Rituais de Trance
" Deixe os seu sonhos voarem com o vento
Humildade é o segredo para um bom momento
Igualdade e liberdade pro seu pensamento
Muita paz e humildade pro seu sentimento...!"
Mitologia, simbologia, feitiços e bruxaria. Demônios e divindades. Ritos e rituais. Envolvem-se numa aventura fantástica, às vezes onírica ou até mesmo louca, na busca incessante da percepção dos opostos.
A arte de ser trance.
Os trancers reconhecem-se pelo olhar porque a luz que brilha nos seus olhos é a mesma que brilha nas estrelas, não resistem a mostrar aos outros as constelações dos céus e... dançam juntos quando chega a luz da madrugada. Um trancer olha nos olhos de um desconhecido, fala de amor à primeira vista, de almas gêmeas, defende idéias que parecem ridículas, chora mágoas e decepções antigas, alegra-se com novas descobertas, diverte-se, brinca, é irreverente, faz perguntas inconvenientes, diz tolices, disfarça-se de louco quando sofre de lucidez e... dança com seus companheiros. Já agiu muitas vezes incorretamente, já traiu e mentiu muitas vezes, já trilhou caminhos que não eram os seus e perde-se, vezes sem conta, em labirintos até recuperar novamente seu caminho, já disse sim quando queria dizer não, já feriu os que mais ama, já foi a muitas festas e procurou a paz, a esperança e o amor na música, nos lugares, nos espaços, nos outros, nas **... Um trancer cai nestes abismos muitas vezes, mas quando reúne todas as suas forças para sair, descobre que é dentro de si que encontra o amor, a paz, a luz... então vive a esperança de ser melhor do que é... e dança enquanto caminha. Senta-se num lugar tranquilo da floresta e procura não pensar em nada: descansa, contempla, presta atenção à sua respiração, ao vôo do pássaro, ao aroma da flor e, conectando-se com a alma do universo, anda suavemente, sente que participa na dança universal e... flutua enquanto dança. No caminho que livremente escolheu, um trancer sabe também que tem que lidar com gente que não presta atenção às pequenas coisas, que não sabe que tudo é uma coisa só, que cada ação nossa afeta todo o planeta, que cada pensamento nosso se entende muito para além da nossa vida, que cada minuto pode ser uma oportunidade para nos transformarmos, que estamos no mundo não para combater o mal ou condenar e julgar o outro e... dança enquanto ama. Mas porque é um peregrino, um caminhante em busca espiritual, um mendigo do amor, um trancer senta-se à roda da fogueira e dá as boas vindas aos estranhos. Usa a sua intuição e não desespera-se quando o acham louco ou a viver num mundo de fantasia. Não tem certezas, mas sabe que nem todos os caminhos são para todos os caminhantes e... ensaia novos compassos de dança. E segue em frente e faz pontes entre o céu e a terra, entre a vida profana e a espiritualidade a que se aspira, entre o visível e o invisível, entre o compreensível e o indizível e então, pouco a pouco, outros se aproximam, reúnem-se e iniciam o seu caminho à volta dos seus ritos, símbolos e mistérios... e dançam à roda da fogueira. Um trancer conhece o silêncio como a linguagem do indizível, do que não se explica, apenas se sente. Conhece também o poder das palavras e não é tagarela. Não quer parecer ser, ele simplesmente é. Não sabe de onde veio nem para onde vai, mas sabe que está cá para amar. O afeto e o carinho fazem parte da sua natureza - tanto quanto respirar - e, porque busca o amor, um trancer arrisca mais que os outros. Arrisca sentir-se derrotado e rejeitado no corpo e na alma, a intimidar-se com o silêncio ou com a indiferença, a decepcionar-se e a magoar-se, mas não desiste porque sabe que sem amor, ele simplesmente não é... então, mergulha com paixão na vida, olha com doçura e serenidade o mais velho ou a criança, reconhece no seu olhar toda a história da sobrevivência da humanidade e...ri e dança com seus companheiros. Um trancer sabe que é livre para escolher: passa noites de insônia, interroga-se pelo sentido da vida, sobre o que é definitivo e o que é passageiro, questiona as aparências, as fórmulas, as opiniões dos outros, se vale a pena tanto esforço... é, então, capaz de largar tudo e correr para a aventura porque resiste a viver um papel que os outros escolheram para si. As suas decisões são sempre tomadas com coragem e loucura, inventando novas coreografias, ao sabor dos ritmos cósmicos, de noite ou de dia, à luz ou as trevas, no inverno ou no verão... Dança, dança... Muita paz e Luz...
Como pode uma música sem letra, para alguns sem sentido, dizer tanto assim sobre nós?
O trance é para ouvir, sentir e evoluir...
