Rio
Teu amor em silêncio
Teu amor em silêncio
É como água corrente, feito um rio
De perfumes a inundar
Minha alma, a inebriar
Efêmeros momentos divididos
Com tua alma perfumada
Que deixa em meu coração
Rastro do teu perfume em emoção
Que me embriaga, e sinto teu cheiro
Uma mistura de doce e cítrico no ar que respiro
Que me deixa num frenesi de desejos
E sinto teu corpo fundir se ao meu, sinto teus beijos
E a fantasia do momento
A aguçar os meus sentidos
Eu não resisto libero a libido
E com você faço amor em pensamento.
09/05/17/Jalcy Dias
A narrativa de José Lins´do Rego tem a força das enchentes do Rio Paraíba que vai invadindo tudo que encontra pela frente até desaguar no grande mar/coração do leitor.
Você sabe que sou eu !
Eu que choro, eu que rio
Me quebro por inteira
Em pedaços,
Você sabe que sou
Que peço, que faço...
Você sabe que sou eu
Que caio de quatro, te imploro
Um afago, um afeto
Um pouquinho de tempo
Nos teus abraços
Você sabe que sou eu
Que rola de noite de olhos abertos
Sem sono, no abandono !
Você sabe que sou eu
Que daria a vida por segundos.
Segundos nos teus braços
Segundos na tua cama !
Você sabe que sou eu
Que ligo e desligo
Querendo teus olhos
Cantando,
Você sabe que sou eu
Que muda de chip
Telefona
Você sabe que sou eu
Que se engana
Louca, perdida...
Você sabe que sou...
Que ama !
22/06/2017
"O SER que vive uma vida inteira centrada em si mesmo é semelhante a um rio de águas poluídas, que passa e não traz nenhuma beleza consigo!"
Lágrimas da natureza
O rio corre apressado pro mar,
sem se importar com os obstáculos,
muito menos com as impurezas
que lhe obrigam carregar.
O rio sempre escolhe,
ao contrário dos homens,
os caminhos mais simples,
ainda que mais longos.
Com paciência escava as rochas
por onde constrói passagens,
mas não ameaça o solo ou a areia
que não lhe oferecem resistência.
Se não fosse o homem
que expõe o solo,
que a chuva carrega
e assoreia seu leito,
não mudaria seu curso.
Teria as margens livres
para abrigar suas cheias,
e não chamariam catástrofes
as águas que, como as lágrimas,
os homens não contém no peito.
O rio corre apressado
como se temesse o homem,
e não soubesse que é infinita
a jornada que não termina no mar.
No seu destino deixa as impurezas,
se purifica no sal e esvanece ao sol,
para evaporar aos céus de onde despenca
como as lágrimas da natureza
que tenta, inutilmente, lavar a sujeira
que faz o homem em todo lugar.
Vou saciar os meus olhos bebendo nos teus, vou mergulhar: são aguas de rio, são águas de mar !
26/06/2017
O amor é como esse rio, ele vai andando, ele nunca para, ele não pode parar. A gente precisa ir junto ou fica pra trás
O amor é como esse rio, ele vai andando, ele nunca para, ele não pode parar. A gente precisa ir junto ou fica pra trás
" A vida é como os meandros de um atraente rio, não importa a inconstância que haja, quanto mais acentuadas forem as curvas mais belos e longos serão os desafios."
" A vida é como os meandros de um atraente rio, não importa a inconstância que haja, quanto mais acentuadas forem as curvas mais belos e longos serão os desafios."
