Rotina
POEMAS CATIVOS DE ALECRIM E LAVANDA
O tempo do tempo é consumido como ar
Na rotina do seu amargo arrependimento
No arrasto do vento, no tempo da luz
Pragmática de um beijo, morre sem nada dizer
De uma história, sem prosa, sem verso
Num único versículo, entre o perfume das rosas
Talvez o silêncio esconda, poemas sofridos de amores
Sem sentido das palavras que alguém roubou
Sem reconhecer o culpado no próprio esquecimento
Perderam a fé na abandonada mente, no condenado corpo
Telhados de inverno cheios de quimera de um amor proibido
Morto no esquecimento de uma alma, esquecida dando dor a tristeza
Nas horas, nos minutos, de sussurros cativos da solidão
Que existe uma prosa lírica em cada sílaba em cada palavra
Liga ao coração como uma oração de esperança
De louvor ao amor num aroma fresco de alecrim e lavanda
És tu assim
Oh amada minha
Meu amor sem fim
Algo que há tempos imergia
Te amar virou rotina
Respirar o teu ar
És, sim, oh, menina
A deusa que odeio amar
Te quero de longe e perto
Um sentimento estranho
Que não sei ao certo
Se vem em forma de ganho
Ganho palavras, gestos e facadas
Que ainda não sei porque corro
Atrás da minha amada
Talvez sem ela eu morro
Aqui te escrevo um poema
Meus versos saem do coração
Sempre é você o tema
Da minha vida a redação.
Viajar para quê?
Viajar é sair de si e ao mesmo tempo se encontrar.
Enquanto sujeitos da rotina, por vezes nos cristalizamos em pequenas certezas.
Certezas sobre preferências, capacidades, e limitações.
Criamos verdades sobre quem somos quando engaiolados no nosso cotidiano.
No ir e vir do trabalho, dos estudos, na programação da tv, na vida doméstica.
Mas alguma ruptura se faz necessária, para que possamos nos ver em outros olhares.
Para que possamos enfrentar outros desafios, como estar em um ambiente completamente estranho, com estilos diferente, sons, tons e sotaques específicos, com cores e aromas marcantes.
E neste espaço diferente, podemos nos reinventar, confirmar algumas ideias ou descobrir novas possibilidades.
Viajar é di-ver-gente, com seus hábitos, prazeres e angústias.
É desconstruir o mundo confortável das convicções medianas da nossa rotina.
Para quando voltarmos a ela a percebermos em sua singularidade.
Pois nenhum dia é igual, nenhuma paisagem é fixa, e os climas são variáveis.
E acima de tudo, nada está sob total controle.
Vamos rever o ambiente ao nosso rodor, pois o ambiente é a gente.
Somos a ambiência que queremos ou deixamos ser.
Suportar o imprevisto, inventar saidas criativas, rir dos desencontros e apreciar as surpresas do desconhecido.
Então viaje-se para o íntimo que ainda não sabe que existe fora de você.
Que tenhamos coragem o suficiente para abandonar nossos medos, desapegar da rotina, acordar para a vida e viver nossos sonhos adormecidos.
O que tira o prazer do amor, não são os afastamentos, mas a rotina, o arroz com feijão de sempre.
A falta de fantasias, brincadeiras, piqueniques, a inocência, aquele como se fosse a primeira vez entre principiantes.
O amor se torna grande, gigante não pelo tamanho, mas pela intensidade e maestria com que se vive a sua nudez.
Complexo de Marta, por Oséias Arêas
Um dia na rotina de visitações realizada por Jesus, O mestre querido foi a casa de 3 amigos mais chegados que irmãos. Lázaro, Marta e Maria eram pessoas do rol de relacionamentos do Mestre amado. Aconteceu que um dia Jesus foi mais uma vez naquela casa. Fora muito bem recebido nesta ocasião. Marta foi para a cozinha preparar o lanche da tarde. Ninguém dispensa um lanchinho na casa de um amigo né? ainda mais depois de uma grande peregrinação debaixo de um sol escaldante. Mas muito caprichosa como era o perfil de Marta ela percebeu que havia algumas coisas a serem feitas e arrumadas ainda para que toda a casa tivesse em condições de receber uma visita de modo digno. Mas a tão preocupada Marta em causar uma boa impressão no mestre de Nazaré se esqueceu de um detalhe muito importante nas relações afetivas. Que o que mais importa em uma visita é a companhia da pessoa visitada e não o "estado" em que a casa se encontra. Marta se dedicou tanto na sua tarefa que começou a perceber que não daria conta de tudo sozinha. para deixar a casa nos conformes precisaria de ajuda. Então tentando de um modo sutil diz a Jesus: "não te importas que eu esteja preparando tudo para te receber de maneira honrosa sozinha? peça que minha irmã me ajude para que seja mais rápido e então te daremos atenção. (Acréscimos de interpretação literária do autor) Jesus olha para Marta com olhar amoroso e compassivo que lhe era peculiar e responde: Marta, você está ocupada com muitas coisas, apenas uma lhe seria suficiente. Neste momento Jesus estava lhe imprimindo um grande princípio. O princípio do tempo. O tempo precisa ser muito bem administrado. Nosso ativismo pode roubar as histórias de ninar para os nossos filhos. Pode impedir de dizer as pessoas em nossa volta e vida que as amamos. Pode dar a entender as pessoas que nos amam que nossos afazeres são mais importantes que a companhia delas. Nossos projetos e compromissos não podem sufocar nossa afetividade. Jesus só queria dizer que cada coisa deve ser feita uma de cada vez. Me faz lembra um trecho de uma velha canção: "ninguém pode comer 20 pratos em um dia. Ninguém pode dormir 20 camas numa noite". Viva um dia de cada vez. O futuro se O Criador do universo quiser, acontecerá. O hoje é uma dádiva, por isso se chama presente. valorize o. Complexo de marta #tofora.
Apaixone-se pelo que você faz, inclusive pela rotina que isso traz. Na rotina é que se constroem as melhores práticas.
A rotina se tornou algo tão presente no nosso dia-a-dia que qualquer coisa diferente parece um alienígena.
Quando se descobre a essência da alegria,
E a felicidade vira rotina,
Ficamos como quem sonha,
O sono vira só uma pause,
Um descanso pra que descansado,
Agora bem acordado,
Se sonhe mais....e mais....e mais...
A conformidade com a rotina incessantemente normal do dia a dia me irrita .O atípico é o que me faz querer presenciar o amanhã,seja como um mero espectador ou como um agente ativo.Se por acaso pudesse prever o futuro , preferiria que meus átomos estivessem agrupados em outra dimensão,não nessa.
Não é o cotidiano, nem a rotina, nem a repetição, mas a falta de doçura, que estraga e torna amarga e azeda a relação. E, sempre fica algo doce lá no fundo, bem no fundo desse poço.
A rotina é aquela menininha mimada e teimosa, que vai lentamente minando a relação e transformando o amor em passado.
Eu já não aguento mais essa droga de rotina, dias cansativos, amigos para aconselhar, pessoas para aturar, amor para aflorar e ainda a saudade pra suportar.
Da dura rotina
cai
no abismo dentro de mim
desabrochei
sem esperança sem vida
eu busquei
imaginei
olhei pra dentro de mim
um mundo sem eu
o mundo de deus
sem medo
me deu adeus
a vida é uma realidade que não cabe você, do amor dos seus sonhos, vomitar
e jogado pra fora o que você sempre chamou de meu, sem eu sem nada
me fazer infeliz
então eu cai
então retornei
então me livrei
uma vida que não te convida mais para um simples cafe