Rios
Às vezes, as respostas para grandes enigmas chegam disfarçadas de coincidências, como sussurros do destino que só os atentos conseguem ouvir. O que parece acaso pode ser, na verdade, a mão invisível da sabedoria, guiando-nos por caminhos inesperados para revelar verdades profundas. Quem aprende a ver além da superfície das coincidências descobre que, no tabuleiro da vida, nada é realmente aleatório.
O mel é a pureza e a inocência da infância; o leite, a força e a vitalidade da fase adulta; e o vinho representa os prazeres da vida e a sabedoria da velhice.
Minha Namorada
Ela é maravilhosa, minha íntima, meu refúgio e meu aconchego.
Ela é amorosa, e cada abraço seu me aquece a alma.
Ela é rainha, governando meus sonhos e reinando na minha paixão.
Ela é açucarada, doce ao toque e fácil de derreter-se em meus braços.
Ela é dengosa, uma deusa ardilosa, sedutora e, ao mesmo tempo, meiga.
Ela é emotiva, seus pensamentos me atravessam, e nos atraímos mutuamente.
Ela é nervosa, mas por trás de cada tempestade, seu coração transborda amor.
Ela é ilibada, íntegra e sem manchas, pura em essência e espírito.
Ela é sensitiva, e seu toque desperta em mim inspirações infinitas.
Ela é enaltecida, sua presença deixa uma marca real por onde quer que passe.
Ela é melosamente suave, e seu amor é um rio que preenche meu mar e rega meu jardim de vida.
Ela é esmeralda, portadora de uma esperança inabalável e reluzente.
Ela é linda, com laços e cachos que cintilam como ouro branco sob a luz.
Ela é ornamentada, sua vaidade sutil brilha como um reflexo de sua confiança interior.
Ela é meu tudo, minha musa, meu poema vivo, minha eternidade.
Quando Dialoguei Com José Saramago
Quando dialoguei com José Saramago, em São Paulo, numa de suas últimas visitas, encontrei não apenas um escritor, mas um mestre do sentimento, alguém que transformava palavras em pontes para o infinito. Tive a ousadia de perguntar-lhe como escrever algo que tocasse a alma do leitor, que fosse autêntico e não corrompido pela visão mercadológica do capitalismo.
Ele me olhou com aquele olhar sábio, profundo e sereno, e disse:
“Escrevo, Sr. Joemar Rios, porque amo, goste quem quiser.”
Aquelas palavras foram como uma chave que abriu as portas do meu coração. Desde aquele dia, libertei-me das amarras do formalismo, das grades invisíveis da estética imposta. Passei a escrever com a essência pulsante da minha alma, deixando cada frase carregar uma verdade íntima e, às vezes, rebelde.
Escrevo como quem respira. Escrevo para sentir. Escrevo para viver.
E mesmo que minhas palavras não agradem a todos, elas permanecerão sinceras e autênticas, assim como os conselhos de Saramago que ecoam em mim até hoje.
Sou Humano
Sou um homem simples, com os pés no chão e o olhar voltado ao horizonte, mas carrego em meu peito sonhos vastos como o céu. Minha missão é clara: fazer coisas maravilhosas e extraordinárias para que meu povo encontre a felicidade verdadeira.
Quero levar a cultura como quem leva água a corações sedentos, oferecendo letras, histórias e ideias que floresçam em mentes áridas. Que cada palavra semeada transforme-se em liberdade, em esperança, em luz.
Sou humano, e por isso, também sou vulnerável. Mas é na minha humanidade que encontro força. Se tropeço, levanto com mais coragem. Se erro, aprendo com humildade. Porque cada passo, por menor que pareça, é guiado pelo desejo de construir um futuro melhor para todos.
Ser humano não é apenas existir — é amar, criar e lutar para que os outros também possam sonhar. E é isso que sou: um sonhador teimoso, determinado a fazer da simplicidade o caminho para o extraordinário.
As maiores conquistas da humanidade não se medem apenas por feitos grandiosos ou por lugares inalcançáveis tocados. Elas se refletem naquilo que é deixado para os outros: os valores transmitidos, os corações tocados e as mudanças inspiradas. A verdadeira imortalidade de um homem reside nas sementes que plantou – nas memórias que persistem, nas lições que moldam gerações e no amor que ecoa após sua partida. A Lua pode apagar pegadas com o tempo, mas o legado molda a eternidade.
Aqui, No Brasil, Plantando Tudo Dá
Aqui, no Brasil, plantando tudo dá.
Plantam votos de protesto e nasce mais um político "palhaço",
sorrindo para o povo enquanto apunhala suas costas.
Plantam falta de educação, e meu povo morre de fome:
fome de pão, mas também de sonhos e de esperança.
Plantam corrupção, e vidas são ceifadas,
silenciosamente, nas filas dos hospitais ou nas ruas esquecidas.
Aqui, no Brasil, plantando tudo dá.
Plantam acultura, e o que colhemos são frutas podres
que enfeitam a mesa dos brasileiros, mas apodrecem por dentro.
Plantam músicas de duplo sentido,
e o valor da mulher é reduzido a rimas ocas e desejos vazios.
