Romantismo

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AOS NOSSOS FILHOS


Quanto tempo eu já nem sei
Do que vivi do que sonhei.
Por vezes me faltam palavras pra explicar a minha timidez.
Meu mundo só é lindo com vocês,
Marcas das nossas vidas sem pecado
Que reflete-se ao longo de cada dia
Pela lente da beleza revelados.
Ler, quem dera, nunca aprendi.
Escrever, nunca me submeti
Mas na escola do amor, sou formado, graduado sem ter curso de “dotô.”
Amá-los todo dia sem precisar
Ser rei ou reverenciá-los em poesia,
Minha vida, meus amores foi de tanto amor que desejei.
Da perfeição da mão de Deus do outro amor que imaculei
Não vivo se não tenho vocês, nossos filhos, filhos de Deus!

Inserida por genesiocavalcanti

CARPE DIEM

O melhor momento
Para se viver é agora!
Portanto, não o adie.
Viva-o intensamente!
E, se possível
Apague as más lembranças
Dê um basta nas desilusões
Nas angústias, nas aflições.
Chega de desesperanças!
Alimente-se de amor!
Aproveite cada momento.
Viva impreterivelmente feliz
Mesmo que as decepções
Causem constrangimento!
Quanto tempo dura uma hora
De tristezas e lamentações?
Talvez dure meses, anos!
Por isso, deliciosamente
Contemple a natureza.
Cultive a paz e o amor
Certamente, surgirá no tempo
As maravilhas do seu esplendor.
As coisas acontecem relativamente:
Se pensamos pequenos
Pequenos toda vida seremos!

Inserida por genesiocavalcanti

REVOLUCIONÁRIOS DA HISTÓRIA
(Este Poema canção foi agraciado com a medalha honra ao mérito pelo grupo “Tortura Nunca Mais” do Arquivo Nacional)

No rosto do Brasil ainda sangra as torturas, os espancamentos
Seus jovens ainda reclamam dos maus tratos, dos confinamentos
Marcados pelo pavor da covardia
Opressão AI-5, contra rebeldia.
Nos seus ouvidos ecoam os gritos, ávidas mães que choram
Pelos filhos desesperados que imploram
Dos impiedosos quartéis da ditadura
De tanto medo, de tanta tortura.
Pela história manchada, pelos anos de chumbo
Por uma vida mais digna, pelos direitos humanos.
E hoje no arquivo maculado da memória
Prisões de fortes paredes frias
O fantasma da morte, aparição, nos campos de concentração.
Embaixo dos coturnos bem engraxados
Marcas da violência em corpos ensanguentados.
Revolucionários, estudantes, grande legião
Tanques de guerra, fazendo evolução...
Era preciso viver, era preciso sonhar
E contra os opressores era preciso marchar.
E hoje nos monumentos aos mortos, na lápide heróica da comemoração
Coroas de flores, homenagens na foto
A bravos homens destemidos que lutaram e morreram pela pátria
Mas não silenciaram diante do poder opressivo.
E aos que sobreviveram mesmo que mutilados de vontades e sentidos, nossa eterna gratidão.
Prestes, Olga, Gregório, Julião, Ivan Aguiar, Arraes, Amaury Caminha, Brizola, Zé Duarte e tantos outros.

Inserida por genesiocavalcanti

MEU CORAÇÃO DE POETA

Meu coração de poeta
É de menino que canta!
Que brinca todos os dias
Que vive feliz, e encanta
Quando triste nada reclama
Rindo esquece os problemas
E logo seus males espanta!
Brincando, a alma distrai
Renegando seus dilemas!
Meu coração de poeta...
Às vezes até anda por aí
Sozinho querendo amar
Mas, nunca a outro coração
Brinca querendo trapacear!
Meu coração é simplório
Quando recebe insultos...
Não revida, sábio ignora
E vive a vida sempre assim
Com amor na sua plenitude
Na real, sem ser tolo, ilusório!

