilho nos olhos começava a surgi, outra lágrima chegava. E ali permanecia por um tempo, um longo tempo, na esperança de surgi um brilho duradouro, pelo menos até o anoitecer, onde a lua consegue fazer esse papel para pedir: Querido sol volte a brilhar nesse frio...
Não são apenas lágrimas tristes.. são de saudade, percistência, desafios.....Todas esperando um novo brilho dos olhos...Um novo vento que a leve para longe...Uma luz para guiar no caminho... Um lindo Sol para brilhar no frio....
E chega esse dia!
Então uma nova lágrima surgi, mas essa é de amor, felicidade...
"Por inumeras vezes é mais fácil fazer com que um burro empacado faça algumas manobras espontâneamente do que fazer com que um homem aceite que está errado e reveja seus conceitos."
Ainda me lembro do dia que o vi.....
Eram 10 horas, na quadra do colégio onde eu estudo, estava chovendo, não muito forte mas a calçada estava escorregadia, era um domingo e eu estava vindo da casa de uma amiga. A rua estava deserta, até que quando eu atravessei a rua e comecei a andar pela calçada do colégio vi ele virando a esquina e começando a andar na minha mesma calçada, só que no sentido oposto.
Nossos olhos se encontraram no mesmo momento, e enquanto nós caminhávamos eles não se desgrudavam, íamos chegando mais perto um do outro, e mais perto, até que bem em frente ao portão do colégio, quando ele ia passar do meu lado, eu escorreguei na calçada. Mas no mesmo instante ele soltou seu guarda chuva e pegou no meu braço antes que eu cai-se no chão, e me levantou.
-Obrigada. Foi o que eu consegui dizer olhando aqueles lindos olhos castanhos escuros. Ele sorriu, soltou meu braço, pegou seu guarda chuva no chão e seguiu andando...
No decorrer da semana quando eu ia a escola, torcia para velo de novo, toda vez que eu chegava ou saia da aula... até que no sábado eu fui ao super mercado, e quando estava na sessão de frutas eu o vi. Tinha uma mulher do lado dele, aparentava ter a idade da minha mãe, ela se virou para nós e veio em nossa direção junto com ele, nosso olhos se encontraram novamente, meu rosto ficou vermelho. A mulher era a mãe dele, e por incrível que pareça uma antiga amiga da minha mãe. Elas começaram a conversar, e nós dois não para não ficarmos de fora resolvemos entrar na conversa, mas sem contar que já nos conhecíamos.
A conversa foi rápida, mas minha mãe os convidou para almoçar no outro dia la em casa, e além se serem velhas amigas, meu pai e o pai dele já se conheciam...
Ter fé que vamos realizar nossos sonhos não é fácil, as dificuldades, as pessoas, e até nós mesmo, fazem com que eles desapareçam sem ao menos se levantarem direito, pensamos, decidimos, mas não agimos, deixamos para outro dia, esperamos a coragem...
Desde os meus catorze anos queria fazer um blog, mas só depois de quase dois anos fiz um. Demorei para fazer, mas fiz. E só me arrependo de ter demorado muito, mas eu não desisti!
O que devemos é não desistir nunca, uma frase que meu irmão sempre diz é " Nunca pare de lutar", então temos que lutar pelos nossos sonhos, nossos objetivos, não importa o quão difíceis são! Se que ir pra faculdade, estude e preste o vestibular ou enem, mesmo que você não veio da melhor escola, acredite em você mesmo pois assim será o ou a melhor... se quer se juiz, atriz, professor, campeã olímpica ou fotografa, não importa, crê em Deus que vai conseguir, tenha fé e atitude de quem vai conseguir.
Em geral o ser humano tende a ser um "excelente locutor, comentarista, narrador" mas no momento de encarar o espelho frente a frente foge da responsabilidade por seus atos e pensamentos culpando o próximo dos frutos que hoje colhe tentando esquivar-se da responsabilidade que só a ele mesmo cabe por ter outrora escolhido as sementes e tê-las plantado de forma que hoje rendessem frutos ruins ao invés de frutos sadios.
