Ritmo
Eu gosto de sentir assim: Alma tranquila, mente em paz e coração batendo em ritmo acelerado, mas dentro do compasso. Aprecio essa sensação de plenitude que se instalou dentro de mim há algum tempo. Talvez seja esse o motivo: O tempo. Não posso dizer que passou rápido, mas passou exatamente com a velocidade que tinha que passar. Trouxe experiências que me fizeram chorar, outras que me fizeram sentir vontade de sair enfiando a mão na cara de gente que devia nascer muda em prol do bem da humanidade, mas, dentre estas, outras tantas me fizeram feliz, que - hoje - me sobra olhar para trás e sorrir. Só rir. Da vida e para a vida. No meu interior existe a crença em um bem maior que sempre me guiou: O amor. Eu tive motivos para desconfiar das pessoas, das coisas... mas nunca do bem que o amor verdadeiro pode fazer. Eu peço à Luz que me guia que nunca me deixe perder a fé nesse sentimento que move montanhas, que cura feridas e ameniza todo tipo de dor. Que ele seja sempre o ponto do partida de todas as minhas atitudes. Que não falte amor! Para mim, e para o mundo.
No ritmo do amor
Amor verdadeiro é quando
o coração bate sorrindo...
Feliz... Suave... Leve...
Na cadência exata da alma...
Se Schopenhauer pudesse falar
Sobre poesia, ritmo e rima
Não haveria grandeza escalar
Que definisse a poesia mínima
Os mais altos graus de vontade
Pela poesia são alcançados
E não a simplicidade
Onde muitos são controlados
Pela rima, pelo ritmo
A história e a experiência
Estão para a poesia
Tal que nos dão consciência
Da essência do dia-a-dia
Não há natureza humana
Que pela história seja representada
Onde a essência emana
Como na biografia tão bem explicada
Se houvesse a ideia e dela a poesia
Eu, até a esmo
Nada mais mostraria
Que a essência do si-mesmo.
Antes, mais novos, corríamos muito sem ao menos saber por quê.
Hoje, após os trinta e num ritmo menos frenético, compreendemos o porquê daquilo que se foi.
Amanhã, já próximos da morte, talvez nos perguntemos: Por que tanta correria?
Resumo da vida.
Três fases.
Constatações.
(Fabi Braga, 05-05-2014. Editado.)
Para que improviso se a vida já é uma valsa sem ritmo? Uma dança sem passos? Para que só manter o velho , se é o novo que nos conquista? Usa-te para uma dança marcante, única, gaste teus sapatos com algo inovador, não copie, modifique, não disfarça, arrasa... Seja única no palco da vida. Por que buscamos o novo, se nem o velho conquistamos? Por que jogamos a toalha, sem saber se realmente é o fim? O fim já era existente ou você que criou seu fim? Quem fala jamais estará sentindo, e quem sente fica sem saber o que falar... A busca da felicidade é tão falada que ninguém mais quer buscar, o impossível se tornou tão impossível, que já deixaram de querer ao menos tentar... Mas o que de fato fazemos neste mundo? Amar se tornou proibido e/ou difícil de alcançar, paixão já se confundiu com prazer e amizade já nem se sabe a tradução. A mente pensa algo que o corpo não traduz, mas o corpo faz algo que a mente se confunde...