Inserida por genesiocavalcanti

GUARDE MEU CORAÇÃO

Guarde meu coração
Embaixo do seu lençol
E quando chegar madrugada
Esquente seu corpo, sua alma
Pois, ele é a sua morada!
E se puderes enfeitiça-o
Com teu amor, minha amada!
Deixa-o sempre pertinho
Pra poderes te agasalhar
E do teu coração bem juntinho
Pra quando bater o frio.
Em vez de te envolveres
Com o gelado cobertor
Te cubras protegida
Pelo abraço do teu amor!

Inserida por genesiocavalcanti

QUANDO EU TE DISSER

Quando eu te disser
Que já não te amo
Não me dê ouvidos!
É porque certamente
Estarei em processo delirante
Terei perdido os sentidos
Sendo você meu sonho
Tudo de melhor no mundo
Logo acordarei e rapidamente
Extravasarei todo meu amor
Ainda mais forte e apaixonante
Dedicado, romântico, audaz
Porque todos os dias
Te amo cada vez mais!

Inserida por genesiocavalcanti

O SOL E A LUA
(Do recital Noites Ensolaradas)

O sol e a lua
Se encontraram no universo.
Não era noite, não era dia.
Fitaram-se longamente
E logo veio a perplexidade
Entreolharam-se numa mistura
De sonho, paixão e fantasia
E esse olhar de cumplicidade
Fez com que a lua se despojar-se
Linda, iluminada, clara e pura
E o sol com a força que irradia
Dominou-a com carinho e majestade
A lua não demorou para entregar-se
Usou como sedução sua compostura
O sol a prendeu fortemente
E suspirando emitiu toda sua energia
A lua satisfeita e apaixonada
Fez com que o sol a ela se declarasse
E assim sem que ninguém notasse
O sol e a lua se amaram loucamente!

Inserida por genesiocavalcanti

E O MEU AMOR RENASCERÁ DE NOVO

E o meu amor renascerá de novo
Em outros horizontes, em outro patamar
Contudo, mesmo em outros tempos.
Nada impedirá que se faça sincero, lindo
Fraterno e singelo como é a ternura de se amar!
Então, seremos eternamente felizes
Sem guerras, batalhas ou conflitos
E no céu azul de esperanças e de novas revoadas
Uma luz apaziguadora conservará nossos espíritos.
Viveremos tão somente de paz e amor
Sem dores, desesperos, desassossegos
E nossas almas limpas, puras, renovadas!
Que assim seja!

Inserida por genesiocavalcanti

É COM VOCÊ QUE VOU ESTAR

Mesmo que demore
Um dia, um ano, uma eternidade
Haveremos de nos encontrar.
Portanto, nunca me esqueça!
E quando quiser matar saudade
Lembre-se dos nossos encontros
E em especial de certos momentos
Que nem mesmo o sol, o vento
Apagarão do nosso olhar
Corpos despidos, gestos, rostos,
Desejos, vontades, carinhos.
Seja lá, por onde eu andar
Percorrendo qualquer caminho
Mesmo que não seja fisicamente
É com você que eu vou estar!

Inserida por genesiocavalcanti

QUANTO TEMPO O TEMPO ESPERA?

Quanto tempo o tempo espera?
Um minuto, um segundo
Talvez espere dias, anos...
Depende do que se espera
Pra esperar nesse mundo!

De uma coisa tenha certeza
Vá devagar, preste atenção
Tudo tem sua hora certa.
Não atropele, nem desespere
Pois, aquela vexatória pressa
É inimiga da perfeição!

Inserida por genesiocavalcanti

ACRÓSTICO

Aquela luz que brilha
Mais intensa lá no céu
Olhar mais puro, sincero
Alma linda que irradia...
Mesmo se fosse centelha
Amar-te é um privilégio
Romântica sempre espero
Você que meu amor vicia
O mais lindo jeitinho de ser
Começo, meio e fim
És tudo para mim!

