Riso
Aquilo que mexe com sua identidade, o faz provocando ira ou riso. Perturba pela não-aceitação ou pela histeria.
Diante de ri, imploro
Deixa ser seu riso
Seja justa a gargalhada
Fecha a porta,
Não permita o choro
Traduz pro mundo
O prazer de ser amor
Seja onde for
Como for.
Meu alimento é o riso dos que me desprezam, é a língua venenosa de serpentes que andam de pé enquanto suas almas rastejam
Sem palavras
Meu doce suspiro
caiu de velho ,
soprou de bobo ,
mingou de riso
Buscou alento ,
na criatividade .
Abrigo na imaginação ,
numa tarde de Domingo .
Encontrou o quarto vazio ,
um silêncio esperançoso ,
uma solidão de palavras ,
uma reticências , um ponto .
No quarto da lua nova
no equilíbrio do vazio
simplesmente por ser,
e não ter, nada a escrever .
02-05-99
Da forma que você sorria
Eu copiava seu sorriso
Da forma que você ria
Eu copiava seu riso
Da forma que você chorava
Eu era simplesmente abatido
Da forma que eu a via
Eu gostaria de ser visto
Da forma que eu sentia
Queria que você tivesse sentido
E agora o que eu faço
Se não tenho teu doce riso
E nem o teu forte abraço?
Falta-me teu falar conciso...
A ternura de teu doce olhar
O teu passo forte chegando...
Como isso tudo foi acabar
Se tanto juntos planejamos?
mel - ((*_*))
Pensar na pessoa e dar um riso bobo mesmo sem motivo algum para sorrir, mas sim pelo fato dela ter ganhado vida em sua vida. Isso sim é amor.
tenho saudades daquele riso que me tornava alegre e que eu acreditava que seria perene, quando só existia confiança e ainda que frágil me sentia protegida.Inunda-me o silêncio, estende-se pelo meu corpo, penetra nas minhas raízes, entrança-me as palavras nos lábios, e estorva-me o ar que respiro...
Minha terra
Sou daqui
Esta é minha terra
Terra de alegria
Terra do grito no riso
Trombetas no choro
Terra cheia de encantos
E repleto de desencantos
Sou da terra do canto do galo
O canto que nos desperta para trabalho
Do canto dos pássaros
Que me serve de terapia matinal
Os morcegos a noite
Falam-nos dos perigos da madrugada
Sou daqui
Aqui há vida
Também há morte
As crianças riem enquanto choram
E choram enquanto riem
A miséria não nos tira o riso
A desgraça não nos tira a vontade de viver
O luto é passageiro
As festas são constantes
Eu sou daqui
Aqui aceitamos a ciência
E não rejeitamos a crença
O cientista é feiticeiro
O feiticeiro é cientista
Aqui há norma há regra
O ancião é o nosso guia
A nossa piscina é o mar
O nosso jacuzzi é o lago
O nosso chuveiro é a chuva
Quando o céu decide nos regar
Esta é minha terra
Ainda vivemos da enxada
E confiamos no braço
E cremos nos deuses
Eu sou daqui
Terra de encantos
Vieram tentar usurpar
Mas esta terra nos pertence
Ela nos conhece e reconhece
Não tinham como prevalecer
Fizeram-se engolir e foram vomitados
Nesta terra andamos descamisados
Pelados e sem calçados
Temos comunhão com o solo
Fazemos amizade com a terra
Com o suor jura-se lealdade
Na morte um buraco abre-se nela
O paraíso na terra
O litoral de todos povos
Terra de sangue e suor
Rimos quando choramos
Choramos quando rimos
Sou daqui!!!
Por ti espero naquela roça grande
no perfume do izaquente
no sopro do vento irrequieto
no riso da montanha misteriosa.
Por ti espero junto ao secador
que meu avô ajudou a construir
e o cheiro do cacau
invade o corpo
que acalenta a esperança
de rever-te.
Espero sentada
no caminho que vai até à Grota
e serpenteio
a estrada de Belém onde as fruteiras
espreitam o sol
e o vianteiro.
Por ti espero
na calma do poente
entre a ânsia
e o amor que me consome.
A tarde vai caindo e nostalgicamente
arrastando o meu dilúvio de ternura.
Por ti espero ainda
no breu da noite imensa
na raiva que a paixão derrama e sangra
e é o tam-tam da madrugada que me obriga
a apagar da memória
a tua imagem
Na cidade de pedra
No braços da mãe natureza
No colo de Deus
Eu agradeço
O riso solto
O brilho nos olhos
A esperanca de um novo dia
Eu agradeco
O pôr do sol que fecha um ciclo
As estrelas que abençoam meu descanso
E o raiar de um novo dia
Que anuncia o recomeço
E permite o renascimento
Eu agradeço
Eu abençoo o que veio antes e o que virá
Eu sigo
Eu agradeço
Luz e escuridão
Dor e cura
Choro e riso
Você é o medo e eu quero sentir
Medo de te perder
De não te ter
Medo de não ser suficiente pra você
Derramaria sangue por você
E entregaria o coração em uma bandeja de quem deseja
O meu se encontra em suas mãos
O único que eu quero tocar
O único que eu quero estar
Por você, faria cabeças rolarem se assim te ameaçarem
Sorriu quando só queria chorar
E derramou lágrimas por uma pessoa vazia e rasa
Foi ler um livro que só tinha capa
E mais uma vez se feriu em um campo minado
E agora que só te resta cinzas
Quer se curar sozinho, do incêndio que cometeram em teu coração
Desprezando quem só quer cuidar de seus sentimentos
Nenhuma tristeza é tão grande
Quando você ver quem ama conquistar o que sempre quis
Nenhuma dor é tão forte
Quanto você ver que o seu amor foi correspondido
Nenhum conto será tão bem contado
Quanto a história que escrevi pra você
E mesmo sentindo tudo isso
Não sou suficiente pra você
E por outras ter partido seu coração
Se fechou pra nunca mais existe qualquer resquícios de sentimentos