Rio
Compreenda, sou a solidão...
como a noite que cai e sinto
sua vida escorrer num rio,
estou do seu lado
meus amigos também estão bem...
RIO VERDE
A nuance da mocidade
Habita-a,
Arde como brasa.
Na pele,
Nítida as intempéries
Vividas na luta
Seara, bem como, na cinza.
O Rio Verde,
Profundo e inestimável,
Enaltece a riqueza
De sua alma.
O mundo é atroz,
Mas sua sutileza deixa-o
Afável e vívido.
Dessarte, não tema.
O saber é como um rio fértil, onde todos têm a oportunidade e capacidade de mergulhar, mas são poucos os que se interessam.
QUERIA SER COMO UM RIO
Queria tanto beber em meu pranto, está seco, já não sei nem mesmo chorar...
Um rio inteiro podia cair, inundar por completo esse meu mundo deserto
Não sei bem de onde vem, é lá bem do fundo e dói tanto o meu peito vazio
Destruir é sempre mais fácil que reconstruir,
descer é mais simples que subir
Meu coração é forte, aguenta a pressão,
Mas não sou eu, eu sou vago, sou triste
Sou só.
Caminhos mil eu andei, atravessei desertos fantásticos na escuridão extrema
Me dei por completo, traí, confiei, busquei um jeito de não ser vazio
Aqui dentro o meu peito
Como dói o vazio, corrói mais que ácido
Me entrego a tortura de mim, meu peito me cala
Queria tanto poder ser abrigo, um canto qualquer, não quero ter paz
Nasci no inferno, em trevas profundas,
Eu quero ver luz, não sinto meu corpo, só tenho alma e vazia
Explode meu peito, nasci como um deus, agora sou homem, ando na vida
Cansado de tanto assim ter vivido,
Caindo sempre de canto em canto, de vida em vida...
Trazendo sempre a dor profunda, que faz de mim conhecimento
Queria tanto cair como um rio, o mar secou, a vida é árida
Tudo o que é belo não me pertence, nasci um deus
Que seja então eu deus de mim, que seja eu meu próprio pai
Eu vejo o mundo, mas não é meu, terá sido um dia?
Ando aqui e nem é por mim, eu nada sei, eu tudo sinto
Que venha o pai, que me resgate, que me dê vida, que seja eu um rio inteiro
Que seja pranto, mas que seja algo que não seja assim...
Assim me dói tanto.
Viver num mundo que não é meu, eu ando aqui, mas nem é por mim´
Foi sempre assim, nasci assim, nasci um deus, sem pai para mim
Queria tanto fazer sair aqui do meu peito o mundo inteiro
Para quê lucidez de uma vida, se ela atormenta?
Eu queria o canto do mundo, um canto lindo, um canto calmo
Queria ser rio, queria inundar o meu mundo inteiro
Queria ser louco, queria ser livre, queria partir, sair daqui
Que venha o Pai, que me consuma, que eu já não sou mais dono de mim
Eu nunca fui, eu fui sempre assim, nasci vazio
Nasci um deus
Sem pai para mim
Queria ser como rio, nascer numa fonte, descer pelo monte
Por campos verdes andar, ser forte corrente, e bem lá na frente, voltar a ser mar
Inundar o abismo, o vazio de mim, poder no meu tempo evaporar
Subir lá pró alto, meu peito abrir, livrar o tormento
Queria chorar, chorar forte pranto, vir lá do alto
Tomar as entranhas da terra, subir a montanha, ressurgir numa fonte
Queria ser como um rio, por vezes tranquilo, mansinho
No tempo fugaz, trazer na corrente do meu pensamento
Somente um conto do vale encantado, ter sido por mim
O mundo criado.
Não sei, sou assim, sou meu próprio destino
Eu sou o meu canto, não, não vejo meu pranto
Porque no meu mundo, eu sou deus de mim.
(Adilson Santana) (Queria Ser Como um Rio)
ISBN: 9789898080790 - Arquivo. Biblioteca Nacional de Lisboa - Portugal
tenho um (a)mar dentro de mim
um oceano de lágrimas
um mar de problemas
um rio de lamúrias
um riacho de tristezas
um lago de incertezas
uma lagoa de imperfeições
uma represa de ilusões
uma cachoeira de bençãos
um poço de desejos
um rego de felicidade
um fio de alegria
um copo de fé
e uma xícara de amor
e eu acho que a vida
se baseia em proporções
mais precisamente
nestas proporções!!!
TÍMIDA
Saiu do rio
Perdeu-se por quem ama
Nua deitou-se na cama
No corpo tremor de frio...
Em lânguidas magias
De seu êxtase hipnótico
Num prazer hipotético
Fez alegorias...
