Riso
LEMBRANÇA AFETUOSA
Houve um grande riso triste
O pêndulo parou
Um bicho do mato salvava seus filhotes.
Risos opacos em quadros de agonia
Tantas nudezes transformando em irrisão a
[ sua palidez
Transformando em irrisão
Os olhos virtuosos do farol dos náufragos.
De La Vie Immédiate (A Vida Imediata), 1932
Quero vivê-lo em cada momento e em
Seu louvar hei de espalhar meu canto
Até meu riso derramar meu pranto ao
Seu penar ao seu contentamento no A.B.C.
do amor.
O riso, que por mero acaso tenhas rido no escárnio, nada mais é que teus defeitos refletidos em outrem.
Um amor tão louco... tão doce,
havia tanto riso, tantos beijos
Nos perdíamos em tantos carinhos,
nossas mãos sabiam tantos caminhos.
Sem medo, sem pudor, éramos um só.
Com música, champanhe, chocolate,
nos amamos em todos os lugares,
de todas as maneiras.
Quantas vezes a cama ficava
pequena para tanta paixão ...
e para quê a cama?
sem perceber a gente se amava no chão.
Dançamos nús, choramos juntos,
rimos de nossas lágrimas,
misturamos nosso suor,
gozamos juntos olhos nos olhos.
Queríamos as mesmas coisas,
os mesmos lugares,
dividíamos a última bala
como se fôssemos uma única boca,
único corpo, único ser.
Acabou...
E tudo o que você me diz...
é que "faz parte"...
Sou um animal
E não posso comigo.
Não sou como a triste
Hiena que ri e este riso
É natureza da feia hiena.
Sou um animal que canta,
Que dança, que fala, que pensa.
Um animal criativo e rico de potenciais.
Mas minha melhor performance
Tem sido destruir.
Sou um animal
E não posso com meus iguais.
Muito menos com os meus diferentes.
Nem quero poder.
Faço sofrer e destruo meus iguais.
Faço sofrer e destruo meus diferentes.
Faço bem a guerra, não a paz.
Faço bem o escuro, não a luz.
Sou um animal
E como eu não há igual.
Nenhum outro animal
Devassa...
E assim vou desconstruindo o mundo,
E desfazendo o Equilíbrio Inicial.
Um dia ainda mastigo
O meu próprio estômago,
E me vomito eu mesmo,
Ou me engulo satisfeito.
Eu preciso tomar cuidado comigo...
Quando você derrama seu riso sobre mim
E me arranca mais um dia feliz
Eu penso que, talvez, eu não mereça tanto
Não sabendo mais, entretanto,
Como poderia viver sem.
É que, às vezes, felicidade demais assusta
Eis que vem a constatação súbita
De que quando a gente ganha tudo
Tudo ainda se pode perder.
E perdê-lo seria qualquer coisa como cair ou morrer
Qualquer coisa assim que borra ou apaga
Todas as cores que há em mim.
Porque você, meu bem, é o azul e o amarelo
É o tom e é a luz que eu pincelo
E que eu penduro no meu céu.
Me lembrando de cada momento que vivemos juntos, de cada riso, cada momentos que pagamos micos juntos! Cada momento que vivemos!
Sinto falta do beijo, do jeito, do riso, da companhia, do sabor, do cheiro, do arrepio, do coração acelerado, da noite que dormir nao era importante, do desejo que brotou de mansinho e virou uma imensidao! Sinto falta da gente! Da gente? A gente existiu?
O riso que me inspirou em um belo recitar fez-me encantar no breve olhar;
Belo sorriso que me invade em plenitude para transbordar-me ensinando ficar mais do que eu posso imaginar;
Me inspira a alma e inspira meu caminho para que meus passos tenha a sua direção;
Nunca me esqueça para que eu não brote em qual quer lugar que me faça me sentir na solidão;
Amanheceu
Um dia sem cor, sem tom, sem riso
Pacato por demais
E não é domingo
Na rua ninguém à vista
Em casa até mesmo os ratos e as lagartixas
Esqueceram de aparecer
O relógio parou em plena onze horas
Horário do trem
Será que vem?
Por incrível que pareça
O trem não passou
Amanheceu
Um dia sem cor, sem tom, sem riso
Que dia meu amigo
Ainda bem que tudo terminou bem
O dia acabou
Novamente amanheceu
Dessa vez com sol radiante
Um dia lindo
Graças a Deus
Que ainda posso ver um novo amanhecer
Me ligue vá! Diga que sente saudades... Fale que adora meu riso contigo. Que não existe equilíbrio de você sem mim. Futuro, carinhos, mãos, braços e abraços sem mim. Que não existe você sem mim!
Em seis horas
O peso dos ombros, a coluna ereta
Riso, óculos e chapéu
Combinados e prontos pra sair
A identidade pintada para poder pisar a calçada e cuspir na rua
Até terminei de escrever as falas
Mas eram tristes para o dia de hoje que enchi a cabeça de cores
Ausentando-me do sopro frágil do suspiro
Ausentando-me da saudade da presença
Enxergando nas mãos o interior
Revolvo os motivos
Os utensílios, os vícios
Ressignificando o que me toca com ou sem dor
A estação é a mesma, ainda não passou.
Triste é você libertar sua alma, deixar falar o emocional, e somente escutar o riso debochado de quem não sabe que continua preso, ainda, dentro de si.
O toque, o cheiro, a companhia, o olhar, o riso, e as relaçóes vão sendo construídas e novas histórias vão nascendo e novos amores vão crescendo... Mas, e quando não se tem nada disso? E quando tudo que se tem são palavras? Puras e simples
palavras? Como se explica um amor que nasce da cumplicidade, da empatia, das semelhanças das almas que se encontram por acaso do destino? Encontram-se mas não se veem, não se tocam, não se olham nos olhos... Riem, compartilham momentos, sonhos, planos, tornam-se cúmplices... Mas o encontro real é sempre adiado... Se o amor requer toque, cheiro, olho no olho, como explicar um coração que se rende ao outro quando o olhar não se cruzou, quando as mãos não se tocaram? Alguém pode explicar o amor e todos os seus mistérios? Se é mistério... Se é amor... Quem explica?