Rotina
Transporte público, a fila do inferno, corpos amontoados em busca de um lugar na janela, onde a paisagem externa é mais bonita e o olhar interno tedioso, isso diz muito sobre nós mesmos, e as respostas seguem nas pequenas coisas da vida.
O dia começa
Como terminou ontem
Sem saber
Sem estar
Só indo
Buscando aliviando
Criando
Fazendo
Sentindo
Cada coisa em seu lugar até tudo misturar
Sai daqui entra ali
Vem vai fica sai
Busca cai liga desliga
Faz deixa de fazer
Só que aqui é assim
O ser ou não ser é uma constante
É um lugar fixo inconstante
Que não dá para ver, mas da sentir
Sentir tudo nada e não
Esquisito
Não ligo
E assim vamos
Sabendo ignorando lutando
Brincando com fogo
Assistindo e sendo assistido
Cada um cada um
Sempre
Sempre
sempre
As pessoas têm mania de colocar a culpa no amor quando do término de uma relação.
"Nos distanciamos, ou, nos separamos, porque o amor esfriou, acabou".
Nada disso!
O que acaba com os casamentos (com os amores, com as pessoas e com qualquer relação humana) chama-se: comodismo.
É a tal história...
"Eu amo, mas já conquistei, já é minha (ou meu), nunca vai me deixar, me ama e faz tudo por mim (é louco, ou louca, por mim), está tudo perfeito e sob controle"...
Tem amor ai? Pode até ser que tenha. Mas o que com certeza tem - e em excesso - é egoísmo e comodismo, coisas que não existem na fase da paixão, no início da relação, naquela mágica e maravilhosa fase da conquista.
A rotina, os problemas, a falta de paixão e o comodismo é o "Quarteto Bombástico". Geralmente nessa ordem, eles vão ocorrendo sutilmente e corroendo os relacionamentos. Quando você se dá conta... Já era! Já foi!
Rapidamente, vira uma relação de amor e ódio, tapas e beijos, até sobrar apenas um estado civil e certa tolerância.
Ou, em casos piores, um não mais suportar respirar o mesmo ar que o outro. Daí, de duas, uma: Ou logo se separam, sem grandes sacrifícios e complicações... Ou (pelo comodismo de sempre) permanecem juntos, buscando em terceiros o combustível para "abastecerem seus tanques".
Volto a dizer, não é o amor que acaba.
Amor que é amor não tem fim.
Mas o egoísmo e o comodismo abalam as relações.
As relações, sim, é que acabam.
Quem me vê assim levando os afazeres cotidianos, essas conversas banais. Não imagina o quão longe eu estou de tudo, até mesmo de mim.
Existe um glamour imaginário sobre o aniversário do outro. Esquecem que é também dia de trabalho, de faxina, de cuidar de doente e ser feliz apesar da rotina.
20012020
É assim que o amor morre, enterrado entre as tarefas de levar o lixo, dobrar as roupas, ciclos de lava-louças e compras de supermercado. Reuniões de pais, turnos duplos no pronto-socorro, levando uma criança aos berros ao dentista...
#Vida #triste #é #a #minha...
Que hoje vou contar...
Desde quando aurora anuncia...
O dia a começar...
Passam os minutos...
Seguem as horas...
Sob céu azul anil...
Olho as nuvens e me ponho a sonhar...
Em tardes douradas...
A primeira estrela que vejo...
Sonho mais alto ainda...
E faço um desejo...
A rotina tão maçante...
Das flores do jardim cuidar...
Alimentar as aves...
Que gorjeiam em toda minha casa...
Em todo lugar...
O perfume de manjericão me inebria...
Disputa com o alecrim...
As orquídeas se abrindo...
Também se comportam assim...
O girassol despeitado...
Meu brilho quer roubar...
Sempre é ele o primeiro...
O sol a cumprimentar...
As rosas soberbas...
Acreditam serem rainhas...
Coitadas delas...
Vaidosas aos extremos...
Acho que vou cortar...
Só escolher um vaso...
E minha mesa enfeitar...
Se deito na rede e me ponho a balançar...
Logo aparece um sabiá...
Fazendo-se de louco...
Começa a cantar...
Quer atrapalhar meu sono...
Até meu meditar...
Beia-flores me importunan o tempo inteiro...
De lá para cá...
Não se cansam eles de tanto voar?
Quero ler um pouco...
Bem sossegado na sombra...
Sento debaixo da jabuticabeira...
E dezenas de pássaros põe-se a reclamar...
Gorjeios, trinados irritantes...
Ah se pego só uma fruta do meu quintal...
Revolução se instaura...
Até o jacú feio...
De mim vem reclamar...
Não sei mais o que fazer ...
Como devo proceder...
Vou comer um pouquinho...
