Risco
Entrar no trem errado é um risco que qualquer pessoa desatenta corre. Permanecer nele com a opção de descer na próxima estação é uma escolha que afasta de casa, tornando cada vez mais difícil a volta.
Quem tem o hábito de deixar as portas do coração abertas corre um sério risco da felicidade entrar.
Vida é risco e não nos oferece nenhuma garantia, muito menos teste drive. É no decorrer do percurso que aprendemos a reconhecer os perigos, os obstáculos e a nos desviar deles e, quando isso não é possível caímos, levantamos, seguimos, caímos de novo, nos frustramos, nos decepcionamos, choramos, sofremos e tantas outras vezes nos encantamos, rimos, nos surpreendemos e acertamos. Vida é contradição, vida é isso que acontece entre o sim e o não.
Jamais estacione nas encruzilhadas da vida;
Pois correrá um grande risco dos problemas, o sufocar;
Mesmo que em alguns momentos passemos por situações onde exijam desacelerar um pouco;
Muitas vezes, sendo preciso até parar;
jamais desanime, é só uma pausa que servirá para decidir o melhor caminho a seguir.
Pare, mas jamais estacione!
Sobre o risco de não ser
Há quem passe a vida
a desejar outro lugar,
outra pele,
outro nome.
Acredita que será mais inteiro
se for como os outros,
se parecer com os que brilham,
se for aceite
nos salões onde se aplaude o vazio
como se fosse grandeza.
Mas o que brilha
nem sempre ilumina.
E o que parece
quase nunca é.
O esforço de parecer
rouba a paz de ser.
E quando se apaga a chama
do que nos tornava únicos,
fica apenas o eco
de quem já não sabe quem é,
nem para onde voltar.
Não há perda maior
do que perder-se de si mesmo.
Não há engano mais cruel
do que acreditar
que a dignidade depende do olhar dos outros.
Ser quem se é
— com verdade, com firmeza, com simplicidade —
é tarefa para os que recusam dobrar-se
à mentira do mundo.
É caminho sem prémios,
mas com sentido.
E só o sentido,
mesmo que nos isole,
nos salva do nada.
Quem rejeita a sua natureza
para caber onde não pertence,
corre o risco de não pertencer a parte nenhuma.
Nem aos outros,
nem a si.
Cuidado com a ilusão dos que se dizem grandes,
mas vivem de fingimento e vaidade.
Ser visto não é o mesmo que ser verdadeiro.
Ser aplaudido não é o mesmo que ser digno.
Acredito que não nascemos para caber em moldes.
Nascemos para ser inteiros.
A dignidade,
se é que tem morada,
não vive nos olhos dos outros.
Vive, talvez,
na coerência secreta
entre o que se sente
e o que se é.
E há uma solidão peculiar
em já não pertencer
nem ao mundo que se tentou imitar,
nem ao que se abandonou.
O que assusta não é falhar —
é perder-se no caminho
por ter querido ser outro,
sem nunca ter sido inteiro.
Um dia chego na minha zona de conforto, pois até hoje, vivi apenas em zona de perigo, de risco e de correria!
Não há sucesso, compensação financeira ou reconhecimento pessoal que valha pôr em risco a sua saúde mental.
Aquele que numa noite escura acende uma fogueira numa floresta corre o risco de iluminá-la ou incendiá-la.
Quem julga sem ouvir todos os lados corre o risco de ser injusto. A verdade nunca fala por uma só voz.
AMOR E DOR
O amor que é prisão
Leva voce a perdição
Aquele que não sabe amar
Trará o risco de te matar
Nao se deixe enganar
Ele não irá mudar
No amor não há medo
Muito menos desprezo
SÓ aprende a amar quando se coloca em primeiro lugar.
Até mesmo extirpar os próprios defeitos pode ser um risco — jamais se sabe qual deles sustenta, em silêncio, toda a estrutura do nosso ser.
Não pegue atalhos, correrá o risco de perder-se. O caminho para o meu coração é único, reto, direto e não faz curva.
Se o amor realmente é uma embriaguez, basta tomar um porre por dia para afastar o risco da sobriedade.
Aí, a pessoa diz: mas pode ser que dê errado! Meu bem, mas pode ser que dê certo. O risco de dar errado você já tem, sobrou o risco de dar certo. Então, vai lá e corre o risco!
A vida é algo tão sublime, que para sentir seu gosto em toda a sua extensão, sem correr o risco de enjoar o homem fez um cardápio anual e, a ele deu o nome de meses.