Inserida por genesiocavalcanti

ALMA DE POETA

Minha alma tem a cor
De uma linda flor!

Tem cheiro de perfume
Que se espalha no ar
Que vive sorrindo a cantar!

Minha alma dança...
Ao som das flores
Rubras, amarelas
Jovens e donzelas

Minha alma voa...
Voa sobre os pomares
De todos os lugares
Voa com esplendor
À procura de seu amor

Minha alma vive de paz
Rosa branca e lilás
Minha alma é de poeta,
Sem rumo, sem hora certa.

Inserida por genesiocavalcanti

QUE A FORÇA DO AMOR

Que a força do amor
Que carrego em meu coração
Suplante todas as dores, fraquezas!

Que o amor no meu peito de criança
Não se sacie e perdure para sempre
Alimentando-se de tolices e humildades
Que nunca perca o encanto de sua beleza!

Que a paz habita da minh’alma
Cresça à medida larga e não se restrinja
Aos que praticam cotidianamente...
O bem comum, puro com toda nobreza!

Que as minhas vontades não ultrapassem
Os limites da sinceridade e da razão!
Que se prolongue em minha vida...
A esperança e a fé dos otimistas
E assim eu conviva pacificamente
Com a felicidade, bondade e harmonia
Na essência da mais absoluta pureza!

Que as realizações das minhas conquistas
Não sejam triunfadas na insanidade
Nem forjadas sob o domínio da hipocrisia!

Que eu consiga sonhar todos os sonhos
Que meu espírito anseia, deseja, almeja
Hoje, agora e sempre!
Que assim seja!

Inserida por genesiocavalcanti

O ÚLTIMO BEM QUE ME RESTA...

O último bem que me resta
Não tem preço, não tem pressa
É a minha sublime parte do que fica de saudade!
Eu, corpo de uma vida que chora, ri, pede passagem.
Se tudo que tenho é pouco ou demais
O que mais importa se eu não fui capaz...
E a lembrança viva de tudo que vivemos sem saber...
Pois minha intensa lembrança é e será sempre você.

E quando partir levarei comigo
Recordações de velhas amizades
A simplicidade de um legado
E a certeza de inesquecíveis momentos.
Eu com meus sonhos, meus pecados, eu e você.

Minhas paixões, não as revelarei,
Se tudo quanto perdi, ganhei.
Basta-me ver o que fala tua boca
E a lembrança viva de tudo que vivemos sem saber.

Inserida por genesiocavalcanti

EM CADA CANTO DA TERRA

Eu sou o dia e a noite
E das rosas o jardim
Das brumas a mais suave
Eu sou corpo, sou morte
Todos os pedaços de mim

Eu sou feito de sonhos
De amor e de poesia
Sou o mais lindo amante
De romantismo exacerbado
Sou a lágrima da nostalgia

Sou sujeito imperfeito
De todos os lugares
Sou menino de engenho
Feito do mel da doce cana
Sou terra, sou dos mares

Eu sou a rosa dos ventos
Que navega nos pensamentos
Eu sou a ode da lira
Sou pássaro, sou a flor
Que canta, que inspira

Eu sou o grito de liberdade
Sou cada gota de chuva
De longínquos lugares
Que escorre de saudade

Eu sou a mão do mendigo
Nos choros, nos pesares
Em cada canto de terra
Eu sou a alegria de viver

Inserida por genesiocavalcanti

LUZ DO SOL E DAS ESPERANÇAS

Luz do sol...
Luz das esperanças!
Que sempre nos abraça
Que nunca se cansa
Dai-nos diariamente
Paz, amor e felicidade!

E mais uma vez...
Dai o dom da vida
No nascer de cada criança
Fazei brotar a esperança
Em cada nova semente!

Dai-nos a alegria de viver
Saúde em cada resplandecer!
Dai-nos a bênção dos anjos
Com sabedoria e luz também
A proteção da misericórdia...
Induzindo-me para o bem!

