Rir com os Amigos
"Comover-se com grandes causas e dar de ombros a necessidades de amigos próximos é um dos traços do mau-caráter, do homem sem brio que faz do sentimentalismo um disfarce de sua indignidade.
Há um coração de gelo por trás de toda lágrima de crocodilo".
"Ao sermos mal-interpretados por amigos, é razoável a presunção de que não fomos suficientemente claros, pois nem a boa vontade deles para conosco evitou o seu equívoco quanto à nossa intenção. Ao sermos mal-interpretados por falsos amigos, é razoável a presunção de que fomos claros e a malícia deles turvou-lhes o juízo, a ponto de distorcerem a nossa intenção. Ao sermos mal-interpretados por inimigos declarados, é razoável a presunção de que fomos claros, eles compreenderam relativamente bem os nossos motivos, porém não os suportam.
Um amigo pode errar mesmo julgando-nos com benevolência; um falso amigo erra sempre julgando-nos com inveja; e um inimigo declarado, julgando-nos com ódio. Nestes três casos, ainda que o erro seja o mesmo, as distintas motivações mudam a natureza moral do juízo equivocado.
As conseqüências também são diversas: a genuína amizade quando erra apenas arranha, e traz consigo pensos para fazer o curativo, se necessário; a inveja quando erra difama; e o ódio mente.
Estes dois ultimos costumam aumentar a ferida que causaram".
"A indiferença para com o próximo que passa por dificuldades — a começar pelos amigos e pela família, que são os próximos mais próximos — é o primeiro sintoma de fadiga moral. Ultrapassado este ponto, o passo seguinte de uma pessoa em tal estado é acusar o próximo pelo infortúnio que sofreu, maneira eficiente de não lhe estender a mão sem sentir culpa, num total alheamento.
Cedo ou tarde, a indiferença transforma-se em delito espiritual irreversível, pois vai destruindo aos poucos o que um homem tem de mais excelente: a possibilidade de amor verdadeiro. Possibilidade que essencialmente o constitui.
Ser indiferente é despersonalizar-se, nadificar-se sem o saber".
Aos teus verdadeiros amigos, não precisarás justificar:
- Sabem quando falas a verdade;
- Sabem quando faltas com a verdade.
Os teus verdadeiros amigos conhecem-te
É inútil justificar-se
Porque os verdadeiros
amigos conhecem- nos e
os"conhecidos" nunca
acreditarão em nós.
Evitemos justificações
Não permita que os bens materiais te distanciem dos teus amigos, ao ponto de pareceres um desconhecido
Sabemos quem são nossos verdadeiros amigos quando os mesmo nos olham e, sem precisarmos falar nada, eles sabem exatamente o que estamos sentindo.
Os maiores incentivadores que temos além da família, são os amigos, que mesmo não concordando com o nosso ponto de vista nos incentivam porque sabem que somos capazes.
Um dia chega a hora de darmos valor aos verdadeiros amigos, ao amor que corresponde e as coisas mínimas que no final fazem toda a diferença. Esse momento não nos faz melhores do que ninguém, apenas nos abre a cortina para os verdadeiros valores, valores esses que nos fazem crescer mental e espiritualmente.
Amigos de verdade, aqueles que compartilham a sua alegria, mas que também estão ao seu lado na hora do sofrimento, são cada dia mais raros. Aqueles também que compreendem que você é lotado de defeitos, pois eles mesmos também são repletos deles, são cada vez mais escassos. Ser amigo requer aceitar o pacote completo, se aceitar apenas a metade já não pode mais ser chamado de amigo.
Eu queria não ter deixado todos vocês. Meus amigos e minha família, me desculpem por todos os meus erros e fracassos. Sem arrependimentos, mesmo assim, todo arrependimento.
Nem sempre bons amigos se fazem com o tempo, mas tem aqueles bons amigos que de primeira impressão te ajudou num mau momento.
Superar a dor da perda de familiares e amigos é um processo desafiador, mas essencial para honrar suas memórias e encontrar força em suas lições. Cada despedida nos ensina a valorizar ainda mais os laços que nos unem e a ressignificar a vida com gratidão e amor.
Moabe Teles