Rotina
NOSSA ROTINA
Hoje teremos tempo para nos amarmos
Não como dantes, pois será algo diferente
Iremos vaguear pelas ruas escuras,
Em busca da felicidade não encontrada no nosso lar
Vamos fumar e nos drogar
Para ninguém falar
Que somos infelizes
Nosso amor a gente inventa
Como o fumo do cigarro que parecia nuvens
Perto de nós quando contávamos as estrelas
Lá no céu colorido.
Sim, esse é o nosso amor!
Lembre-se
Quando as brigas virarem rotina, lembre-se do frio na barriga que sentia prestes ao me encontrar.
Quando a paciência se esgotar com frequência, lembre-se de quando fechava os olhos pra sentir meu abraço e apenas relaxar nos meus braços.
Quando a boca estiver prestes a enunciar algo que possa me ferir, lembre-se de antes, quando soltava um sorrisinho durante o beijo.
Quando me fizer chorar, lembre-se de quando era você que enxugava minhas lágrimas.
Lembre-se do arrepio, do frio na barriga, da ansiedade.
Tente tirar isso do passado e trazer para o presente e tente se lembrar do que o fez se apaixonar por mim.
Enxergar na escuridão absoluta, sobreviver à frieza infinita
Esta tem sido a minha rotina existencial
Solidão, Desespero, Falsidade, Rancor
Nenhuma delas conseguem mais me atingir
As trevas são o meu habitat natural
Na morada do meu castelo obscuro
O meu código de honra é forjado na dor
Oculto, discreto, calado, quase imperceptível
Do escuro observo a luz dos hipócritas
Cegos e hipnotizados, falsos e iludidos
Pela primeira luminosidade do celular ou da televisão
Ás vezes penso em parar com tudo isso, toda a rotina dessa minha vida... porém, esse questionamento sempre ocupa os 20 piores segundos do meu dia.
Rotina - setembro 1
... os cálculos não encontram a variável... aclamado mérito numa olimpíada e resposta em custo-ajuda... mas o sonho se esbarra num cálculo que não encontra a variável... e o recurso se matemática em subtração enquanto os bolsos-salários se multiplicam no congresso... e insiste o governo invariável a não enxergar que a educação é a única variável...
Rotina - setembro 2
... não falam senão por ladros... mas se falassem o que diriam... na recepção calorosa da chegada... no abano de rabo-carinho... não precisam falar o quanto nos querem... e não precisamos dizer o quanto os queremos filho...
Rotina - setembro 3
... as pálpebras se afrouxam... o soluço de um respiro... um sopro pulsante de um sono... o toque nas mãos do amor de filho... e o desejo de que seu sonho esteja lindo... (márcio adriano moraes)
Rotina - setembro 4
... aqui onde os pés tocam a terra um sentimento se abate... a cabeça pesa nos olhos úmidos... mas lá alto a noite surpreende com a lua sorridente... é o gato da alice lembrando que nem sempre cair no buraco é o fim... um mundo de maravilhas está atrás de uma porta... resta saber qual bolo comer... (márcio adriano moraes)
Rotina - setembro 5
... a mãe à espera do tankinho novo... mas como o filho o levaria na sua bicicleta amarela... a gentil cortesia distante do outro... o frete não ofertado e de dispêndio custoso... com suas mãos o levaria num carrinho de pedreiro... uma lição de valor dada ao dinheiro... (márcio adriano moraes)
Rotina - setembro 6
... volveu as mãos no pescoço e ofertou os lábios... não há poder que supere o amor... o beijo doado de ambos os lados... a essência humana é de múltipla cor... na bienal dos livros a ficção mais assustadora está nos olhos dos vivos... (márcio adriano moraes)
Rotina - setembro 7
... é liberdade que um dia chega mesmo que tarde... canto de brava gente brasileira... ver contente o filho gentil folheando livros a esta mãe brasil... no grito às margens da ignorância a caneta saca... celebração de uma independência que plena será um dia nesta pátria... (márcio adriano moraes)
Rotina - setembro 8
... se fosse um retrato dorian se pintaria trágico... forte vento avassalador que vidas deixa em ruínas... cidades se devastam ao seu sopro furacão... a fúria natureza implacável... só há uma forma de alento... em mãos humanas solidário.. (márcio adriano moraes)
Companheira
No caminho para mais uma rotina, lembro bem de quando nos falávamos todos os dias independente do horário ou do lugar. Saudade é uma companheira de viagem diária para aquele dia que risadas foram dadas ao vento por coisas simples. Como a brisa do vento no rosto ou até um sopro perto do rosto. Parece bobo, quer dizer, é bobo mas foi real. Sentir a leveza de alguém estava na mesma sintonia ou quase ou sei lá. Mas que estava ali para o que desse e viesse. Outro dia, apareceu uma nova companhia, lembranças é o nome dela. Apareceu as 23h de um sábado chuvoso enquanto acabava de começar "a música mais triste do ano de Luiz Lins", parece que combinaram o horário de chegar. Naquele momento já não havia mais sono nem cansaço que parassem a saudade e as lembranças de falarem comigo...
Para viver com liberdade e desfrutar a plenitude da felicidade; temos que vencer a rotina em áreas da nossa vida, mas isso raramente é um sacrifício fácil.
Para alguns ainda pode ser mais complicado, por já estarem tão acostumados com as migalhas de atitudes e sentimentos que lhes oferecem.
Que se sujeitam e aceitam cada coisa.
As vezes estamos tão atordoados pela nossa rotina do dia a dia que perdemos os senso de importância ou a ordem de importância que os problemas deveriam afetar a vida.