Riqueza
Da arte manual e da riqueza das cores o artista expõe grandes peças públicas para a apreciação da humanidade e reflete o valor da sua criatividade artística.
Parte 2
Eu sou a criança da baixa média.
A minha única riqueza é a comida.
Eu lavara as mãos e comia o quiabo.
Mastigando o quiabo
A minha imaginação era o frango .
O problema é que, quem estava a comer o frango era o meu vizinho.
E o meu quiabo transformando -se em frango era só a minha imaginação.Kkk
Para mim ter o frango e arroz no prato , era a melhor riqueza do mundo .
Quando chegava o Natal
A minha avó comprava um frango, e cinco copos de arroz.
Na casa éramos quinze pessoas.
A minha avó cortava o frango em pedacinhos.
Eu toda feliz, dançando porquê comeria o famoso frango e arroz branco.
Quando a minha avó , terminava de cozinhar, servia e nos chamava para comer.Eu no meu coração falava: Chegou a hora mais interessante
Chegou a hora de comer frango e arroz que esperei janeiro, até dezembro.
A minha felicidade, não se basiava na qualidade ou quantidade do frango, simplesmente se basiava em pensar que, hoje comerei o frango com arroz.
Levava o meu prato
Sentava- me , comia arroz com molho de frango, e deixava o meu pedacinho de frango ão lado.
Quando terminava o meu arroz com molho de frango
Pegava o meu pedacinho na mão, iria a casa da minha vizinha com boca cheia de óleo, e graus de arroz na camisa .
Eu dizia para a filha do meu vizinho; Olha hoje comi o frango com arroz
Dizia sem parar; Olha o meu frango, estás a ver graus de arroz da minha camisa. Comi o frango com arroz.
A riqueza material é apenas temporária, diferente das coisas mais simples, que muitas vezes são eternas.
Para muitos o simples é simples, sem graça e pobre. Eu vejo na simplicidade uma riqueza incomparável.
Não precisa muito dizer, olhe os lírios no campo, a beleza de uma flor , ou o sorriso de uma criança.
Tudo depende da maneira como você enxerga o que está ao seu redor, a sua riqueza não é a que tem valor para mim. Então não me enche a paciência!
Eu vou me sentar ao lado de pessoas com falas cologuiais, ficarei atenta aos contos de pessoas humildes,sem nenhuma formação acadêmica e me divertir com as piadas sem graças do meu tiozão.
E detalhe não é porque eu não me encaixo em outros ambientes, só para constar eu me encaixo em qualquer ambiente que eu queira estar .
Mas não suporto gente chata, arrogante e egoísta que acha que o seu saldo bancário é o passaporte para obter tudo o que quer.
Aprenda a ser gente, trate as pessoas com o mesmo respeito que deseja ser tratado.
Cansada de gente babaca.
Pensamento de Islene Souza
Nas coisas simples eu entendi a riqueza que há nos gestos que me são ofertados.
São simples atitudes que tornam o seu dia melhor.
Olhar o outro da maneira que deseja ser enxergado já é o começo.
O respeito que deseja é o mesmo que deve ofertar
Há dias confusos, mas isso não apaga quem realmente você é.
O que está em seu coração saí de sua boca, então não confunda a imaginação.
A lâmpada está acesa, mas senão souber olhar enxergará só a escuridão.
Dos dias maus uma luz no final do túnel, esperança
Nos dias bons gratidão!
Em todos eles há o aprendizado quando se está disposto a viver o melhor de você.
Ciclos se repetem, ciclos se finalizam, outros novos dão início.
Há momentos para sorrir e chorar!
É necessário viver!
É necessário amadurecer!
Assim como crianças somos nós na fé , fé na na vida, fé em Deus, fé que nos coloca de pé.
Que o seu coração seja sempre igual o de uma criança e que essa inocência não se perca de você.
Reflexão de Islene Souza
Não sou contra a redistribuição de renda. Sou contra aqueles que atrapalham os que criam riqueza para que estas possam ser redistribuídas.
Os burocratas brasileiros influenciados pela revolução russa focaram em redistribuir riqueza enquanto criaram leis e excessos de regulações que tolheram a sua criação. Como algo que não é produzido pode ser redistribuído?
O empreendedor brasileiro é um herói que emprega e produz riqueza em um ambiente hostil aos negócios como no Brasil. Quem faz verdadeira justiça social é o empresário e o lucro.
Como algo que não produz riqueza pode cuidar de pessoas? Um dos maiores engodos de políticos populistas é fingir que o seu governo cuida ou tem solidariedade por alguém.
Na alegria e na tristeza. Na saúde e na doença. Na riqueza e na pobreza. O casamento é um valor moral; não material.
As nações desenvolvidas prosperaram promovendo a geração de riqueza. A redução da pobreza é a consequência desta promoção.
Carregamos um fragmento tão único das estrelas que é sufocante manter tamanha riqueza guardada apenas para si. Daí surge o desejo humano intrínseco por conexão.
MINHA RIQUEZA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Caminhava para o ponto do ônibus, quando encontrei o Professor Rogério Lopes. Ele saía de uma loja de rações, e carregava nos ombros um saco de trinta quilos. Olhou fixo para mim, pediu que aguardasse um momento e pôs o peso no chão. Feito isto, abriu aquele sorriso largo, me deu um abraço de quebrar os ossos, um beijo no rosto, e disse bem alto:
- Cara! Que alegria ver você! Faz tanto tempo! Ainda bem que sempre o vejo na internet! Leio tudo que você escreve! Não perco nem um texto seu! Obrigado por tantas coisas maravilhosas!
Não conversamos por muito tempo, mas foi um momento especial para mim. Não é todos os dias que nos deparamos na rua, com alguém tão disposto a nos cumprimentar, e com tanta efusividade, alegria sincera e calor humano, mesmo estando com tanta pressa. Também é muito simbólico ver uma pessoa se despojar de seus pesos, desocupar os braços, as mãos e os ombros, para ter o prazer e a liberdade de abraçar um amigo e lhe dizer palavras amáveis.
O Rogério é, de fato, leitor constante de meus textos. A cada vez que publico algo em rede social percebo sua leitura, sua presença, e leio seus comentários ponderados; coerentes; dentro do contexto.
São várias as pessoas que me privilegiam com suas leituras, e às vezes os comentários, mesmo sabedoras de que minhas vindas ao computador são sempre ligeiras e limitadas às postagens e autopromoções como escritor e fotógrafo. Isso resulta poucas retribuições expressas, de minha parte, podendo até me deixar marcado como alguém esnobe ou antipático.
No dia a dia, são muitos os curiosos que me perguntam sobre quanto ganho, em dinheiro, como escritor. Ganho pouco dinheiro. Se não tivesse o meu emprego de arte-educador, pelo qual também não recebo grandes quantias, e alguns trabalhos como fotógrafo de vaidades pessoais e autoestima, passaria por privações com o que angario por escrever, lançar livros e permitir a utilização de meus textos em veículos diversos.
A grande riqueza, riqueza mesmo, que não enche barriga e bolso, como tantos dizem, mas enche minh´alma e meu coração de alegria e desejo de viver, viver muito, para também escrever muito, é tão somente a existência de amigos e leitores sinceros, que me pagam com carinho. Com admiração verdadeira. Com respeito. Com palavras sinceras e a certeza que me fazem ter, de que meus escritos fazem efeito em suas vidas.
No desejo insaciável do homem
em querer poder e acumular riqueza
nega a sua própria existência racional,
pois elimina a possibilidade do viver
daqueles que ele acredita existir
somente para lhe servir.