Romântico
ROMÂNTICO É SONHAR
Romântico é sonhar,
Nos batuques que o coração dá,
É benção de santos Reis ou Iemanjá
Continuar a sentir saudade
Da flor que o coração chama de amor!
Quem me dera ser Gaivota,
Á mergulhar no oceano do seu beijo,
Beberia sua boca seu amor meu amuleto,
Um olhar é brasa quente no escuro um lampejo
Acender o corpo no seu corpo é puro desejo.
Ela mais linda que modelo, é sereia, é fada,
Ela é holofotes onde ela passa,
Ela é toda trabalhada em pedra rara é coroinha...
Em meu coração sempre princesa,
Nos meus sonhos sempre é rainha.
A saudade é uma trilha longa, inquieta!
para não machucar se diz analfabeta.
Quanto mais longe a saudade ela aperta
E a estrada que não tem porteira ficar mais deserta.
Todo horizonte por mais longe é certo.
Quando se ama qualquer lugar é perto.
Para mostrar o afeto de quem ama.
Pode ser dentro da estrada ou na cama.
Tem certas magias que acontece só com quem ama.
Eu gosto da sua foto de salto alto,
Pronto para alcançar a lua.
Uma borboleta azul no peito a encontrar a rua,
Eu desejei que fosse flor para ser todinha sua,
Onde esse amor quer voar ou pousar?
Amor nossa casa nosso casulo.
Não ficarmos encima do murro,
Pois um beijo torna tudo mais seguro,
É o presente fazendo amor com futuro.
Essa terra, ar, fogo e água tudo em movimento.
Esses contínuos terremoto de sentimentos,
E como vento que assobia,
Enchendo nosso universo de poesia.
Pois romântico é sonhar...
Sonhar com você!
Eu desejei mais que tudo...
Seu beijo mais profundo,
antes de partir!
Eu desejei segurar sua mão e ali ficar,
Olhando a noite se compor na madrugada
Eu desejei ouvir nossa risada para valer.
Eu desejei juntos nossos corações bater,
Eu desejei todo estante você, estrela!
Até achar o próprio ritmo e amar.
Porque romântico é sonhar!
Itaoe Fulino
Eu NÃO SOU UM HOMEM FANTÁSTICO;
Eu sou um homem romântico;
Para ser o que quero ser como profissional depende apenas de mim;
São sensações únicas;
eu sou um homem solteiro;
eu sou barbeiro;
eu sou diferente de ti, porque a minha mente é única;
O problema de ser romântico
em relação ao sentir e amar,
é não saber deixar de amar.
Na verdade, acredito que não se deixa de amar, nunca.
Todas as pessoas amam, umas mais, outras menos. Umas amam mais fervorosamente que outras.
Mas no geral, as pessoas sabem deixar ir, sabem apenas ignorar esses sentimentos,
sabem seguir em frente.
Porém ainda não sei fazê-lo,
é insuportável ter que aceitar que preciso deixar de amar.
Não há nada de romântico e inspirador em um vale cheio de ossos secos. Há morte e pavor. E se não fosse a palavra, não haveria vida.
Força, amor, desejo e energia vibrante.
Ser romântico destemido é degustar com a emoção como fosse uma montanha-russa emocionante chamada amor.
O amor não te prende em gaiolas, ele te liberta delas.
São coisas abstratas sem explicação.
Se dar mal é uma escolha baseada em maus hábitos e a esperança de se dar bem é para aqueles que não perdem a fé em seu propósito.
A boa forma física e a aparência vistosa nada disso importa, se não trazemos dentro de nós a real elegância de sermos, intrinsecamente respeitosos, humildes e amorosos na alma.
Pensar o que poderia isso tudo, concretamente, é dizer, em simples palavras, em algo indescritível, unico, exclusivo, desejável e surreal.
Porém, até hoje, não obtive-se respostas quanto tempo falta para conhecê-las.
Conseguir traduzir o amor é uma missão quase impossível, mas alcançável.
As intenções são para conquistá-lo.
O amor é algo sem explicação, o prazer máximo da vida é senti-lo. Feliz aqueles que amam.
Sou uma pessoa feliz e o amor é parte disso, digo também em escrever.