O Estado do Rio, no geral, é um Estado sem memória. Chega, às vezes, a ser ingrato com os que aqui viveram e ajudaram a progredir e projetar seu valor cultural. Não fosse o trabalho de um pequeno grupo de escritores com acesso aos jornais locais e alguns destes repórteres, muito dos homens notáveis que aqui viveram já estariam esquecidos. E quando me refiro aos notáveis, não quero falar dos que foram importantes para fortuna que souberam amealhar, graças aos bons negócios realizados, ou aos bem-sucedidos na política, que são os dois caminhos mais curtos para projeção social e a glória atreladas às homenagens póstumas consequentes. Não. Embora reconheça que muito dos nossos homens bem sucedidos em atividades lucrativas fossem merecedores de homenagens pelos atributos pessoais que possuíram e apesar de não fazer qualquer restrição aos políticos que se destacaram por seus méritos pessoais, não são eles, repito, o alvo dessa observação. Com o que não me conformo é com o esquecimento habitual dos prefeitos, deputados, e especialmente dos vereadores, com relação aos que se destacaram pela cultura, pela inteligência e, sobretudo, pelo amor que demonstraram ao Rio, seja transitando pela Serra, pela região dos Lagos, por Niterói ou na própria capital. Não quero citar muitos exemplos pois faltaria espaço para tanto. Porém, gostaria de chamar atenção para alguns nomes que encontrei nos escritos do meu avô, bilhetes recebidos de amigos de escrita e trabalho, fiquei bem curioso e descobri nomes hoje que praticamente não existem, se contrapondo com o que eles representaram, cada um à sua época para o nosso estado. Vou citar apenas as coisas que encontrei e que me deixaram mais acesos, pois não quero incorrer em falta quando tento apontar os amnésicos homens de bem. Encontrei nessa caixinha obras e bilhetes trocados com Lacerda Nogueira, quase esquecido Lacerda. Lembro quando era pequeno que meu avô sempre falava do amigo Lacerda. Agora, lendo os papéis que encontrei no seu antigo quarto, esse Lacerda merecia uma alantada biografia pelo muito que fez pelas letras fluminenses, com seus primorosos livros, artigos e conferências, sempre tendo em mira divulgar as preciosidades histórias do estado, principalmente no Rio e em Niterói. Num dos bilhetes, meu avô o chamava de paciente e meticuloso, quando escreveu (também achei esse livro aqui - e fico triste que quase nada está na internet) "A escola normal mais antiga do Brasil". Na época, recebeu da crítica os melhores elogios. Nesta obra, além de interessante e notável descoberta, demonstrou, também, seu cuidado em apontar os homens ilustres que preparavam os excelentes professores para cursos mais doutrinários. Outro livro dele que achei nas coisas do vô e que tem um nome gigante foi "A Força Militar do Estado e as origens da corporação. Serviços somente para paz e heroísmo para sociedade". Sobre este livro, achei uma troca de cartas entre meu avô e Levi Carneiro, que dizia ao meu avô: "Li, com real prazer o pequeno em benfeito histórico da força militar no Rio. O trabalho do nosso colega é um novo documento pela paz, um novo documento da sua operosidade profunda e do seu devotamento esclarecido às coisas do nosso Estado". Descobri nesta caixa Oliveira Viana, outro fluminense ilustre na sua época, que eu nunca havia escutado na faculdade. Grande sociólogo, assim manifestou ao meu avô com relação ao mesmo livro que meu avô indicava: "Li-o com o prazer, o proveito e a simpatia intelectual que me suscitam sempre os labores da sua inteligência e cultura.. Eu já estou de há muito reconhecer e admirar a força do seu talento; não me surpreendem mais as amizades que faz