E disso tudo me esconder...
Trancar portão...
Campainha desligar...
Tirar fone do gancho...
Celular "não pertubar".
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
Acordei, levantei, lembrei de você
Me arrumei, saí, pensei em você
Cheguei, embarquei, orei por você
Viajei, desembarquei, quis estar
[com você
Voltei, deitei, sonhei com você
Acordei, estudei, liguei pra você
Me alegrei, me perdi, me imaginei
[com você
Estudei, me banhei, me arrumei
[pra estar com você
Encontrei, abracei, te beijei
Agarrei, comi, as mãos lhe estendi
Te levei, te alegrei, novamente te
[beijei
Liguei, cumpri, me separei de ti
Voltei, me troquei, refleti
Escovei, desarrumei, caí
Pensei, pensei, senti
Minha rotina sem você é a
[mesma sem mim
A vida é um cego mascando chicletes, não vemos nada ao nosso redor e insistimos em repetir sem parar os mesmos movimentos em busca de um sabor passageiro
O problema em sermos protocolares.
Começamos com boas intenções, preocupados em saber de quem queremos bem, mandamos mensagens... visualizamos as mensagens, curtimos e até mesmo comentamos... Com o passar do tempo isso cai no hábito, faz parte da nossa rotina e então nos enganamos...
Ah, como tenho saudades de seu abraço, o aperto de mão, aquele sorriso... como me fazia um bem sentir o perfume da sua presença, ouvir suas histórias, sentir a proteção...
Não espere o amanhã, pois este pode não existir, agradeça pelo hoje, exalte sua amizade, familia... Não esqueça de amar, espalhar esse amor, pois este é o sentido da vida...
Vivo em um círculo sem fim
sempre girando
não importa o que eu faça
sinto que não saiu do lugar
não conquistei nada
fico cada dia mais velho
mais perto de morrer
me pergunto todo dia
vale mesmo a pena viver
essa vida vazia
sem graça e sem propósito algum
mesmo assim aqui estou
seguindo em frente
como um navio no breu
sem saber para onde vou e se chego em algum lugar
vou levando a minha vida
girando e girando sem parar.
Acordo, levanto sem ânimo, olho para as coisas ao meu redor, nada tem cor ou brilho, nada mais me surpreende, ando pelas ruas, com destinos já traçados, sem ânimo, sigo até meu ponto final, entro em casa, busco meu banho quente e durmo, e o ciclo volta a se repetir...
Só quero o fim dessa merda toda.
Além do Tempo
Sou hoje mais infeliz que ontem,
Já perdi aquele brilho intenso e vivo no olhar.
Eu já perdi o ânimo em acordar, eu só sei sobreviver.
Coisas que me alegravam antes,
Agora jás passado, mórbido e enterrado.
Já o que me entristeci antes, não sou vivido por isso.
Acontece que sinto falta do miseráveis detalhes.
Miseráveis esses, não por serem medíocres,
Mas por serem insignificantes no momento.
Você que deixa passar, acho que é história?
Então guarde na memória!
Sabe?
A Rotina da vida, conversas na cantina,
O apego no sossêgo, isolar-se no recreio,
As brigas de idade, falta de maturidade.
Sentar, sorrir, dividir o fone de ouvido.
Ver, ouvir e sentir meu pequeno Melro. .
Sou incompleto, infeliz. Por que assim vivi.
A vida mais feliz de todas.
Para onde vamos tão apressados?
Será que estamos atrasados?
Para onde estamos indo?
No meio de toda essa pressa...
Me sinto lento...
Meu corpo pesa...
Meus olhos ardem...
Acho que vou cair...
Tudo me parece passageiro...
Tudo me parece tão sujo...
No meio de tudo isso...
Eu me sinto sozinho...
Meu rosto parece tão jovem...
Mas me sinto tão velho...
Por que eu não posso parar?
Eu preciso parar...
Eu não posso parar...
Me sinto sufocado...
Sinto mãos por todo meu corpo...
Elas querem minha alma...
Deve ser a única coisa...
Que eu tenho a perder...
A cada segundo que passa...
Mais meu corpo amadurece...
Eu ainda acredito no amor...
Não o vejo a dias...
Não o sinto a decádas...
Em meio a toda dor...
Eu busco o amor...
Meu único motivo...
Vou caminhando...
Acredito que esse seja o caminho...
Eu não posso cair...
Será esse o caminho?
Ele é tipo café, achei que não era pra mim, até experimentar, agora é meu primeiro pensamento quando acordo e não consigo passar um dia sem...
Virou minha rotina, viciante, me tira o sono.
A combinação perfeita, nós dois juntos somos pura adrenalina, aquele amor com cheiro de café quentinho, beijo com sabor forte de cafeína!