Inserida por genesiocavalcanti

SABE DE ONDE VENHO?
(Do recital “Alma de Poeta”)

Sabe de onde venho?
Te digo com todo empenho:
Nascido na terra dos poetas
Desde cedo aprendi a amar
Sua cultura, seus engenhos
Pra sempre, aqui é o meu lugar!

Eu venho do meio dos canaviais
Onde os sonhos perduram
E que na labuta do dia a dia
Ao longo da vida não morrem jamais

Eu sou da terra dos poetas
E trago em minha bagagem
A força que o homem irradia
Amor, felicidade e resistência
Liberdade, sonhos e poesias

Sou da terra das Palmeiras
Que se elevam pra bem pertinho do céu
E é dessa terra fértil, enluarada
Que muitos dos seus filhos
No cabo da foice e da enxada
Cultivam e semeiam o doce do mel

Eu sou da terra que todo poeta
É uma eterna criança
Nada teme e sempre vai a luta
Guerreiros, justos valentes
Com coragem, fé e perseverança

Inserida por genesiocavalcanti

SEMEANDO SONHOS


Hoje, a vida me perguntou:
“O que farás quando acordares do sonho de viver?”
Respondi-lhe com propósito:
Minha estrela-guia me conduz para um recanto de paz e luz...
Lá, viverei da brisa que sopra os mares,
dos ventos que embalam os penachos das palmeiras da minha terra.
Adormecerei até florescer nos campos,
o aroma das flores.
Viverei da espera infinda pelo reencontro de cada amor,
que em vida amei e por eles, certamente, com amor serei nutrido.
Abraçarei cada amigo que convivi.
Deixarei que o silêncio tranquilo da aurora
avive em meu semblante os momentos de felicidade!
E a sombra da calmaria, de nada terei temor.
Viverei da essência de cada canção que um dia escrevi.
Reviverei cada um dos poemas adormecidos,
calmos e latentes como um vulcão pronto para entrar em erupção.
Me entregarei completamente ao tempo da espera...
Viverei dos desejos incontidos
entre o real e a simples ilusão
de tê-los um dia podido ou não evidenciá-los.
Esperarei com perseverança ao chamamento do juízo final.
Mas, enquanto do sonho de viver eu não acordar,
seguirei vivendo e semeando novos sonhos,
pois, sei que ainda é tempo de viver e de sonhar!

Inserida por genesiocavalcanti

MÁGOAS ÀS MARGENS DO UNA
(Do recital “Alma de Poeta”)

Vou jogar as mágoas
Às margens do Una
Para que as águas do Rio
Carreguem para o mar
Sob o olhar da Baraúna
Toda minha tristeza
E que o mar sem fim
Feliz possa desaguar
Fazendo ressuscitar
Quem gosta de mim
Mas, se por acaso o mar
Esquecer de se lembrar
Novamente as mágoas
No Rio irei jogar
Porque todo amor
Que existe em mim
É um mar sem fim!

Inserida por genesiocavalcanti

SINFONIA DO AMOR
(Poema canção dedicado a Celecina Gizelle de Oliveira Cavalcanti Lima de Vasconcelos – minha mãe)

Teu olhar tem o brilho
Que ilumina as estrelas o luar!
Tem a paz que preciso
pra sempre te amar.
E quando te acho
Na contra- luz do candelabro
Tens nas mãos a melodia
Que abre as asas e voa
Voa pela imensidão das cidades
Voa pelos rios e vales
Por mares e oceanos
Ao suave toque do teu piano
E ser vivente do teu fruto
É como viver para sempre
Pois, só um grande amor...
Se vive e vive eternamente!
E para sempre viverás
E para sempre, sempre serás
Um concerto sem orquestra!
Escuta no céu o Criador
A mais nova sinfonia do amor
Pois, tudo que tocas
É brilho, beleza, esplendor!

Inserida por genesiocavalcanti