indicando os livros dos seus novos amigos da academia; não surpreendem mais as demonstrações frequentes da capacidade de trabalho de vocês e, especificamente, do seu senso de investigador. Este ensaio é tão excelente pela sua probidade histórica e pela invocação artística, que não me dispenso de dizer nesta minha impressão cheia de admiração e aplausos". E, mais adiante: "Não basta estudar a história do seu grupo, meu amigo, vocês mostram que faz-se preciso estudar as instituições; só assim será possível grande serviço às letras do nosso grupo fluminense e também às letras históricas do nosso belo País." Mas Lacerda não ficou só nesses valiosos livros, publicou mais: Bibliografia Pitorescas; Elogios de Saldanha da Gama; História Literária dos Fluminenses; A Província Fluminense; Os Fluminenses na História do Brasil. Infelizmente, pelo que sei do material do meu avô, só divulgados em comunhão às mesas dos concursos de trovas e poesias que promoviam no Clube da Literatura e na Academia Brasileira de Letras. Encontrei poucos destes resumidos em arquivos do jornal O Globo. A origem da própria da Academia Brasileira de Letras, da qual foi secretário, foi por ele divulgada em artigos que achei pela internet num Volume 10 da Revista AFL. E como pude notar, sempre apregoando, de forma brilhante, Niterói, Friburgo, o Rio, e por aí vai. Encontrei bilhetes que trocou com meu avô e Armando Gonçalves, outro grande talento, e demonstrou sua capacidade de historiador quando contestou Nilo Bruzi na questão do local do nascimento de Casimiro de Abreu, quando escreveu artigos sobre o tema em parceria com meu velho. A par disso tudo não posso deixar de incluir neste pequeno perfil do Lacerda Nogueira a sua excelente qualidade de narrador quando proporcionava, aos amigos (a melhor parte que encontrei) bilhetes escritos em mesas de bar que mandava o garçom entregar para os próprios amigos boêmios que com ele estavam sentados à mesa, na Lapa. Eram interessantes ocorrências da vida, entremeando, aqui e ali, amostras do seu talento e iniciando debates, prelecionando em todas as oportunidades. Paro por aqui. Deixo para quem tiver o engenho e a arte que me falta, a tarefa de explorar outras facetas da sua cativante personalidade. Me avisem sem algum de vocês descobrir algo! Prefiro, agora, apontar a falta de memória das cidades e dos seus vereadores do Rio, de Niterói, de Friburgo, deste Estado. Esse homem ilustre, esse escritor notável que perpetuou, principalmente em três trabalhos as histórias da Academia Brasileira de Letras, da Escola Normal mais Antiga do Brasil, e da nossa gloriosa força pública indiscutivelmente - três motivos de orgulho para qualquer escritor dessas cidades - não mereceu até hoje sequer uma sala com seu nome em qualquer destas cidades. É possível até que da biblioteca da própria Academia Brasileira de Letras conste seus livros e sua história. Mas, de resto, ingratidão, amnésia e ignorância; qualifique a gosto quem quiser; apenas lamento. Nome em ruas seria pedir muito. Nós, friburguenses, niteroienses, cariocas, já nos habituamos a denominar ruas com nome de pais desconhecidos de pessoas influentes; de filhos desconhecidos de pais importantes, de negociantes estrangeiros sem qualquer expressão e que só fizeram enriquecer nestas cidades, mas que em nada contribuíram para a coletividade, enfim, homenagens encomendadas por gente orgulhosa e bajulável. Isso tudo me fez lembrar a Bíblia, em Gênesis, 11,4 (outra obra prima da literatura), que diz: "Celebremus nomen nostrum", ou seja, "Façamos célebre nosso nome." Só que lá a narração termina com um castigo; aqui a história se repete infinitamente.
