Rio
JONAS DE ARAGUARI
Poetas, seresteiros, namorados...
Todos vós que assentais junto ao rio Jordão...
Vós todos que salmodiai na embaixada dos papagaios...
Peço-vos licença para algumas coisas:
Primeiramente, para pontear na viola um canto de paz pela vida. Acontece senhores, que nesse primeiro-de-ano que se aproxima, como ocorre há 75 janeiros, um homem-de- bem e que traz em seu nome o sentido da paz, verá mais uma vez seu povo congregado para celebrindar a vida-que-lhe-renasce-todos-os-dias. Por isso peço-vos que anuncieis nos sinos das catedrais que vai rolar a festa na casa da dona Waldete.
“O povo do gueto mandou avisar
Pode vir, pode chegar
Misturando o mundo inteiro
Vamos ver no que é que dá
Tem gente de toda cor
Tem raça de toda fé”
Peço-vos licença também , para registrar no cyberespaço que ele é meu amigo. E isto não por causa da cor da pele, não por causa do tempo que passamos jogando conversa fora e nem tampouco pelas nossas afinidades futebolísticas. Nossa amizade é coisa gratuita, coisa além do tempo e do espaço... A ele lhe cai bem o poema de Oscar Wilde:
“Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto
e velhos, para que nunca tenham pressa”.
Finalmente, peço-vos licença para agradecer a esse devoto-do-divino, os belos retratos de sua sagrada família, fotografados pelas suas lentes-do-amor na página do Orkut e sintetizadas na auto apresentação desse poeta-profeta:
“Jonas Alves da Silva, brasileiro, casado, advogado.
Tenho dois filhos casados, dois netos, uma neta e um bisneto.
Minha esposa há 50 anos e para sempre,
Waldete Tilmann Ribeiro da Silva
(Bodas de Ouro - 2 de maio)”
Isso é uma declaração de amor! E como diz seu conterrâneo Drumond, nas suas maravilhosas sem-razões do amor:
“Amor é dado de graça
com amor não se paga
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse...”
Por isso mesmo Marcão!... No descortinar da próxima quinta-feira, deixe um pouco de lado seu Vademecum! Marcinha!... Manda preparar os pãezinhos de queijo! Pedroca!... Aperte o agogô e afrouxe o afoxé! Você Guilherme!... Libere seus colares coloridos! Enfim... Poetas, seresteiros, namorados de Araguari:
“Esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros
que nós queremos sambar”
É chegada a hora de escrever e celebrar o ano novo que “cochila e espera sempre” no coração menino-e-valente do mestre Jonas.
Parabéns mano velho! Para você a benção dos celtas:
"Que a sorte das colinas te abrace.
Que teus bolsos estejam pesados e teu coração leve.
Que a boa sorte te persiga,
e a cada dia e cada noite tenhas muros contra o vento,
um teto para a chuva, bebidas junto ao fogo,
risadas que consolem aqueles a quem amas,
e que teu coração se preencha com tudo o que desejas".
(Homenagem da família ao amigo nascido no mesmo ano em que nasceram Rubem Alves, Eva Wilma, Lourenço Diaféria e Garrincha)
Sabe-se la de onde vem .
Você assim
chora como
um rio
jorrando,
em um simples momento
mais logo
tudo já se era ,
e se vive intençamente.
onde esta você?
Guiada pelo pensamento
e frustamento
vida com A não existe,
só vida com V vivida ,e
vida então
ela quer viver ,
mais sua barrera
não sabe do que,
nem da onde vem
a impede, se rompe
e se deixe levar.
Mudanças
O rio da vida escoa no vale da mudança perpétua. As águas que por ele passam, o fazem diferente a cada momento, impedindo que nos banhemos no mesmo rio por duas vezes. O canal é o mesmo, mas, as águas sempre serão diferentes. A mudança eterna das transformações confunde a percepção da razão do entendimento do ser, renovando o presente a cada momento.
Essa mudança, é a harmonia dos contrários onde tudo se transforma. A noite se torna dia, o inverno vira verão, o frio esquenta e o úmido seca. Neste equilíbrio dos contrários, os sentimentos da alma são como a balança que pesam as mudanças entre o amor e ódio, esperança e desespero, egoísmo e altruísmo. O limite dos extremos movimenta a realidade pelo o fluxo perpétuo das mudanças do conhecimento.
Você é o mesmo de ontem? Quem você é hoje? Que mudem as águas do entendimento, mas que se mantenha o canal da certeza qual conduz as águas dos questionamentos incensáveis. A certeza do curso do rio é a segurança que apóia a convicção da existência da finalidade do ser.
Tudo tem uma finalidade. Quem vem ao mundo ou quem nos deixa saudade. As derrotas ou conquistas. Não entendendo a finalidade dos extremos, nos transformamos em águas paradas, onde, tudo é estável e estático. São águas sem saídas onde se acumulam o vírus do ódio, da frustração, do ciúme impregnados pelo limo da destruição do preconceito. E sua vida para, pela falta do oxigênio da caridade que tudo suporta, não suspeita mal, não trata com leviandade e não condena.
Entenda o caminho das mudanças ou se esconda nas águas da estagnação. A realidade da harmonia dos contrários não cessa de se transformar uns nos outros. Se tudo não cessa de se transformar, como explicar que nosso entendimento ofereça as coisas como se fossem estáveis, duradouras e permanentes? Como discernir a diferença entre o conhecimento que nossos sentidos oferecem e o conhecimento que nosso pensamento alcança? Nossos sentidos nos oferecem a imagem da estabilidade e nosso pensamento alcança a verdade como mudança contínua.