Coração de Marte
Um dia, fui o romântico,
grudado em sonhos e desejos,
no outro, me tornei silêncio,
um céu fechado, sem lampejos.
Espero, na versão mais densa,
ser mais livre que jamais fui,
um ciclo que me molda e conecta,
um amor que acende e flui.
Sortudo será quem alcançar
esse coração de Marte,
uma cor, um fogo a arder,
um sentimento que não se parte.
Perguntei ao tempo, ao vento,
se algum dia o amor viria a mim,
mas percebi, num momento,
que o amor sempre esteve, enfim.
Como uma canção que faz corar,
ali soube que era para a vida,
eternos somos, a provar,
que o amor nunca finda.
TEÚDAS E MANTEÚDAS?!
Do alto do romântico tanque das canelas, aonde eu ia todas as vezes que visitava o meu saudoso “Beneficio”, só para espiar as “caboclinhas” como eram chamadas pelos seus patrões e que ali lavavam suas roupas e da vizinhança. As nossas, porque se usufruíam das benesses da água, por obrigação tinham que lavar também as roupas da patroa, minha avó.
Todas elas de pele negra e poucos sonhos, mas donas de belos corpos, muito embora, visivelmente sofridos. Ainda assim, lindas por natureza. Por trás das moitas que surgiam não se sabe como, entre as gretas dos lajedos dos tanques de pedras, eu que naquele contexto iniciava-se à puberdade, me escondia por trás das mesmas, apenas para cubar a beleza sútil daquelas lavandeiras que vinham quase todos os dias ao tanque das canelas cumprindo o mesmo ritual. Muitas delas, dado à calmaria do lugar, ou quiçá, por espontaneidade, se sentiam à vontade durante a labuta aproveitando o sol que queimava vossa pele.
Ora! Eu apenas um guri se iniciando na puberdade, e filho inocente de uma formação patriarcal, não somente deixava aflorar a inocente curiosidade de me perguntar por que aquelas moças eram tão “diferentes” de mim como ensinava meus avós? Também deixava aflorar um sentimento de paixão infanto/juvenil, ainda que platônico. Assustado, ficava a me perguntar: Por que meu vô as chamava de teúdas e manteúdas, além de caboclinhas. E, ali ficava horas após horas a ouvir suas melodias que se harmonizavam com a batida das roupas sobre as rochas. Tudo aquilo para mim era motivo de alegria e diversão, muitas vezes tentando rabiscar suas caricaturas usando cacos de telhas sobre a rocha ou nas folhas verdes do agave (Sisal) nativo da região.
Já no final da manhã, apresentando os primeiros sintomas de fome, porem ali pregado, não podia sair sem antes assistir ao que se repetia quase que cotidianamente. As lindas lavandeiras num gesto natural exibindo seus belos corpos. Lavando-os como se estivera lavando aquelas malfadadas roupas. Aquele gesto me despertava muita curiosidade. Para meu desatino e frustração, logo se ouvia um grito... Ei moleque! Era meu vô a me procurar, instante em que as donzelas cor de canela mergulhavam nas águas do épico tanque das canelas, não sei se pelo fato de ali está alguém à espeita a lhes observar, ou pela súbita chegada de meu avô o que já era corriqueiramente e para mim estranhamente de praxe.
E o menino inocente e sonhador se embrenhava nos arbusto a procura da casa grande onde acometido de enorme ansiedade ansiava o raiar de um novo dia.
Agora já crescido não há mais dúvidas sobre a beleza anatômica e subjetiva daquelas inspiradoras e belas mulheres.
Todavia, aquele guri agora feito “homem” mutila-se ao indagar-se – O que de verdade existira entre meu vô e aquelas belas magricelas, se não a exploração de corpos e segregação de sonhos. Teúdas e Manteúdas jamais, execradas e torturadas. O bastante para a grande desilusão de meus sonhos pueris.
O amor verdadeiro não é utópico ou romântico, não é atração, desejo ou paixão,
nem sensação que cega ou oprime. O amor autêntico pode não ser eterno, mas certamente não é fugaz, efêmero ou passageiro. É apenas intenso para se vivido por inteiro.
Romântico amanhecer
Reprima a opressão
Deixa fruir está paixão
Que faz jus o seu viver
Luz irradiante
Estrela cintilante
A sua alvorada
Eterna estrela D 'alva
Romântico amanhecer!
