Riso
No meu externo, exibo um riso coagido e quimérico
Pois por dentro, fomento meu espasmo, o colho e pranteio
No ímprobo de minha estulta, abracei minha penúria
E então, de maneira astuta, ela me agarrou sem piedade alguma
Aniquilou todo meu deleite e jovialidade
Me carrega aos vales mais vultuosos
Herético, cessei na busca do aprazimento genuíno
Extenuado, me prostrei na inércia eterna
E para anestesiar meu pesar
Apelo ao etilismo, ele ameniza, contudo não me regenera
Tornei-me mero vassalo das agruras e pobre servo do suplício
Assisto o tempo passar e minha alma vaga no esquecimento
O riso se torna choro, o canto lamento, o amar fingimento, o olhar se perde no tempo, o coração esvanece no relento e nossos momentos são apenas lampejos da alma, que almeja o que está além dos olhos, fluindo do próprio eu, implorando para que nos curemos da nossa miopia e vejamos claramente o verdadeiro sentido da vida.
Ela sempre foi de riso fácil, choro também, mãos dadas, carinho no rosto, banho de chuva, beijo na testa, palavras doces, demostra o que sente, prioriza a verdade, dança sem música, mas hora ou outra furacão e nessa hora a menina transborda emoção, é a flor da pele, na hora, respira adrenalina, gosta de perder a respiração, pois adora os abraços apertados, gargalhadas de doer a barriga, beijos intensos, pular de cabeça sem saber se há quem a segure ou não...ela libriana...ela precisa sentir pra florescer.
Sinto os primórdios do adeus.
No riso solto e contagiante,
No amor dispensado de formas pouco convencionais.
Sinto que estás nos doando as últimas lembranças.
Aviso de antemão, escrevo com demasiada saudade do porvir.
Escrevo banhado por lágrimas e tinta.
Deito no papel todos os sentimentos que a distância desperta impiedosamente.
Difícil é, descrever a euforia que o encontro gera.
Se me axego a ti em julho, já sorrio desde março.
Guardo um abraço teu na mala, e um beijo que acaricia a alma.
Sendo humano, ganancioso, peço por mais tempo, por mais momentos de puro contentamento e gozo.
Peço por mais, pois há tanto a se aprender.
Peço, esvaecidamente, por mais, pois ainda não me estou pronto para o até logo, quiçá o adeus.
Eu não ando bem, eu sei, eu sei...
Só não sei como mudar isso, como segurar o riso no rosto e as lágrimas na garganta...
Eu não ando bem... Eu sei...
Leve a felicidade como companheira,faça do riso sua bandeira.
Abra caminhos para o bem,agregue aos que fazem por merecer,seja cada dia o melhor que puder ser.
Tenha sempre o melhor a oferecer,
Seja um coração que traduz bênçãos,seja uma luz a clarear o mundo num simples sorriso!
O riso é 'onilíngue' e o cérebro não pode decifrar se é falso ou verdadeiro. Não importa: se é sorriso ou gargalhada, fará o cérebro produzir serotonina, o hormônio da felicidade. Foi assim que eu me livrei da síndrome do pânico, meu médico disse que meu cérebro havia parado de produzir serotonina, e eu perguntei o que fazer para que o meu cérebro voltasse a produzir o hormônio da felicidade, ele respondeu: sorria! Desde então eu não parei mais de rir. Rio e caçoo de minhas dores e quando não me detenho faço um samba de paradoxos. Quando você começa a rir, a dar gargalhadas, a eleger o sorriso como sua fonte de saúde, beleza e sedução, você descobre que a gente não sorri porque é feliz, mas somos felizes porque sorrimos.
Teu carinho
Quem te pôs no meu caminho
Mudou de vez à minha vida,
Alegrou-me com teu riso
E me levou ao paraíso.
Eu que andava sem destino
Já não sei ser mais sozinho,
Me prendi no teu sorriso
E dependente de carinho.
E o que mudou o meu viver
Em amor se transformou...
Ganhou meu coração
Pra entrega-lo a você.
Edney Valentim Araújo
1994/1996
Não me venha explicar o que é tristeza.
Sei muito bem como é olhar no espelho, tentar forçar o riso e sentir lágrimas.
Tipo Jeito
Tenho em mim este jeito animado, de riso frouxo e muitas amizades. Um tipo que é, constantemente, feliz e vibrante. Seu ódio mantem-se, invariavelmente, esotérico.
Tenho em mim este jeito taciturno. Um tipo com raiva constante e repugnância holística. Seu pessimismo jaz no quarto, no canto, sozinho e praguejante.
Tenho em mim um jeito vadio, de muitas paixões, devaneios e ilusões. Um tipo que é amante da conquista e da sedução.
Tenho em mim estes traços e curvas. Letras conjuntas, que formam palavras com pouco ou nenhum sentido. Um tipo que é poeta desbragado, amargurado e machucado.
Espero que entendas a universalidade da existência e tudo que ela implica. A complexidade deste cosmo que chamamos de “eu”, e que nele existem risos, birras, amores e quem os contem. Então, não se surpreenda, pois no mimetismo da existencialidade tem-se, e sempre ter-se-á, tipos e jeitos.
Por que?
Por que teu riso é mais que um riso?
Por que teus beijos
É mais que um beijo de beija-flor.
São beijos de querer,
São beijos de amor!
29 de setembro de 2018
Para ele, ela era um não com riso de sim, para os outros, um talvez e pura seriedade, para ela mesma, apenas indecisão. ✴🔛♾
Minha terra
Sou daqui
Esta é minha terra
Terra de alegria
Terra do grito no riso
Trombetas no choro
Terra cheia de encantos
E repleto de desencantos
Sou da terra do canto do galo
O canto que nos desperta para trabalho
Do canto dos pássaros
Que me serve de terapia matinal
Os morcegos a noite
Falam-nos dos perigos da madrugada
Sou daqui
Aqui há vida
Também há morte
As crianças riem enquanto choram
E choram enquanto riem
A miséria não nos tira o riso
A desgraça não nos tira a vontade de viver
O luto é passageiro
As festas são constantes
Eu sou daqui
Aqui aceitamos a ciência
E não rejeitamos a crença
O cientista é feiticeiro
O feiticeiro é cientista
Aqui há norma há regra
O ancião é o nosso guia
A nossa piscina é o mar
O nosso jacuzzi é o lago
O nosso chuveiro é a chuva
Quando o céu decide nos regar
Esta é minha terra
Ainda vivemos da enxada
E confiamos no braço
E cremos nos deuses
Eu sou daqui
Terra de encantos
Vieram tentar usurpar
Mas esta terra nos pertence
Ela nos conhece e reconhece
Não tinham como prevalecer
Fizeram-se engolir e foram vomitados
Nesta terra andamos descamisados
Pelados e sem calçados
Temos comunhão com o solo
Fazemos amizade com a terra
Com o suor jura-se lealdade
Na morte um buraco abre-se nela
O paraíso na terra
O litoral de todos povos
Terra de sangue e suor
Rimos quando choramos
Choramos quando rimos
Sou daqui!!!
Não sei porque, mas sorrir de repente.
Me veio teu riso a cabeça, e pude sentir o seu toque.
Tua ternura é tão pura, talvez você só exista em sonhos.
E eu posso está vivendo um
"Menina linda, cheia de graça, da cor de uma flor, riso maroto de rosa, olhos cativantes de amor. Vem para perto, vem para o meu calor, vem para dar o teu amor"
Eu só quero esse rosto, essa boca, esse riso, esse gosto acanhado que me engole calado com seus doces ruídos.