Ritmo
Caem as primeiras gotas
nesta manhã
fria e cinzenta
mas a vida prossegue
em ritmo alucinado
e muito vibrante...
Motos...
Carros...
e ônibus
todos disputando o seu espaço
Guarda-chuvas
e sombrinhas multicoloridas
vem e vão pelas calçadas
sob as marquises
e sobre as calçadas...
são abrigos de todos.
A chuva cai impiedosa
freneticamente as pessoas caminham
vem e vão a todo lugar
algumas apressadas
outras mais devagar...
Assim é mais um dia de chuva
em nossa cidade
que chamo de minha
és Blumenau...
cidade de muitas pessoas
olhos azuis...
fazem a beleza deste lugar.
(Fouquet, maio 2010)
Ritmo...
Impossível não pensar em uma tarde como essa o que o corpo e o coração desejam e não confrontar-me com o que a realidade e disponibilidade me dispõem.
Fico impassível, imóvel, respirando apenas o necessário p/ fazer-me valer da vida, para que aquiete meus pensamentos nesse redemoinho e tormenta.
E ele tranqüiliza-se...
Absorve a paz que rege a sua volta como se cedesse à ausência dos ventos, como se perdesse força e do redemoinho surgisse uma leve brisa tranqüilizadora e constante...
E impera o silêncio...
Impera a ponto de ouvir e sentir o ritmo de minha freqüência cardíaca.
Serena, constante...
O som me diz algo, os batimentos soam como sílabas separadas...
Reconheço o nome...
O seu nome...
E dessa respostas vejo o coração em disparada, acelerando abruptamente...
É você...
Minha paz, minha tormenta, meu sol...
Dona de meus momentos de aflição e destempero, dona de minhas palavras de carinho e amor.Motivo de meus sorrisos sinceros, embora tímidos, mas muito e acima de tudo sinceros.
Minha intempestividade, temporal de ventos sem nexo. Minha bonanza e meu furtivo sol das manhãs...
Se o fosse apenas um lado sem o viver e o criar dos contrastes não seria pleno, não seria repleto e único. Só é completo quem percorre os dois caminhos e muitas vezes mais que uma vez. Não seria esse comboio de emoções desordenadas, felizmente desordenadas e desse não nexo faço minhas surpresas e aprendizados, me entrego a esmo sem esperar o que me trazem os céus.
Escrevo hoje a mãos suadas, de onde molha-me o grafite por sobre o papel e borra-me algumas letras.
Talvez como o suor às letras, borre as pessoas à volta a forma como vejo...
Felizmente tenho luz e transparência para me iluminar, mesmo nessa tempestade que às vezes ronda-me.
E aí existe o milagre...
Na turbulência e na falta senso ou orientação abre-se o clarão e cessa-se a escuridão, nasce perante os ventos a paz e o caminho que necessito seguir, os ventos contra me são pró.
És um milagre...
Pura e simplesmente um milagre...
E no ritmo do batimento tenho saudades do que já vivemos e do que senti com a presença, porque o que sinto perdura...
Tenho saudades do toque, o carinho e o cheiro de mulher. Fruto único de meus anseios e desejos, sinto o coração ritmado, pulsante, como a um baile sem companhia, como a uma dança solo de onde me é permitido apenas meios passos...
Para que entendesse o ritmo precisaria apenas de uma parede e você levemente recostada...
Ora de frente, olhos nos olhos...
Ora de costas, mãos presas uma a parede para sua sustentação e outra entrelaçada por entre meus dedos, a sua cintura...submissão pura...presa e predador...
E nesse momento seria minha, pura e simplesmente minha e ali dançaríamos um enlace ao compasso de nossos batimentos, com a destreza e a sensualidade que a dança pedisse...
Seria um sonho...talvez o meu sonho, que para ser perfeito faltaria apenas aquele “beijo molhado”, hoje inspirador de minhas palavras...
Este pequeno coração, que bate ainda, com ritmo e cor, diz-me ao bater que já te esqueceu, esse coração que bate mas já não por ti, bate por quem o acarinha, e o abraça, se alguma vez ouvires o seu bater, pensa que já bateu por ti, e que te pertenceu.......
As luzes da rua que levam ao ritmo do teu coração, são sentidas nas pedras e cores rudes das calçadas inertes no vazio da madrugada...
Produtividade só se atinge com muito suor e dedicação. O dinheiro só dita o ritmo deste crescimento, jamais o seu sucesso.
VERÃO
Som, cor, ritmo
Maravilha tropical
Mar, show, vida
Tempo quente verão
Ondas riscadas no vento
Natureza, bonita, beleza
Pele natural, passatempo
Quarenta graus, praia, sol
Nessa vida de carnaval, o samba que se dança, tem que ter ritmo. Sem ritmo, tudo nunca passará de um desafinado batuque.
Flutuando nas gostas d'água
que lava nossa alma
Dançando sobre a poça d'água
no ritmo estranho
Com sorriso mais largo,
tendo a tal liberdade
Brindando com as gostas do céu
erguendo os braços para o universo
Agradecendo ao Senhor, Nosso Deus
Sentindo o som dos pingos
que nos deixam nostálgicos e alegres
Pegando a terra molhada
sentindo a natureza purificada
Escorregam sem querer
Enrolam-se
E riem da pequena situação
E por fim,
tentam falar mais alto que o barulho da chuva :
Ah, Chuva!!!
Tão desejada
Regue nossas energias
Entre em nossas casas
Renove nossas danças
Ah, Chuva!!!
Chuvisque quando sentirmos frio
e
Inunde quando sentirmos calor
Não apague o fogo
mais não esqueça de regar o tal amor!
Limpe e enche o nosso querer
Energize nosso viver
Nos ensine a Sabedoria
Do bem, sem temer
Aplique o mais simples
E nos transforme!
Ah, Chuva!!!
Faça de nós,
suas terras molhadas
como as mais delicadas flores do jardim
enchendo-nos
de lágrimas de emoções.
E por mais DESARMONIOSO ou DETESTÁVEL que seja um RITMO ou estilo de MÚSICA, um bom MUSICISTA, com espírito MUSICAL, deve saber respeitar tal gosto. Porque achas que o que tu mais gostas, é melhor? Como MÚSICO que sou, formado em uma UNIVERSIDADE de qualidade ( UFPR, Curitiba-PR) acredito que NADA a não ser JESUS, o senhor da CANÇÃO é uma verdade ABSOLUTA. Só respeitarão teu gosto musical se respeitares os dos outros. Não precisa nem gostar, só RESPEITAR.
O segredo da vida é manter a paciência enquanto a própria vida vibra até atingir seu ritmo perfeito.
Último
Todos os meus sentimentos
são teus!
Essa doce paixão
que reina em mim
em ritmo de todas as horas,
mostram-me com certeza...
Só a ti pertenço.
E que sejas tu
O último da minha vida!