Plantam votos de minerva e, ao final,
decisões equivocadas recaem sobre os ombros dos mais frágeis.
Aqui, no Brasil, plantando tudo dá.
Plantam conchavos políticos e empresariais,
e a democracia curva-se diante da aristocracia e das oligarquias,
como a velha "Política dos Governadores" que se traveste em novos nomes,
entre trustes e cartéis.
Então, venha! Plante algo nesta terra brasileira.
Mas o que colherás?
Se plantar opressão,
frutas podres e amargas.
Mas se plantar paz...
brotará liberdade.
E a liberdade há de florescer.
UM SONHO, UMA REALIDADE
Um sonho, uma realidade.
Uma estrada avermelhada, marcada por passos e esperanças desfeitas.
Um caminho com cerca, dividindo sonhos e territórios inalcançáveis.
Uma festa acontecendo, onde risos mascaram o peso das histórias ocultas.
Um homem na ponta da mesa, carregando nas mãos os destinos de muitos.
Uma barreira de soldados, firmes como estátuas,
mas com olhos cheios de dúvidas e corações pesados de memórias.
Um obstáculo superior, uma sombra que desafia
a coragem de quem ousa seguir em frente.
Uma cadeira pura, vazia, esperando aquele
que não teme ocupar seu espaço.
Um vazio no horizonte, preenchido pelo silêncio
das despedidas e das promessas não cumpridas.
Uma família distante, conectada por fios invisíveis
de saudade e esperança.
Um homem que pensa, imerso em seus erros e acertos,
entrelaçado com seus próprios sonhos.
Uma atitude sincera, aquela que brota
quando não há mais máscaras,
somente a verdade.
O Brasil possui uma população próxima de 200 milhões de habitantes e enfrenta desafios alarmantes em sua educação. Embora tenha havido avanços, ainda lidamos com altos índices de analfabetismo funcional, onde mais da metade da população luta para interpretar e compreender informações básicas. Cerca de 30% possuem apenas o ensino fundamental, e uma pequena parcela chega ao ensino superior completo ou incompleto. Isso é vergonhoso e preocupante!"
A educação no Brasil sempre foi um privilégio historicamente negado à maioria, perpetuando desigualdades sociais e econômicas que freiam o progresso nacional. Essa carência educacional não é apenas um obstáculo econômico, mas também político, contribuindo para a manipulação das massas e atrasando a expansão da democracia e da qualidade de vida.
A educação é o pilar mais sólido para o crescimento sustentável. Sem ela, qualquer esperança de melhorar a distribuição de renda e fomentar um ciclo virtuoso de crescimento econômico, político e social se torna inviável. Com educação de qualidade, é possível construir uma sociedade mais justa, inovadora e capaz de elevar o Brasil ao status de nação de primeiro mundo.
Historicamente, a exclusão educacional foi uma ferramenta de controle e exploração, um meio de perpetuar a opressão e a desigualdade. O segredo do sucesso, em qualquer sociedade, está no conhecimento compartilhado e acessível a todos. Se não priorizarmos a educação como alicerce nacional, nosso progresso continuará estagnado por séculos.
Segredos nunca vêm à tona por acaso. Eles emergem quando o peso da verdade se torna insuportável para as sombras que a ocultam.
Segredos nunca vêm à tona por acaso. Eles emergem quando o peso da verdade se torna insuportável para as sombras que a ocultam. No silêncio das mentiras e dos disfarces, há uma tensão constante, como uma represa prestes a romper. A verdade, por sua natureza, busca a luz, e mesmo os segredos mais bem guardados não conseguem escapar do impulso de revelar-se quando o tempo é maduro. Aquilo que foi enterrado nos recônditos mais obscuros do coração ou da mente acabará, cedo ou tarde, emergindo com a força de uma onda irresistível. Não por acaso, mas porque o equilíbrio entre luz e sombra exige justiça e redenção. Quando a máscara cai, não é um acidente – é o destino da verdade a reivindicar seu espaço.
Ecos da Eternidade
Nas brumas do tempo, ouço um canto,
um sussurro antigo, um verso santo.
Há segredos na aurora e nas marés,
há promessas tatuadas nos pés.
Caminho entre sombras e luzes veladas,
minha alma é chama, em fogo bordada.
Busco no vento respostas silentes,
na dança das folhas, verdades latentes.
O que é o destino, senão um esboço?
Traços de sonhos num céu de alvoroço.
Sou rastro de estrela, sou poeira em dança,
sou lágrima e riso, sou fé e esperança.
Se o tempo me leva, deixo raízes,
palavras gravadas em almas felizes.
Pois sei que na brisa, nos cantos do dia,
meus versos renascem — pura poesia.
A verdade, mesmo sufocada, é como um rio subterrâneo — silenciosa, mas indomável, sempre encontra seu caminho para a luz.
A verdade, ainda que sufocada por um tempo, é como um rio subterrâneo — ela sempre encontra seu caminho para a luz.
No campo de batalha da verdade, a coragem não é uma escolha, mas a única arma capaz de romper as correntes da ilusão.
Pois quando a verdade é conhecida, nem o tempo, nem o medo, nem as sombras podem enterrá-la novamente.