070822II
O romântico, de querer por inteiro, mas quem há de dar tanto?
O amor!
Este quanto menos fatiado, sacia, te deixa calado...
E aos lábios se torna amordaçado, num beijo...
Assim vejo, quem dá tanto!
Porém existiram os portanto...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Sou um incorrigível romântico
A poesia é a lira do meu coração
Com ela alinhavo um cântico
Para embalar-te na emoção
Da rima de verso semântico
Desbravada da iluminação
SONETO PARADOXAL
Como quisesse poeta ser, deixando
O estro romântico, espaço em fora
O amor, ao reconhecer sem demora
A seleta face, abriu o ser venerando
Encontros e desencontros, cortando
Caminhos e trilhas, percorri: e agora
Que nasce a poesia, o poema chora
E chora, a rima passada, recordando
Ó, estranha sensação despropositada
Tão saudosa como se fosse “In Glória”
Invade o poetar sem ter um comando
Assim por larga zanga aqui pousada
Me vejo perdido, triste nesta oratória
Quando poderia êxito estar versando
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de dezembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A Voz do Amor
Nesse coração acelerado e existente
Labirinto romântico e sacro do afeto
De refúgio arcano, piegas e inquieto
A voz do amor, te vozeia, persistente
E quando a tua voz tange na mente
A alma se embebece em um dueto
Com o sentimento, num só soneto
De paixão e ardor, tão ferozmente
Que, o meu olhar se torna cantante
Denunciando ao meu amor sincero
Sua importância de todos os amores
Em um concerto leve e constante
Dos anjos, sem nenhum exagero
És ritmo a vida em todas as cores!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/12/2019, 16’10” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
INTEGRAL (soneto) ....
É bom que eu viva a cantar, no rumo
Do prazer, em um romântico comitê
Pois se da boa poética eu sou mercê
Da prosa, trovo, declamo e consumo
Num certo verso que venha, presumo
Expressar tudo que minha alma crê
Talvez, assim, então dizer o porquê
E me expor num entusiasmo sumo
E, se chegar a hora em que eu traga
No versar a solidão onde a dor vaga
Que seja a sofrência com solenidade
Já na ventura me darei mais alento
Porque saudade é mais padecimento
E o sentimento nunca é pela metade ....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/01/2021, 09’41” – Triângulo Mineiro
SONETO ROMÂNTICO
Ah! quem há de condenar, o amor certo
Aquele que a emoção aprecia e suspira
Que no abraço e olhar, não tem mentira
E o hálito do beijo, fica então, tão perto
A paixão ferve, sem desventura com ira
Tem querer! e alma com sonho inserto
E no peito, ideia leve, e coração aberto
Ah! como é bom o afeto doce e caipira
E neste molde pra expressão de tudo
Saúdo o bem querer que se faz infinito
Que é rito na poesia e ali se agiganta
Na fortuna tanta, tanto ter, e nada mudo
Tudo canta, levanta, e se do amor é dito:
- eu te amo! É romantismo que encanta.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ser romântico não é uma fase. Se todas tuas atitudes são pautadas em teus objetivos esqueceu se ser sincero com tua alma. Não vista roupas que não te servem, sapatos apertados dão calos e se desgastam mais rápido. Ame a sinceridade assim como ama sua própria felicidade.
Sua ousadia
Ela é mais poesia que mulher.
Curte violino, violão e cafuné.
Vai do rock romântico ao samba no pé.
Parece doída, mas é pura alegria depois do café.
Só tem idade, porque bem no fundo,
tem espírito de criança,
que sonha em ser amada, ser amor.
Seu santo não bate com todo mundo.
Não finge ser quem não é.
Se gosta fica, se não, nem faz questão de estacionar.
Sempre tem alguém que se assusta com tamanha intensidade.
Mas por que tanto medo?
Se até no mar se encontra um universo
coberto de estrelas.
Ela se apega fácil,
mas quando desapega, dificilmente volta atrás.
Tem suas estranhezas, mas, se tem uma coisa de melhor em si,
é pensar muito bem antes de agir.
Ela fica, até depois de partir.
Poema autoria : #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 23/04/2020 às 14:00 horas
Manter créditos de autoria original Andrea_Domingues