Riso
Tudo meu é solto
Meu riso,
Meus sonhos
Meu querer
Tudo meu é solto
Voa feito pássaros
Viaja feito mar
Sou ondas vindo e indo
Tudo meu é solto
Festa, dança.
Flores
No ar.
Tudo meu é solto
Amo livre
Me apaixono livre
Sinto livre
Tudo meu é solto
As folhas, o vento.
Os sonhos
Os rios.
Tudo meu é solto
O abandono,
O silêncio
O grito
Tudo meu é solto
Feito criança
Inocência
Falar.
Tudo meu é solto
A rima
Os versos
O poema
Tudo meu é solto
O canto
O pranto
A rolar
Tudo meu é solto
Passado
O agora
O que virá !
Canto as dores
Canto o riso,
Canto as flores, o mar.
Sou canto em versos
Prosa,
Sou pedaços em cantos
Sou em todo canto pedaços.
Pois, pois...ensinaste-me
Que quando se quer
Susbstitui
Arranja-se jeitos de jeito
Valeu,
Aos cegos precisa-se
Mostrar o caminho
Onde pisar
Em que não pisar.
E eu com esse teu riso grosso
Não perco tempo
Não viajo em risos amargos
Falsos,
Não me ganha risos frios
Não me leva
Quem não sabe sorri.
E se eu me apaixonar ?
Cada vez mais
vê teus olhos em cado passo,
senti teu riso, ouvir tua voz...
pássaros me trazerem teu cheiro,
e se a música me enlouquecer ?
Se a distância me sufocar ?
E se eu me perder em ruas
vazias, caladas...
Me machucar,
de saudades cair em prantos
rolar em lágrimas
me afogar .
Se eu ficar só
sem sonhos
sem rumo...
naufragar nos medos,
Se nem o mar me acalmar ?
me trouxer flores
sorrisos
beleza, encanto.
Se o tempo não curar a ferida
das lembranças,
memórias...
e se eu mergulhar no vazio
me esconder em labirintos
de loucura
me matar e morrer...
de vontade,
de desejos...de você.
E cabem em mim todas as coisas que vem de você: cabe teu riso, cabe teu rosto, cabem teus olhos...cabe tudo e mais um pouco. As tuas poucas palavras, teu silêncio. Cabem as músicas tocadas e também as que não tocou. Cabe teu universo, tuas escolhas. Cabe o que tentamos, onde paramos. Se não é o tempo, espero. Se não é a hora, aguardo.
Porque em mim cabe o que pensa, o que pode, o que quer.
Cabe um montão de pequenas coisas, de grandes momentos.
Cabe o que que quiser, quando quiser,onde quiser. Sou espera !
Dacá teus olhos,
Dacá tua pele,
Dacá teu riso.
Dacá,
Quem sabe a gente não se dar ?
Dacá, vem cá !
Dacá que eu arrepio tua pele
Dacá que colo em tua boca
Dacá que eu perturbo teus olhos
Vem cá,
Dacá,
Vem cá que te faço bonzinho.
Dacá,
Vem cá que eu te ensino o B A B A
Dacá !
Eu preciso escancarar meu riso, fazer acreditar que sua presença não conta: tanto faz ! Mas a verdade é que doe no peito, machuca...bate sempre o vazio a saudade. Me faz falta teu sorriso, tua voz. Sem você qualquer lugar é um lugar a mais pra te lembrar e nada mais. Vivo de tanto faz há tempos, desenganos, ilusões...me faço pincel, tintas... me cubro de luz, som...desenho sol, lua, mar... pinto meu mundo de cores, flores. Preciso me fazer festa, alegria, sorrir do nada, imaginar tudo !Tenho que colorir meus dias de sonhos, me vestir de músicas, poesias...para não enlouquecer, pirar de vez.
Melhor cúmplice de mim: juntos damos cambalhotas, rolamos no riso...me libero, me liberto...vejo a vida em cores, dou asas ao vento. Minhas maiores verdades são ditas, compartilhadas; me delicio, me lambuzo... vivendo esse meu lado louco!
Me completo em sons, sou riso, sou palavras.
Vou ser sempre música apesar das letras erradas, das faltas, das falhas... dos sons tortos, loucos...apesar das cordas desafinadas !
Um riso que me ganha, um olhar que me leva.
Me leva aos mares, aos setes...me leva nos sonhos.
Se não dar pra nós, não quer dizer que eu não viva nós;
Há várias formas de viver alguém, de senti alguém.
Te sinto quando canto, te vivo quando rio...
Te sinto quando danço, te vivo.
Te vivo quando músicas rolam, quando pássaros cantam.
Te vivo nos meus pensamentos:
Não contidos, não escondidos, não amordaçados !
Espalho meu amor aos teus ouvidos como semente
Pra quer germine,nasça...e renasça todos os dias.
Te canto em versos, prosas...
Te conto em poemas e poesias.
Porque sou sol, luz.
Fim de tarde é breu aos olhos meus,
Leva meu riso.
Prefiro o clarão da manhã, o amanhecer !
Tenho a claridade como inspiração, o dia.
São indecifráveis os sonhos que escuto de ti
São incógnitas teu riso, teu silêncio.
São mistérios que me envolvem...
Riso solto, olhar claro.
Sentimentos, sentidos...Sinto !
Tá na carne, tá na cara
Tá no gosto, no cheiro...
Viver, sonhos...
Se completam
Junção, mãos entrelaçadas
Corpos, almas !
Meu dengo, chamego...tem cara de Deus grego, olhar felino ! Meu riso fica solto, escândalo. Porque sou festa quando te olho, poesia quando te vejo. Sou loucura animal, doideira fatal ! Sou toda prosa, versos...meu lado certo. Canto a tua música, provo do teu prato, jogo o teu jogo, aposto... dou as cartas, viro a mesa; bebo da tua fruta, como do teu vinho. Mexo nos teus guardados, embarulho teus sentidos; faço valer a nossa história, viver... sonhos sacanas, impermitidos.