Eu paro e fico olhando as nuvens...
Vejo um coelho saltando, um tigre de pé, um rosto familiar, uma casquinha de sorvete, vejo formas geométricas, vejo formas imaginárias, pássaros "fofos" voando ao lado de reais.
Imagino como se eu pudesse voar! Como se toca-se as nuvens! Se num piscar de olhos e num passo de balé eu voo até la em cima... Brinco com o coelho, fujo do tigre, entro dentro de uma nuvem e dissolvo ela completamente, olho para baixo e vejo nosso planeta, nosso rios, nossa terra, nosso mar!
Sei que fisicamente é impossível eu voar sozinha, mas na minha imaginação eu posso! Mesmo estando no chão vou até o universo. Vou ate Paris ou Japão, o que define é os meus pensamentos, as minhas nuvens!
O meu mundo da lua não tem limite...
E então eu resolvi pra não ficar parado
Juntei todas as tintas e montei um belo quadro
A tela estava em Branco claro
Mas aí joguei a primeira cor,
Essa então foi o amarelo
Como em um nascer de sol...
E pela imensidão que vi já coloquei o azul do mar
Então surgiu os roxos...
Não muito longe percebi o cor de rosa e senti uma das coisas mais leves que possamos sentir
E então na rebeldia que logo veio o pintei com o mais quente vermelho,
E foi onde me surgiram as batalhas mais sangrentas...
Mas tudo passou quando peguei a cor do verde
Ah o que dizer o que falar... Opa
Esqueci o que eu ia pintar.
Lembrei com maturidade do bege e me consegui me recompôr.
Foi breve e com muita sabedoria...
O tempo lá fora virou então me vi com o cinza a pintar,
E cabisbaixo o desenho logo veio todo a borrar...
Mas não tem nenhum problema não...
Volto a pegar o Branco e pintar tudo a mão!
Assim como a fruta Jamelão deixa a língua azul arroxeada e o abiu fazem os lábios ficarem aderindo um ao outro. Da mesma forma, é impossível a alguém provar do pecado sem sair marcado...
African Syle
Roxo luxo pra começar
Trás o ouro pra embelezar
seja fio ou seja colar
e a seda azul como o mar
enfeite com sementes
ou cate o marfim
deixado indiretamente
natureza contribuindo relativamente
África mãe
African style
fabricando recordações
quebrando padrões
procura o veludo branco paz
guerra, jamais
só quero achar o linho com estampa
abastrato, prateado
meio usado, mas muito bem conservado
e a onção não pode faltar
vá buscar que vou usar
e a zebra onde vou botá?
falta uma lã
pra esquentar
meu turbante é de cânhamo
fibra boa de se relacionar
o cetim rosa pelucia chegou
estilizando o lugar
trazendo a feminilidade
que faltava na gala.
MAJESTOSO IPÊ ROXO.
Márcio Souza.
Este lindo ipê roxo,
Que há anos vi nascer,
Hoje, em pleno mês de agosto,
Veio de novo a florescer.
Em plena seca escaldante,
Todo cheio de esplendor,
Não há quem não se encante,
Com a beleza de tuas flores
Obra prima da Natureza,
Com pétalas roxas aveludas,
Dando-nos a todos a certeza,
Pelas mãos de Deus foram pintadas.
Uns dizem que ser a cor do amor,
Outros que representa a paixão,
Pois tuas fortes e vivas flores,
Têm as cores do coração.
E ao olhar tua florada,
Cada vez mais eu me encanto,
Penso logo em minha amada,
A quem adoro e amo tanto.
Com tuas flores indo embora, derramadas pelo chão,
Sentirei doces saudades por não ver as tuas cores,
Mas as guardarei com certeza, dentro do meu coração,
Porque tu, meu Ipê Roxo, me despertaste o AMOR!
Márcio Souza.
Foto de Márcio Souza.