Rotina
E virou rotina
Toda noite antes de dormir
imagino você aqui, do meu lado
minha mente vai tão longe
que as vezes consigo sentir seu cheiro
imaginar sua pele tocando na minha
como se fosse delicadas pétalas de rosas
Viro de lado
Sinto meu corpo aninhado no seu
sinto sua respiração no meu pescoço
Sua barba passando por meu ombro
Seus pés esquentando os meus
Em uma noite fria de Junho/Julho
E minha imaginação segue firme
pisco os olhos e já está quase amanhecendo
Sinto como se fosse a coisa mais real
que ja tive em minha vida
Sua mão passar por meus cabelos
Sua boca por meu rosto
ate se encontrar com minha boca
"Bom dia"
E de repente vejo aqueles olhos, que
dia após dia me fazem pirar
enlouquecer
dia após dia
CUBO DE GELO
Dia após dia, durante anos, aquela foi minha rotina. E até hoje me pergunto: como é possível?
Levantar ir ao trabalho. Bem, eu acordo cedo, eu gosto. Seis em ponto estou pronto. Café tomado, estômago vazio. De fato prefiro mesmo tomar café no trabalho, mas pela manhã, em casa, vai bem. Pois bem, dia após dia os ônibus cheios, pessoas, carros, espelhos. Tudo tão calmo e ao mesmo tempo é desespero. Movimento com o passar dos postes diante do meu pensar distante e desinteressante, observado de canto a canto, de sereno a delirante. Uma senhora que olha e disfarça. Olho para o relógio, perto de chegar, mais um sinaleiro. Olho para trás, procuro me posicionar, posição de saída. As portas se abrem, desço. Saio por primeiro. Passo após passo pela calçada em preto e branco, os prédios, as praças, os pombos. Ah, um dia frio faz mesmo observar. Os passos parecem desacelerar, enquanto o relógio derrete o tempo. Ora, só preciso chegar! Pois tenho tempo! Estou a voltar, novamente vejo as cenas, o ônibus, os postes, a senhora que me olha com desejo, quero dizer: disfarça! Eu vejo. Como é possível? Novamente paro, penso! As pessoas em câmera lenta, e eu: desespero? Ah, esse eu neste cubo de gelo, que segredo deste olhar a delirar... Só um olhar a delirar. Será mesmo? Passam-me uma a uma – as pessoas, sim, as pessoas – e eu a perguntar: e o meu tempo? Devagar! Devo chegar, distancio-me. Dias frios fazem mesmo observar. Rio, porque em vez de ir adiante, estou indo para trás. Como é possível? Novamente, tenso, penso: dia frio faz mesmo observar. Suores na testa e como suo neste cubo de gelo. Ah, que segredo, apenas meu olhar a delirar. Nem pergunto. Mas será mesmo? Os ternos, as saias, o vento. Estala os dedos a velha senhora naquele bar. Como eu posso escutar? A brasa a queimar no cigarro do mendigo. As luvas sujas, os trajes, um pão mordido, pego sobre luvas sem dedos, e no braço uma coberta a arrastar. Novamente lembro! Preciso chegar! Eu tenho tempo, devo me lembrar! O sono vem me incomodar. Minha inquietude posta em cheque, posição: sentido! Resolvo parar! Como é possível? Sigo o caminho e isso pode ser muito... Ah, deixa pra lá. Observo idéias em linha reticente, tudo devagar de dentro de um cubo de gelo. Meu tempo! É mesmo, um dia frio faz mesmo observar.
Gostaria de desabafar, não tem com quem fazer, nem tenho como realizar. Drogas são rotina, a obliteração de meu novo eu em projeto. Busco saídas, não vejo mais alternativas.
Te mandar boa noite já virou rotina, é como se eu tivesse a necessidade de cuidar de você. E pra falar a verdade, eu tenho.
Fujo de quem me quer e quero quem de mim foge.A rotina me entedia,o desafio me fascina, o improvável me chama.
A rotina e não a razão abstrata foi o princípio que norteou os portugueses, nesta como em tantas outras expressões de sua atividade colonizadora. Preferiam agir por experiências sucessivas, nem sempre coordenadas umas às outras, a traçar de antemão um plano para segui-lo até o fim.
Chorar calado, pensar quieto e desabafar com as paredes. Rotina diária de quem se faz de forte e ainda consegue colocar um sorriso no rosto, a noite chega os pensamentos assombram minha mente, quantas perguntas sem respostas, a incerteza adentra minha alma e me tira a calma, fecho os olhos volto ao inicio, sinto dor uma angústia que aperta a peito. Saio a caminhar rumo ao desconhecido, Já não existem ouvidos que me escutem, já não existem mãos que se estendam na minha direção. A vida é curta o futuro é incerto, a gente nunca sabe se vai durar uma noite, ou ano. Rodeado de vazio me acorrento as pequenas coisas que ainda me fazem ser feliz. Boa noite.
Madrugada fascinante
A noite começar simples em minha constante
Rotina de todas as noites.
Noites em que se transformam em “Dias”.
Dias muitos prazerosos eu diria,
Mais uma vez de frente para meu computador,
Meu único amigo e conselheiro das minhas noites de insônias,
E conversando com ele, percebo que existe apenas uma razão.
A verdadeira explicação de minha existência,
Nasci pra te amar, pra te admirar e você nasceu para me fascinar.
Olhando suas lindas Fotos sustento o que sinto por você,
E me apaixono cada vez mais.
E posso dizer que tudo isso me faz muito feliz.
E vale a pena viver pra te amar,
Por você passaria os restos de minhas noites acordado,
Por que te amar e a única coisa que realmente sei fazer perfeitamente.
Amo-te de +.♥
Não consigo, não me adapto, não me conformo.
A rotina jamais me fará satisfeita porque eu tenho uma claustrofobia absurda de lugares e tempos. Estalo os dedos, batuco nos móveis, balanço freneticamente os pés. Preciso de ar. Falo o tempo todo porque o silêncio aumenta minha ansiedade, quero saber de tudo e conhecer todos os assuntos. Vou roer as unhas de esmalte vermelho e pintar meus dentes de nervoso, vou quebrar as janelas para respirar novos ares. Quero gritar mais alto que a música e destruir minha limitações. Então me busca, me tira dessa vida pela metade, me mostra o mundo. Eu quero mais de cada coisa que a existência oferece. Essa prisão, essa pele. Estou vazando pelos poros e tenho medo de explodir. E se algum buraquinho entupir e eu não achar a saída? Meu corpo é muito pequeno e minha ânsia de liberdade queima as beiradas. Minha alma vai escapando, vai se moldando. Se esconde, diminui pra não se mostrar além. Me liberta, me expulsa de mim. Mostra uma arte verdadeira, sem ensaios e apresentações semestrais. Quero perder a garantia por uso excessivo, gastar os saltos dos meus sapatos. Eu não quero nada impossível, quero realidade. Quero alma e vida de verdade.
só vejo beleza no que transborda
só me interesso pelo que ultrapassa
o comum não me comove,
o banal não me toca.
porque eu gosto é do avesso
e o contraditório é que me fortalece
Não gosto de rotina. Não gosto de falsos sorrisos. Não gosto de mentiras. Gosto de pessoas sinceras. Gosto de musica e poesia. Gosto da Lua e das estrelas. Ás vezes, eu também gosto de viver.
Eu enjoo das coisas fácil, a rotina me cansa, a mesmice não me atrai, eu gosto de viver em constante mudança, novo visual, novas pessoas, novas opiniões…