Ritmo
Mesmo distante, saiba que meu coração está próximo, batendo ao ritmo da saudade e do amor que sinto por você. A separação física não enfraquece o que sinto, apenas intensifica a certeza de que, onde quer que eu esteja, meu pensamento está contigo. Estamos separados pela geografia, mas unidos por um sentimento que transcende qualquer distância. A ausência não diminui a paixão, apenas a torna mais intensa.
Para que improviso se a vida já é uma valsa sem ritmo? Uma dança sem passos? Para que só manter o velho , se é o novo que nos conquista? Usa-te para uma dança marcante, única, gaste teus sapatos com algo inovador, não copie, modifique, não disfarça, arrasa... Seja única no palco da vida. Por que buscamos o novo, se nem o velho conquistamos? Por que jogamos a toalha, sem saber se realmente é o fim? O fim já era existente ou você que criou seu fim? Quem fala jamais estará sentindo, e quem sente fica sem saber o que falar... A busca da felicidade é tão falada que ninguém mais quer buscar, o impossível se tornou tão impossível, que já deixaram de querer ao menos tentar... Mas o que de fato fazemos neste mundo? Amar se tornou proibido e/ou difícil de alcançar, paixão já se confundiu com prazer e amizade já nem se sabe a tradução. A mente pensa algo que o corpo não traduz, mas o corpo faz algo que a mente se confunde...
Perdi os poemas ébrios
de ritmo
feitos ao sol da manhã
Esse tantã longínquo que me acordava
manhã cedinho
antes de subir na minha bicicleta
reduzida ao mínimo para pedalar até ao liceu,
acordava-me como uma loa,
cântico virginal
puro…
ou como um ritmo escondido
no regaço da mais linda mulata
da sanzala
Um poema ébrio de ritmo
órfico
em dionisíaca celebração
um cântico mestiço
místico
pagão
negro soneto espúrio
de um povo híbrido de muitos deuses
e de mais irmãos ainda…
Hoje o meu poema já não é ébrio
de ritmo
nem o som do tantã tem o sol puro
erguido pela manhã
cedinho
O meu poema é de sangue
e dor
lavrado pelo frenesim dos tiros
O tantã que me acordava
manhã cedinho
e trazia no som o ritmo
dos beijos,
hoje
já não me acorda deste sono
que não durmo
sobressaltado
O tantã traz agora na sua voz longínqua
o som próximo
da metralha
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Poemando
Tu que te envolves neste ritmo
Sem vida
Seguindo ao pé da letra
Esta melodia vencida
Sim!
Tu,
Oiça o verdadeiro canto
Que há dentro de ti
Oiça a voz do silêncio
E sinta o batucar das cordas de som
Que levam o sangue ao teu pulso
Não, não mexe o corpo avulso
Dance a marrabenta do quotidiano
Que é da cor da sua raça
Converse, desconverse
Faça tudo com emoção
Mas antes de ouvir um conselho
Oiça a voz do coração.
Escrevo, e sou escravo, as palavras fluem por minha cabeça em um ritmo enlouquecedor, talvez seja por isso que escrevo sobre dor, a rotina a monotonia me irrita, mas deveras o que posso fazer, sou escravo de minha pequenês que manifesta ser apenas por saber um ou dois versos bonitos escrever.
A poesia tem a cor dos teus olhos e o ritmo das batidas do teu coração. Tem o cheiro da tua pele e a leveza do teu andar. Tem a beleza do teu corpo e o timbre da tua voz. A poesia tem a sedução das tuas palavras e a magia da canção que tu toca. A poesia tem tudo que vem de você !
Vontade de dançar em um ritmo gostoso, compassado...
Numa melodia leve, de um jeito doce...
Em um lugar colorido que me permita
sonhar com a vida mágica que quero levar.
O verdadeiro Músico, é aquele que conta sua vida nos versos de sua música, que dedilha no ritmo de seus passos, e que faz do seu corpo um instrumento, onde o Baixo marca as batidas do seu coração...
O meu sangue corre como um rio...
corre o meu sangue para o mar...
num galope bravio, ritmo acelerado
para onde acena a tua mão ou não.
Pelas suas ondas revoltas e sombrias...
seguem desesperadamente loucas...
todas as minhas pedras soltas..
deixadas com a máxima fantasia.
Ouve ao longe, no tumulto sombrio...
passar as correntes do inferno...
na luta da luz com as trevas...
para onde vão todos os sonhos..
que me levas...ao menos para o mar.!!!
"...hummmmm mais um dia se vai e,
como num balê de encanto... bailamos
Ritmo e compasso há que se ajustar para a harmônia alcançar
e por fim deixar fluir
Beijos
A noite embala os olhos do mundo
ao ritmo de sua dança macabra.
O silêncio toma conta do cenário
abrem se as cortinas,
pobres almas desenganadas.
Nada mais pode ser tão banal.
Os leões estão famintos,
a plateia está agitada.
Ponha seu melhor vestido,
este será um lindo funeral...
No ritmo da chuva
A chuva cai lá fora
pingos de água intermitentes
que envolvem transparentes,
o vidro da minha janela...
Arrebatadoras vão descendo,
molhando, vão acontecendo
caídas, rolando no chão
pequenas enxurradas de emoção...
Chuva que cai transbordante
molha a alma do poeta errante
que em lágrimas tende a escrever
o que da vida não pode conter...
Anjopoesia
Dance a sua música interior na forma que ela te oferece sem alterar o ritmo, porque é o balanço ideal que você necessita para sua vida
Se você me visse dançar, entendesse meu ritmo e essa minha mania de me entregar a cada passo. Se apaixonaria bem mais!
Que tal sorrir de qualquer coisa
Dançar qualquer ritmo,
Cantar qualquer canção ?
Que tal correr feito criança
Tomar sorvete de limão
Bagunçar a cara toda,
Se lambuzar com chocolate
Rodar na roda gigante
Brincar de bolinhas de sabão,
Que tal correr na chuva
Andar de carrossel,
Gargalhar com piadas
Palhaçadas,
Chupar bombons de mel,
Que tal ?
Corrermos de mãos dadas
Rolar pela grama,
Roubar flores,
Se agarrar,
Se enroscar,
Se entregar
Deixar rolar
Escutar,
O coração,