Rodrigo Amarante
Bloco do eu sozinho(a)
É com o amor e a alegria, de quem tem o coração como guia, que este bloco se anuncia.
Ah, se eu agüento ouvir
outro não
quem sabe um talvez
ou um sim
eu mereça enfim.
É que eu já sei de cor
qual o quê dos quais
e poréns dos afins
pense bem
ou não pense assim!
Eu zanguei numa cisma, eu sei
tanta birra é pirraça e só
que essa teima era eu, não vi
e hesitei, fiz o pior
do amor amuleto o que eu fiz?
deixei por aí…
descuidei, dele quase larguei
quis deixar cair.
Mas não deixei
peguei no ar
e hoje eu sei
sem você sou pá-furada.
Ai, não me deixe aqui
o sereno dói
eu sei, me perdi
mas êi, só me acho em ti.
Que desfeita, intriga, Uó!
um capricho essa rixa; e mal
do imbróglio que quiproquó
e disso, bem, fez-se esse nó.
E desse engodo eu vi luzir
de longe o teu farol
minha ilha perdida é aí
o meu pôr-do-sol.
Como pode alguém sonhar, o que é impossível saber?
Não te dizer o que eu penso, já é pensar em dizer
E isso, eu vi o vento a leva
Não sei mais. Sinto que é como sonhar
Que o esforço pra lembrar, é a vontade de esquecer
E isso por quê? Diz mais, se a gente já não sabe mais rir um do outro, meu bem
Então o que resta é chorar.
De tanto eu te falar
Você subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele razão pra se perder
No abismo que é pensar e sentir.
Sempre com essa cara de quem foi sem querer
e com esse medo de quem vai mas quer ficar
Com esse olhar de quem perdeu tudo
sem nem nunca ter tido nada
ouve Irene de Rodrigo Amarante
e diz que é sobre qualquer coisa menos amor,
e grita enfurecida: "apego!"
"Mas quem mata de saudade nunca sabe o que é ficar"
diz com dor no peito sem tremer,
morre aos poucos sem chorar
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