Rio
LÁ LONGE
Lá longe, longe perdido nas águas profundas
Do rio que corre, que passa entre as fragas
De seixos escorregadios onde sofro sozinho
No respirar de um simples suspiro de dores
Sede partilhada da tua boca sobre ondas
No desaguar da foz, andam as andorinhas
Nevoeiro de murmuro de uma oração ausente
Feita de argila estéril, seca de morno sangue
Noites tristes de cinzas vermelhas no regresso
De um beijo sobre as asas que se jogam as folhas
Carrego na minha alma os teus passos silenciosos
Vestes negras de adagas afiadas na carne do corpo
Lá longe no rio de águas profundas entre os seixos
Onde tudo se transforma em limos de vida ou morte
Regaço dos abraços na partilha da tua boca da minha
Espelho absurdo de um santo remédio feito em oração
Liberdade onde inverno no santuário do teu doce corpo
Na tua procura dos meus seios do amor transformado
Onde as águas correm sem destino até ao nosso silêncio
Gemidos que navegam sem rumo, perfume das rosas no rio.
Ignore tolices e priorize relevâncias, pois quanto mais profundo for o rio, mas forte será a vazão de suas águas!
Entre chuva e lágrimas, muita coisa
Desce rio abaixo. Muita coisa
Vai junto a essa correnteza
De incertezas.
Efêmero, passageiro e breve
É o amor, é a dor, é o tempo.
É o pular entre vírgulas,
É represa que rompe.
É a reticência sem ponto final,
É a vida, a continuidade.
São involuntárias mutações
E transformações.
Viver segundo a vontade de Deus hoje, nos exige buscas para que a justiça corra como um rio que nunca seca(...)
“Planeta Terra”
Terra Boa Pra Plantar
Rio Limpinho Pra Nadar
E Nos Vales, Cachoeiras
Tem Florestas, Tem Palmeiras
Um Passarinho Pode Voar
Pra Outro Ninho Outro Lugar
Céu Azul Lá No Sertão
E As Estrelas Da Pra Ver Do Chão
Planeta Terra é Bom te Amar
Semear o Fruto Que Você Dá
Planeta Terra Um Coração
Batendo Forte Na Imensidão
Lindas Flores A Perfumar
Tem Borboletas Pelo Ar
Um Leão Fera Selvagem
O Deserto Uma Miragem
Cravo Canela e Pimentão
Nabo Quiabo e Jamelão
Um Beija Flor e Uma Hortência
Outra Cor e A Mesma Essência.
Planeta Terra é Bom te Amar
Semear o Fruto que Você Dá
Planeta Terra um Coração Batendo Forte
Na Imensidão
Quero porque quero um rio, uma cadeira, um olho preto, uma saidera e um pouco de flor no jardim.
Quero porque quero um aniz estrelado e uma pitanga, pra me fartar de cor e me sentir cada dia mais feliz.
“As veredas da justiça, são como árvores juntas à regos de água de um rio, cujo fruto vem na sua estação e cuja folhagem não murcha e tudo o que fizer será bem sucedido.”
Riacho Doce...
Água doce do rio
molejo dos olhos
traz pétalas navegantes
que se acomodam tranquilas
na inúmeras orlas dos cílios
olhar de cachoeira,
brilhante no sol a pino,
embala pétalas soltas,
que dormitam sossegadas
nas curvas, formando fios.
E criam desenhos de sonhos
evocam amores distantes
nas águas doces dos rios.
Mensageiras da esperança
as pétalas liberam aromas
tão doces quanto os amores
acolhidos à beira do rio
e a poesia rola solta
na pele umedecida
pela doce água do rio.
Brisa de cangote
Flutuar feito os pés do filho
Vir do Mar quando enverga
Não é Banzeiro do Rio
São as ondas da praia
Oceano das marés
Sobe e desce na lua certa
Amo enquanto sofro
Não choro de felicidade
Mas rio do meu amor
Certo seria eu não rir nem chorar
Mas quem há de compreender o meu amor?
Amo
Enquanto é possível amar
Desde o dia que chegamos ao mundo
Navegamos em frente
Num rio a fluir
Caminhos fluindo rumo a algum lugar
Caminhos que escolhemos
Córregos e canais que percorremos
Vivendo de escolhas
Navegamos em frente
Na impermanência das coisas
Vivemos a sentir
Este rio fluir
Até encontrarmos nosso caminho
Então um dia chegaremos ao mar
No fim de tudo
Vivemos para percorrer
Este rio que um dia irá terminar
Água Preta
O rio da minha infância
liko Lisboa
No velho água preta
Subia e descia canoa,
Era a coisa mais bonita
Água quebrando na proa,
Homem rio fauna e flora
Conviviam numa boa.
No rio da minha infância
Pesquei traíra e beré,
As antas e capivaras
Corriam de jacaré,
Passarim batia asas
Com medo de caburé.
Meu anzol de linha longa
Ia onde não dava pés,
Era no poço dos anjos
Entre os verdes aguapés,
Que morava o temido
O maior dos jacarés.
No rio das estripulias
Numa tarde eu vi Bita,
Fugindo dos soldados
Rumo a Manoel Batista,
Um salto mortal da ponte
Num mergulho sumiu Bita.
Guilermina e o água preta
O água preta e Guilermina,
Confundem a minha cabeça
Mas depois tudo germina,
O que fizeram com o rio
Fizeram com Guilermina.
Mas que pecado cometeu
Pra receber tal castigo,
Quando era um rio bonito
Tinha o povo como amigo,
Hoje velho e decrépito
É sinônimo de perigo.