Aceite as mudanças e se molde às circunstâncias caso não seja possível mudá-la.
Nerivaldo Leite da Silva 12\02\09
Amizade é água,
água e terra
fundidas em leito de rio...`
Água limpa em cima
terra suja em baixo...
Se pisam na água
logo os dois se misturam
caldo grosso e sujo se forma...
Mas logo que se acalmam
a terra tende a baixar
e água limpa se faz....
Do Outro lado do rio sempre estará você,sorrindo me esperando alegria em vez de prantos...
...Quando nos meus sonhos te encontrar a chave do meu coração eu vo te dar,porque eu só vivo por você,seu amor é o meu prazer e de ti jamais vou esquecer.
Rio Guamá
Barcos respiram o rio.
Comem e afagam o rio.
Violões tocam as águas
Que inundam a areia
E que vêm, de quando em quando,
A conversar com essas calçadas.
Calçadas. Cimento. Aço.
Tantos pensamentos caminhando.
Muitos são sólidos,
Outros nem tanto.
Mas nada dorme
E tudo sonha no teu leito.
Por entre tuas águas, Guamá,
Caminham esperanças, amor.
O amor em tua margem.
De algum lugar
Dedos te olham.
Vêm para esquecer
Esquecer de lembrar
Desse pulsar plausível
Que está no coração
Tudo caí ao esquecimento.
Em tuas águas
Inundam os versos.
Misturam com lagrimas,
Vindas de direções diversas,
Pessoas diversas.
Cada vez que as águas vêm beijar calçadas,
O coração bate
Bate mil vezes
Vezes mil.
Bate-bate.
E olhas continuam fixados.
Há uma Primavera nas tuas águas.
Francisco Alves Arruda
(08/03/2009)
O Amor é um rio que flui através de tudo
O Amor são os braços a te embalar
O Amor é o lugar para onde você vai voar
O Amor nunca falha com você
Love Never Fails You (Tradução)
Brandon Heath
Espero-te, como rios esperam pela chuva.
Espero-te, como o mar espera pelo rio.
Espero-te, porque meu coração precisa do teu.
Espero-te, porque minha vida está em ti.
Espero-te, porque tu és a cura para minha dor.
Espero-te, porque meu viver é dedicado a ti.
Espero-te, porque sem ti a vida perde a graça.
Espero-te, porque eu te quero.
Espero-te, porque meu viver é dedicado a ti.
Espero-te, porque te esperar me faz sonhar.
Espero-te, porque EU TE AMO...
Então vá...
Não disse a mim que tinhas coragem de ir...
Pois vá.
Fizestes do caminho um rio cheio de pedras...
Colocastes inúmeros obstáculos que não puderam ser vencidos
Então vá.
Com as águas do rio vão também minhas lagrimas
Banhadas pela luz da lua cheia
Ardente como o fogo que brota de meu coração
Que quis te oferecer enorme paixão
Porem Não aceitou
Agora vá.
Comigo deixas um sentimento que se porta como um punhal em minha alma
Fazendo-me sofrer a cada dia mais.
Vá, e leve contigo esse punhal que atormenta minha alma
Arranca-o de vez e vá...
Mas vá sem culpa
Afinal eu que te fiz um anjo
Uma santa intocável, um amor platônico .
Agiste da maneira certa a todo tempo ... eu que agi sempre errado ...
Simplesmente vá!
Quando rio não quero rir.
Quando olho não quero olhar.
Quando vou não quero ir.
Quando fico não quero ficar.
Quando sinto não quero sentir.
Quando choro não quero chorar.
Mas quando quero rir, rio.
Quando quero olhar, olho.
Quando quero ficar, fico.
Quando quero sentir, sinto.
Quando quero chorar, não choro.
CANTO DO SER SEM AURORA E ALVORADA
Um rio agônico que deságua
O ocaso emanando dos moribundos olhos que derramam lágrimas
A cordilheira que se metamorfoseia em cinzas de montanha
A espera impressa e circunscrita na hirta parede da lembrança
O estro que tomba ante o eclipse total da esperança
A criança que dorme, morre e não sonha
O bardo que é maninho pasto, desrepasto, marasmo, secura, insônia
Insânia!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Sei como é isso, no Brasil não é muito diferente, fui expulso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul com o testemunho falso de funcionários federais corruptos e, até hoje, estou lutando na justiça para voltar a estudar; o departamento de letras alugava salas para promover a multinacional Xerox e a pirataria de livros e textos protegidos por direitos autorais e embolsavam o dinheiro público dos aluguéis, não declarando os aluguéis recebidos e tudo com a conivência ou negligência da polícia federal brasileira e ministério público federais, os quais acobertavam o crime por não estarem ainda na folha de pagamento das multinacionais.
Eu vejo a água do rio correndo para o futuro. E eu não consigo acompanhar tal velocidade que deixa para trás o que não vi como presente, mas que já vejo como passado. Eu não abro mão dessa admiração, desse silêncio que me faz escutar o coração.
Tem pessoas que adoram criar casos aos acasos.
Mas na hora de lavar a roupa suja, fala que o rio é raso e barrento.
Uma gota se formando...
E de gota em gota forma-se um rio
e o rio sabe do seu destino
desde quando era gota
As pedras, as folhas secas do outono,
as quedas e os remansos
e por fim o (a)mar.