Romance
O meu ideal seria viver tudo em romance, repousando na vida - ler as minhas emoções, viver o meu desprezo delas.
O romance virou quase-romance. O caso virou passado. A situação virou coisa nenhuma. Mas a experiência é eterna.
Quero os melhores romances, ou prefiro ficar sozinha. Quero as melhores lembranças, ou prefiro não lembrar. Ou vivo intensamente, ou vou levando essa rotina que não incomoda, não interfere, não fere, mas também não é vida. Vou dispensando tudo o que não julgo suficiente pra me roubar a solidão. Vou excluindo do meu convívio todos que não parecem prontos pra marcar meus dias.
Romances de verão terminam por todos os tipos de razões. Mas quando tudo está resolvido, eles tem algum em comum: São como estrelas cadentes, um momento espetacular de luz, um brilho de eternidade. E como um clique, eles se vão.
É sofrido resistir à tentação de ser igual aos outros, de ansiar romances burgueses, de não coagular as feridas abertas pelos espinhos de um caminho que prometia uma paisagem botânica na adolescência, rendido em uma espécie de diabetes emocional. Não perder-se de si mesmo já é mudar o mundo e não é fácil acostumar-se em pavimentar a própria estrada com placas e leis com o próprio sobrenome.
A distância que separa um Martin Luther King, um Paulo Coelho, um Steve Jobs, um Chico Mendes, um John Lennon dos outros seis bilhões de pessoas é vasta, eu sei. Contudo, pode ser resumida em uma palavra: atrevimento. O mundo é de quem ousa, de quem ama alguma coisa, quem habita dentro do velho moço, a quem não perdeu o costume de matar as aulas inúteis.
Sério, nunca desista de seus sonhos. Desista dos sonhados por mim, pelo seu companheiro, pelos seus pais, pelo seu vizinho, pela televisão, pela Gisele Bundchen, pelo Selton Mello, pelo Barack Obama, pelo Ronaldo Fenômeno, pelo casal do Jornal Nacional. Desista dos sonhos dos outros.
Nunca dos seus, por mais bobos, românticos e impossíveis que pareçam.
Trato romances como um jogo, que você pode descobrir cada estratégia e ponto fraco do adversário. Você pode usar, brincar e deixar que seja responsável por parte de seus pensamentos e felicidade, só não pode viciar. Não pode ter rotina, não pode haver envolvimento maior do que psicológico. O jogo só pode participar da sua vida, de forma, que você esteja sempre pronta pra passar ele pra uma outra pessoa jogar. Evite jogos recém usados, daqueles que nem chegaram a parar em cima do armário. Eles se comportam como jogo da memória: Cada vez que você descobre algo em comum, todas as outras cartas se viram novamente. É um jogo para os pacientes e principalmente, para os que tem sorte.
A vida é melhor que os romances. Uma troca perfeita de olhares vale mais do que mil páginas bem escritas.
Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
(Amanhã acabará)
Doçura e romances,baboseira e coisa atoa,um Amor de primavera não passa de uma garoa,esperança que se aflora todo dia vai nascer,todo dia vai morrer,todo dia vai chegar,todo dia vai embora e amanhã se acabará.
Amanhã acabará farinha,mas feijão temos de sobra,Vai criar filha dos outros,um dia ela te morde e no outro vira cobra,palavras que o vento te sopra só você pode escutar.
Acabará o filme,a relação acabará e a vida sempre acaba dando no mesmo lugar,se a morte te mete medo,não deixe ela te meter,ela é estupradora e sua vida vai comer,com um garfo e uma colher de lojinha dêmodê.
Nessa vida tudo acaba,essa é minha certeza,estou certo que no fim tudo vira gentileza,de um gentil insatisfeito vivendo sem ter prazer,mas aproveitando a sorte que não é feita pra você.
Mais vale ter vários romances e sofrer agora do que achar seu amor verdadeiro e perdê-lo depois. Mentira, só escrevi isso porque eu ainda não achei o meu.
Pensando em você
O vento que me faz suspirar, que me faz viver, que me faz pensar em você a cada movimento do vento penso em você, cada vez mais pensando o que você em cada minuto.
Assim quando abro os olhos já penso em você, se você acordou cedo ou tarde saber se você acordou nesse mesmo instante que eu.
Nossa que inveja dessa vento que bate no meu rosto mais inveja ainda por que toca o seu também, nossa como eu queria ser o vento por pelo menos um dia só pra sentir seu rosto, que inveja vento só você pode toca-la como queria que o vento pudesse falar só para ele me dizer a testará da sua pele.
Como eu queria estar com você olho a olho boca com boca te abraçar é nunca te deixar ir, mas que pena que você só é uma imagem na minha mente mas não adianta eu só vivo pensado em você todos os dias toda hora que penso em você queria ter você do meu lado como minha namorada, como mulher.
Mas só o destino pode dizer se ele será minha realmente minha, se é para que nossos destinos se cruzem que seja rápido por que já não consigo mais aquentar pensar em você sem querer te tocar é te beijar.
Pedro: E final feliz com beijo só foi inventado nos romances do século 17. Beijo no final só serve pra tranquilizar todo mundo dando ideia de que os amantes não vão mais enfrentar obstáculos. Mas sem obstáculos o amor acaba, não há mais o que contar, acabou o romance.
Ana: Nem beijo, nem morte... Não tem saída?
Pedro: Eu acho que a saída é não desistir de procurar saída. Mesmo que ela não exista.
Ana: Talvez as histórias de amor sirvam pra isso.
Pedro: Isso o que?
Ana: Encorajar os casais a não desistirem de procurar uma saída
Pedro: Pode ser.
O sexo é. Simplesmente é. O sexo não constrói estradas, não escreve romances e não dá significado a nada na vida, exceto por si mesmo.