O velho água preta
Era de utilidade pública,
Servia todos e a cidade
Como isso hoje explica
No seu leito perecendo
E ninguém vê a sua súplica.
O meu rio de contos
De belezas naturais,
Era o mais bonito
De todos mananciais,
Hoje agonizando
Em coliformes fecais.
O rio água preta
Velho triste e doente,
Mesmo morrendo a míngua
Ainda serve humildemente,
Carregando dia e noite
O lixo de nossa gente.
O novo quando chega
O que tá vira passado,
É preciso evoluir
Mas que fique explicado,
Rio é como provérbio
Nunca fica ultrapassado.
Liko Lisboa.
Nos 20 anos que vivi neste Estado, Rio Grande do Norte, conheci de perto a hospitalidade do Povo Nordestino, fui muito bem recebido quando aqui cheguei em 1994, aqui constituí família e usufrui da companhia simples das pessoas que me acolheram, tive alguns poucos dissabores, mas foram insignificantes se comparados, porque a imensa maioria deste Povo é HONESTA, TRABALHADORA, ACOLHEDORA!!!
Nestes últimos 02 anos e 04 meses experimentei UMA DAS MAIS gratificantes sensações de minha vida: ombreei pessoas que me acolheram AINDA MAIS que a maioria já fizera e “embriaguei-me” com o carinho espontâneo que me direcionavam, um período em que dizia “estar vivendo uma vida real”, pois que a vida em sociedade virou a verdadeira “vida virtual”, onde as pessoas abandonaram sua HUMANIDADE, não são mais GENTE, pouco conversam, raramente riem, seus gostos pessoais são baseados em opções coletivas, uma busca insana por aceitação, por estar em evidência...
Estagiei em um “pedaço de céu” onde eu tinha nome, tinha cor, tinha tamanho, tinha cheiro, era eu e nada pagava por isto, tudo era troca, um lugar onde dinheiro era o que menos importava (exatamente por isto era um lugar tão bom), o que mais valia era o BOM DIA, o BOA TARDE, o APERTO DE MÃO, o ABRAÇO, até mesmo o BEIJO respeitoso e sincero, quase sempre na testa. Convivi com gente e me tornei MAIS GENTE, aumentei minha humanidade e copiei simplicidade, ali me esforcei por praticar meu melhor, mas era tão fácil, bastava COPIAR, ali recebi DE GRAÇA o que milhares de pessoas JAMAIS irão receber mesmo pagando a peso de ouro, porque carinho NÃO TEM PREÇO!
Estou de mudança para outro Estado, esta PÁGINA sofrerá um “hiato” de uns 30 dias aproximadamente, quando estiver estabelecido retorno com as postagens, mas até lá desejo que saibam de minha imensa GRATIDÃO ao Povo deste Estado, levarei na lembrança e no coração este período fértil PARA MIM, onde RECEBI abundantemente o PRESENTE que o texto menciona...
A propósito, o nome do lugar onde estagiei é Liga Norteriograndense Contra o Câncer!
Poesia Triste
Tentei ser rio... Mas mentes vazias
Poluíram-me. Por pura ambição.
Tentei ser terra... Mas mentes vazias
Construíram-me estádios
Para uma copa em vão.
Tentei ser árvore... Mas mentes vazias
Me arrancaram. Desmatação.
Tentei ser coração... Mas mentes vazias
Me cortaram. Traição e solidão.
Daí tentei ser pedra... E simplesmente
Mentes vazias me explodiram. Destruição.
Sem dar nenhuma explicação.
Nunca estive tão só, diz o meu corpo!
Eu rio-me...
Porque corpo é corpo,
não tem nada a fazer , não tem para onde ir
Não lembra, não se lembra,
quer estar sempre agarrado, suprimido, apertado
e se é belo pior
vive numa sufucação permanente...
{Rio da Vida}
Roda a roda da vida,
no rio das águas da dor,
roda e traz-me alimento
que trazes da força do amor.
Corre e que corra o rio,
conduz labuta e ardor,
faz-me fazer uma ponte,
que leve-me à o transpor.
Quando além deste rio,
estou e não há aflições,
lembro-me de seu curso,
das dores e falsas paixões.
Quando enfim retornar,
aquele que fora fechar,
as fontes das impurezas,
que ao rio vem macular,
terei paz e alegria,
e eterna companhia,
daquele que faz o rio,
faz a roda e a calmaria.
Verei que não foi em vão,
me abster de mergulhar,
nas águas que trazem beleza,
e que em correntes me tendem levar.
Recordarei por que passei,
daqueles que encontrei,
das vezes que à margem fui,
e que sempre retornei.
Hipocrisia não é meu forte,
é doce o sabor da morte,
mas quero o que é amargo,
pois do rio é triste a sorte.
Quero a ponte estreita,
quero a roda do trigo,
quero trabalho e luta,
quero batalha e guerra.
Não hei de descansar,
tampouco hesitar,
vou transpor este rio,
é o meu sentido em viver,
e tu virás comigo,
se aquilo que digo entender.
O Amor é uma maravilha! É eterno! É a principal capacidade! Ele está sempre a correr é como um rio! A pessoa deve procurar o AMOR! Pensar no Amor! Falar no Amor! Agir no Amor! VIVER NO AMOR!Tá olhando o que irmão, qué um abraço meu? ♪ A saudade é a maior prova do que o passado valeu a pena."Ainda que eu soubesse todas as palavras que significam amor, faltaria muito para dizer o que sinto por voce!"As vezes penso que não sei nada, as vezes penso que sei tudo, mas o que eu tenho certeza mesmo é que eu te amo acima de tudo."