COMO O RIO
Umberto Sussela Filho
Nascemos igual ao Rio
De alma pura e transparente
Assim como nasce a vertente
Para o seu caminho trilhar
Começamos também a andar
Escolhendo sempre a direção
Para que como o Rio então
Possamos sempre avançar
E o Rio vai correndo assim
Mas nunca segue sozinho
Ganha afluentes pelo caminho
Para que possa se fortalecer
Igual ao Homem que no viver
Incorpora vida e experiência
Para que na sua existência
Igual ao Rio possa crescer
O Rio em sua trajetória
Enfrenta muitas tempestades
Que bem longe de sua vontade
Deixam suas águas turbulentas
Não diferente o Homem enfrenta
Tempestades em sua vida
São testes para que em seguida
Tenha a noção de que ele aguenta
E naquele andar contínuo
O Rio segue sempre em frente
Passa por secas e enchentes
Mata a sede por onde for
Igual ao Homem que tem amor
E que ao longo do seu caminho
Oferece flores e não espinhos
Pois já sofreu e não quer a dor
Muitas vezes surgem barreiras
Para que o Rio possa parar
Mas sua força vem a gerar
Na mais perfeita sintonia
Muita luz e energia
Que igual no Homem acontece
E na barreira não entristece
Seguindo a vida com alegria
Mas nem sempre o caminho é fácil
Tentam o Rio contaminar
Que limpo volta a ficar
Com ajuda e renascimento
Que é o que traz o conhecimento
Para o Homem contaminado
Que volta a ficar purificado
Quando muda o comportamento
Somos todos caminhantes
Ganhando águas no caminho
Para não seguir sozinho
Um procura sempre o mar
O outro deseja se encontrar
Um ganha força no declínio
O outro ganha no raciocínio
Mas os dois no agregar
Te tenho nos olhos
Como abelhas no mel
Como peixes no rio,
Como estrelas no céu !
Te tenho nos olhos
Como verde nas matas
Como flores,
Versos e vinhos.
Te tenho nos olhos
Como fogo na lareira
Como voo nos pássaros
Liberdade
Sonhos, caminhos...
Te tenho nos olhos
Como borboletas voando
Como o canto nas ondas
Mares cantando.
Te tenho nos olhos
Como o beijo na boca
Como abraços,
Como o cheiro da relva
Como corpos se dando !
Te tenho nos olhos
Como o poeta a poesia
O repentista o repente
A música, a melodia !
04/07/2017
DE ASSOVIO
O clima do tempo,
estava assim...
Como se tivesse sobre as margens
de um rio... frio.
Não tinha garoa nem chuva...
Mas estava frio...
Frio, muito frio! Tão frio!
Que até os cânticos
dos pássaros...
Se ouvia de assovio.
Antonio Montes
CHEIA NO RIO IGUAÇU
Enche-se o rio, lento, de vaga em vaga...
É noite, e tudo core em curso lento,
na água que miro mais e mais alaga do vento.
Seguem-se curvas, margens ao sabor do vento.
Há muito pouco nesse viver macilento,
desmaia tudo no ocaso que a noite afaga.
E derradeira é a luz, longe, no firmamento,
que no rio rola, treme, de vaga em vaga.
Um vago e triste silêncio por tudo!
Espalha-se a lua, lenta, muito lentamente,
e firma-se quieta no horizonte mudo.
Então o seu reflexo me põe embevecida,
como uma estrela que soltou-se da corrente,
puxa meu cobertor e me põe adormecida!
(suelidesouzapinto-03/07/2013)
CHEIA NO RIO IGUAÇU
Enche-se o rio, lento, de vaga em vaga...
É noite, e tudo core em curso lento,
na água que miro mais e mais alaga do vento.
Seguem-se curvas, margens ao sabor do vento.
Há muito pouco nesse viver macilento,
desmaia tudo no ocaso que a noite afaga.
E derradeira é a luz, longe, no firmamento,
que no rio rola, treme, de vaga em vaga.
Um vago e triste silêncio por tudo!
Espalha-se a lua, lenta, muito lentamente,
e firma-se quieta no horizonte mudo.
Então o seu reflexo me põe embevecida,
como uma estrela que soltou-se da corrente,
puxa meu cobertor e me põe adormecida!
(suelidesouzapinto-03/07/2013)
Lembre-se, um rio nunca discute com um obstáculo, ele simplesmente o contorna com suas águas. Ou então se enche ao ponto de passar por cima de todos eles !!! (Aelson junio)
Eu gosto...
Eu gosto de andar descalça de sentir cheiro de terra, de nadar em rio, tomar banho de cachoeira, pisar em folhas secas, eu não sigo regras.
Nasci para ser livre, gosto de voar e meu pouso, pode ser em qualquer lugar, até mesmo, no chão.
erotildes vittória