A energia positiva que flui do universo trance está gerando dentro do meu ser um impacto positivo, uma conexão elevada entre alma, espirito, tempo e realidade que me permite caminhar entre mundos, viver e viajar entre outras dimensões.
Meus pensamentos.
A cultura trance não é só ficar horas e horas dançando em quanto o DJ toca. É a manisfestção pela liberdade dentro de você, onde não importa seu cabelo, sua sexualidade, se você está feia ou bonita, e coisas do genêro. A verdadeira preucupação é deixar a música tomar o controle do seu corpo, onde seus movimentos serão uma sensação nunca sentida antes, sem usar qualquer tipo de drogas ou coisas do genêro. Dance, dance frenéticamente até seu corpo pedir para parar, esqueça o que os outros falarão sobre seus atos, eles não são donos da verdade. Harmonize com a natureza, sinta a energia que o ar puro, longe do tumulto, do stress e com o ritimo da música irá te proporcionar. Drogas? não precisamos delas, ao nos julgar drogados por dançar horas e horas sem parar, lembre-se, você é mais um alienado acreditando em tudo o que a mídia diz, sem ao menos procurar saber um pouco mais do porque não lhe trás comodidade.
Que o Electro House de cada dia te traga momentos de euforia. Que o Psy Trance de cada dia te traga momentos de psicodelia. (M.P.P.)
Sou uma regueira psicodélica que ama jaz, blues, rock, mpb, modão sertanejo, trance, e lingua! È, adoro língua entre os dedos dos meus pés.
Muitos dos rituais e exercícios do Budismo ajudam as pessoas a terem disciplina, e disciplina é uma coisa fundamental na vida de todo o ser humano.
Alquimia do Amor
Eu adoro rituais,
a chama da vela rasgando a penumbra,
o doce perfume da felicidade,
as pétalas de rosas por entre os corpos sobreviventes da "batalha maravilhosa" do amor ...
eu adoro os rituais,
o beijo roubado numa fração de tempo onde os 7 segundos se transformam em eternidade,
o olhar não olhado mas... querendo olhar !
a palavra não proferida mas querendo dizer ...
eu adoro os rituais, mesmo quando o dia termina e eu tenha entendido tudo errado como no final da tarde hoje...
mesmo quando me alertam que o tempo já passou prá mim,já passou por mim, já passou de mim ...
eu adoro os rituais,
porque quando eles acontecem,
não se precisa tomar decisões,
verbalizar certezas,
explicar o óbvio ... então ...
divida comigo o instante, ainda que o instante "livre" seja apenas este aqui, e comecemos os rituais por estas palavras aí embaixo,
e continuemos depois, e depois, e depois... e bem depois ...
Saiba apenas que eu ...
...eu adoro os rituais e quero poder compartilhar com você, só com você...
esses gestos, essas atitudes, esses "movimentos" enfim ...
... os rituais que contemplam a vida nessa grande alquimia do amor !
Me permita ser responsável por você, mas ... caminhe ao meu lado, nem um passo a frente, nem um passo atrás ...
Não são orações ou rituais em si que nos proporcionarão a cura, mas sim as transformações interiores motivadas por tais orações e reflexões.
Meus grandes momentos de felicidade não coincidem com grandes
momentos. Não se tratam de rituais de passagem, de grandes realizações, não têm holofotes, arranjos de flores, entradas triunfais, rufar de tambores. Poucos deles ficaram na memória associados a uma data e são muito mais sensações, frases soltas, pequenos gestos do que propriamente grandes momentos. Foram, na verdade, ordinariedades simples capazes de parar o tempo e me mostrar a perfeição do instante, de revelar milagrosamente, como quem tira um coelho da cartola, a felicidade irretocável que eu estava vivendo. Gérberas enroladas em papel pardo numa manhã de sábado. Café com empada e jornal na Rua da República. Banheira e sopa de abóbora temperada de lexotan. Saguão de aeroporto esperando amigos que conversavam fumando. A mão que brinca por debaixo das cobertas com a minha tornozeleira. Cadeiras lado a lado no salão de beleza com a irmã que vai casar. A subida da serra num carro 1.0 com Facelo de co-piloto e DJ. Amigos dividindo pão de queijo e café pra se despedir. Um quarto de hotel num fim de tarde fúcsia com os Morelembaum de trilha. A boca cheia de spaguetti. Calor, refrigerante, poeira e 8.000km num carro sem ar condicionado. Nininha fritando bolo de batata. Ser embalada aos pulinhos. Um anel escondido nos lençóis. "Ticcia, Ticcia, ó, não tê lua, tê estelinhas". O Frescão na chegada ao Rio. Roupa manchada de laranja 60 percebes depois. Chope do Liliput. O elogio de um cara genial. A escada rolante do desembarque. Sentir-me em casa.