Perdi os poemas ébrios
de ritmo
feitos ao sol da manhã
Esse tantã longínquo que me acordava
manhã cedinho
antes de subir na minha bicicleta
reduzida ao mínimo para pedalar até ao liceu,
acordava-me como uma loa,
cântico virginal
puro…
ou como um ritmo escondido
no regaço da mais linda mulata
da sanzala
Um poema ébrio de ritmo
órfico
em dionisíaca celebração
um cântico mestiço
místico
pagão
negro soneto espúrio
de um povo híbrido de muitos deuses
e de mais irmãos ainda…
Hoje o meu poema já não é ébrio
de ritmo
nem o som do tantã tem o sol puro
erguido pela manhã
cedinho
O meu poema é de sangue
e dor
lavrado pelo frenesim dos tiros
O tantã que me acordava
manhã cedinho
e trazia no som o ritmo
dos beijos,
hoje
já não me acorda deste sono
que não durmo
sobressaltado
O tantã traz agora na sua voz longínqua
o som próximo
da metralha
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Não devemos apressar o tempo, devemos aprender com ele no seu ritmo...para atingirmos a maturidade adequada em cada fase de nossa vida
01-02-05
Bolha de sabão
Esfera multicolor película cintilante
Esvoaça no ar em ritmo dançante
Inflada pelo sopro de uma criança
Bailando no ar numa praça verdejante
Brilha a luz do sol... Soberana
Num lapso de tempo dilui...
Deixando no ar gotículas de sabão
Levando sonhos da imaginação
Oh! Coração, errante cintilante!
Furta cor no ar da esfera ao relento
Ao vagar na garupa do vento
Bola de sabão é uma obra prima
Do sopro de uma criança
A vida em magia esvoaçante.
Imediatamente após a chegada de um novo ano, o ritmo vai se reduzir bastante até a chegada do Carnaval. Mas isso não é novo, sei bem!
00799 | 20/12/2013
VESTIDO DA COR DE ROMÃ (BALAUSTINO)
Ela entra no boteco com ritmo
Mexendo com o meu biorritmo.
Apesar do frio veste vestido curto,
Vermelho rouba a atenção num surto.
Negra mais linda usando balaustino
Sua beleza me deixa tão pequenino.
Negra da cor marrom de chocolate
Usando roupa da cor escarlate.
Lembro-me de uma musa comendo romã
Rindo com gosto de amanhã
Trazendo no lábio o balaustino
Qual será dessa negra o destino?
Perdido na beleza eu perco a conversa
E a poesia vem de minha alma imersa.
Buscando o tom vermelho balaustino
Vem o rubro, o Ferrari brincadeira de menino,
Resta escrever o poema num guardanapo
Pois todos na mesa me cobram um papo.
Por um instante a negra vestindo balaustino
Fez de mim na fantasia um peregrino.
André Zanarella 08-08-2012
Balaustino = (balaúste+ino) De cor semelhante à da romã.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4398437
Poemando
Tu que te envolves neste ritmo
Sem vida
Seguindo ao pé da letra
Esta melodia vencida
Sim!
Tu,
Oiça o verdadeiro canto
Que há dentro de ti
Oiça a voz do silêncio
E sinta o batucar das cordas de som
Que levam o sangue ao teu pulso
Não, não mexe o corpo avulso
Dance a marrabenta do quotidiano
Que é da cor da sua raça
Converse, desconverse
Faça tudo com emoção
Mas antes de ouvir um conselho
Oiça a voz do coração.
Escrevo, e sou escravo, as palavras fluem por minha cabeça em um ritmo enlouquecedor, talvez seja por isso que escrevo sobre dor, a rotina a monotonia me irrita, mas deveras o que posso fazer, sou escravo de minha pequenês que manifesta ser apenas por saber um ou dois versos bonitos escrever.
VELHA MUSICA
Velha musica...
Ritmo do meu tempo
traz até a mim, lembranças
outrora jogada aos ventos.
Recordo-me do seu acorde
que hoje me faz recordar
da minha infância vivida
cifras que atiça, meu sonhar.
No aconchego de jovem vida
seu compasso, foram passos
determinando minha partida
em momentos de abraços.
Quando te ouço me acho
no ritmo desse sentimento
seu fruto a mim foram cacho
que flutua meus momentos.
Antonio Montes
Os anos passam, os dias vão
Seguindo o rumo dos eventos
Que seguem ao ritmo do vento
E da multidão sem coração.
Os dias vem, o ano descansa
Ao passo sereno da esperança
Que não se cansa das andanças
Nem da inocência das crianças.