Rose
Ponteiros
Há pessoas que tiram de nós a preciosidade do nosso tempo.
Com alguns, o tempo parece se solidificar.
Com outros, o tempo parece ter asas...
Alguns conseguem fazer eternizar umas simples quantidade de segundos.
Outras, conseguem fazer qualquer tempo se perder e criam ponteiros ilusórios que rodam inutilmente.
O tempo nos traz pessoas que fazem nosso tempo ter mais sentido.
Mas também leva quem não o torna promissor.
O tempo é aquilo que fazemos dele.
Se pensarmos que ele é pequeno, nada faremos em uma infinidade de horas.
Se pensarmos que ele é longo, faremos em minutos coisas inenarráveis e inesquecíveis.
O tempo é isso ou aquilo!
O tempo faz isso ou aquilo!
O tempo só cura feridas quando nós permitimos, caso contrário, tomamos dele os artefatos de cura.
O tempo é aquilo que vivemos!
O tempo solidifica atos mas também derrete ausências.
O tempo que fora bem aproveitado mantém pessoas que fizeram cada milésimo valer a pena.
Eu já disse que me cansei, mas não disse que desisti.
Apenas parei, sentei, respirei, sequei o suor e descansei os meus pés.
Pedi forças aos céus e aliviei minhas costas.
Houve muito desgaste, no entanto, não desisti de seguir.
Porque perseverança é melhor que força!
E perseverança não se adquire, mas usa-se a que vem de dentro.
Não existe hora certa ou errada pra dizer “te amo”.
Basta que seja dito com convicção, a qualquer hora e lugar.
Originado da alma e não da boca.
Não destinado a dois ouvidos, mas remetido a um só coração.
Minha vida é um poema meio assim sem rimas, com coerência, dividido em longas estrofes.
Às vezes mal interpretado, por não ter sido bem lido!
Um poema cheio de reticências...
Cheio de afirmações que podem se tornar interrogações e vice-versa.
Um poema que às vezes tem duplo sentido ou ao qual dão duplo sentido por conta própria.
Minha vida é um poema cheio de conteúdo mas, vazio a alguns olhos maus leitores.
Minha vida é um poema que teve início e clímax, mas que ninguém, tampouco eu ainda sabe o desfecho.
Um poema cheio de vírgulas desnecessárias ou muito necessárias, talvez.
Mas com nada que esteja entre aspas ou isolado entre parênteses.
Minha vida é um poema, cheio metáforas e paráfrases.
É um poema lindo.
Ou talvez seja um poema bobo.
Poema bobo sim, mas sou eu quem ainda tem forças para reescrevê-lo todo dia!
Mas deixa comigo, mesmo com pouca tinta e com as mãos trêmulas, eu sozinha já consegui escrever seu final.
Eram suas palavras 'versus' as minhas.
Seus pensamentos 'versus' os meus.
Meu modo de agir 'versus' os seus.
Sua forma de viver 'versus' a minha...
E mesmo em meio a um mundo contraditório sendo um 'versus' o outro, meu coração ainda criava versos ao seu...
Ela chegou abrindo um baú e nele ela trouxe o prateado lunar.
Trouxe o brilho do sol e com seu calor, me derreti toda em seus braços, abraços e amassos...
Sabe aquele vento gostoso do outono?
Foi ela quem trouxe!!!
Ela trouxe o beijo com a doçura de uma pêra, e tal como a pêra, me desfiz em seus lábios!
Ela trouxe a brisa que em noites quentes refrescou meu corpo quente! Quentíssimo!!!
Ela trouxe em seu corpo o calor que me envolvia em noites frias. E que corpo era aquele!
Com curvas sinuosas por onde eu viajava, pois ela me trouxe a paz em cada curva por onde eu me perdia...
E como eu me perdi!!
Ela trouxe a calmaria às minhas ondas agitadas...
Sabe aquele Amor brilhante como a lua, quente como o sol, doce como uma pêra, suave como o vento, calmo como o mar sem ondas? Estes fui eu quem trouxe e a ela dei.
Mas ela se foi...
E foi levando aquele baú com suas quinquilharias.
Levou consigo o que eu lhe dei e pegou de volta o que me trouxe!
Pensei que só uma coisa ela deixaria.
Meu coração??
Ah!! Sim, ela o levou.
Os que te deixaram infeliz, você guarda com cuidado no lugar mais alto e seguro do sótão da sua alma.
E quem lhe teve amor, está jogado em um lugar qualquer lá embaixo, misturado às quinquilharias no porão da sua memória!
Meus papéis e eu
Eu só preciso escrever.
Apenas escrever.
Escrever meus desencantos, minhas ilusões.
Escrever minha dor.
Contar para os papéis minha indignação com minhas perdas.
Enchê-los com meus devaneios, rabiscá-los à lápis, não gostar e apagar.
Rabiscá- los à caneta marcando-os como se eles fossem gritar, ou sentir a dor dos fortes traçados e sangrar.
Escrever minha tortura que se chama solidão.
Escrever minhas noites em claro.
Escrever essa minha falta de sossego que chama angústia.
Só quero escrever minha guerra interior e essas bombas explodindo dentro de mim.
Eu só preciso escrever.
Escrever minha saudade sem fim.
Escrever o sangrar do coração. Escrever meus amores perdidos.
Escrever as lágrimas que já chorei e molhar os papéis com as lágrimas que ainda tenho.
Eu só preciso escrever...
Mas os papéis não têm culpa dos meus desabores.
Eles não precisam "ouvir" minhas desventuras.
Os papéis não sentem o que quero transmitir.
Eu só quero escrever.
Mas, pensando bem, escrever pra quê?
Os papéis não se desdobram pra poderem me entender.
Eles não fazem papel de ombro amigo.
Não se dobram diante do amor que lhes escrevo.
Não se amassam pra que eu fique ilesa.
Não me dão linha quando quero me abrir.
Tampouco demarcam com margens até onde posso ir.
Meus papéis?
Talvez não tenham sentimentos mesmo.
Eles estão pouco "se rasgando".
Sinto sua falta 25 horas por dia.
8 dias por semana.
32 dias no mês e sentirei por 367 dias no ano ou até quem sabe, quando 1 minuto ao seu lado tornar-se uma eternidade.
Te amo infinitamente...
Não preciso de um milhão de amigos, daqueles que unidos não valem por um.
Preciso apenas de um que sozinho, tenha o valor e o caráter de um milhão!!!
Um pouco louca, um pouco divertida, um pouco exagerada, um pouco chata. Um pouco de tudo, que forma um tanto de mim.
Talvez a escrita seja o melhor de mim, ou o pior, ou talvez nada, mas como eu ela respira e precisa ser alimentada. E tem urgência.
Leio-te em silêncio e gravo na minha memória teus traços mais lindos, teus gestos de bondade, tuas palavras suaves, teu doce sorriso, tua voz que acalma, teu silêncio que tudo me fala.
Com o tempo percebemos as pessoas que nos fazem bem, as que nos fazem mal, as que nos fazem falta e as que não fazem a menor falta.
Que o seu dia seja alegre como o canto dos pássaros, perfumado como as flores do teu jardim, e aquecido como o calor do sol.
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