Vestiu-se de donzela
Saiu feito fera
Sentiu-se bela...
No peito desejos vorazes
Na alma doces loucuras
E outras tantas fugazes...
Irá Rodrigues
Eu vi um homem matar um animal
Eu vi um homem matar um rio
Eu vi um homem matar uma árvore
Eu vi um homem matar outro homem.
Com tudo me acostumo...
E por todos os lugares que eu ande...
Dentro ou fora do Rio Grande...
Não mudo o meu rumo.
Agora ou nunca
Tchau! Estou indo à beira do rio pescar e ver como está o frio.
Perguntei pro meu tio se o meu cavalo ele viu.
Tenho que afastar a égua dele, pois está no cio.
O lago que pretendo ir é tão sombrio que tem seu próprio brio.
É bom que eu pegue peixes, porque da última vez me serviu.
Passei um pouco de trabalho, mas nada me impediu.
O cheiro da fumaça, da água, da mata e do cavalo foi a combinação que me confundiu.
Ir aos lugares naturais assim, meu coração residiu.
E ir para outros cantos nunca ninguém me pediu.
Se bem que outro dia um convite semelhante alguém expediu.
Mas também, a pessoa nem persistiu e ainda nem se decidiu.
Ainda estou parada na porta me imaginado com uma companhia dessa e meu pensamento sorriu.
Pensei no dia que teríamos se eu aceitasse tal convite.
E também pensei nas horas que eu perderia ao lado de gente indecisa.
Seria uma pena desperdiçar o meu dia único, entre eu e minha pessoa.
Bom! Deixa eu ir de uma vez porque a minha vontade doida de ficar só ainda não sumiu.
Tomara que não me liguem, senão terei um grande desafio.
Rio Torto
O amor é um rio torto
Que nasce de um esforço
De suportar outro corpo
Feito de carne e osso.
Este desce a montanha
Com toda paciência.
Ausente de artimanha
Repleto de prudência.
Este rio caudaloso
Vai depressa desaguar
Num coração ditoso
Que é infinito mar.
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________________+_________________
----------No rio que vai pro mar------------
--------Água doce tem demais------------
---------------Sinto que o ar---------------------
-----Nos sopra de frente e de trás------
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as lágrimas que insistem em rolar
ecoam para o mar
das lamúrias e lamentações
saem quando eu rio
quando eu chego a sonhar
quando eu chego à lua
quando eu vejo o universo brilhar
e chegam aos seus ouvidos
como um lobo, a uivar
um choro contido
de tristeza no ar
um breve desespero
um ruído a pairar
na sua alma, a te dilacerar
na sua consciência, a pesar
o seu coracao apertado, irá ficar
eu sinto muito
custarei a perdoar
se não for agora
terá que esperar eu desencarnar
meu choro de agora
será meu consolo quando lá eu chegar
talvez um dia eu consigo aceitar
a condição do perdão para ambos
algum dia eu hei de dar!!!
As vezes a vida parece um rio em correntezas, onde a mão de Deus mergulha e nos salva das agruras, das aflições que nos afogam.
Somos erguidos até o céu do sossego, sendo agraciados com a alegria, multiplicamos os sorrisos e nos transformamos em flores exuberantes a encantar a vida como pétalas de amor espalhadas pelo coração que transborda e faz florir até o olhar.
11-03-19
Gestor "Viajeiro de Almas"
Especialidade: Psiquiatra
Rio de Janeiro/Guanabara
Assim o mesmo era chamado
Longas conversas nós tivemos
Delas muitos proveitos absorvidos
Ontem e servem como um espelho
Médico "Viajeiro de Almas"
Os pacientes assim o conheciam
X-Psiquiatria Rio de Janeiro/Guanabara
Os remédios...somente não suficientes
Temos que ter sim...suporte psicológico
Ou sejam,mais...Viajeiros de Almas!
" Cuidado com suas lágrimas, pois elas poderaõ formar o rio que te levará pra longe de seus sonhos "
O riacho e sua música
Certa vez, olhamos para o rio, no auge do seu esplendor, chegamos à conclusão de que suas águas,ao declinarem e batendo em suas pedras, são bastante
parecidas com a regência de um grande coral, regido pelo horizonte... Quando as águas, ao descerem em direção ao mar, cantam suas canções...
Os nossos corações se aquietam, para poderem ouvir aquela cantiga...
Há uma infinidade de vozes, ali, dentro daqueles talentos... Ali, parece existirem clamores de sopranos,contraltos, baixos e tenores e, de cada um deles,parece haver o maior ajustamento possível, que permitirá
que todos eles sigam o ritmo, criando o mistério da sinfonia da música...
Como um rio calmo, vai correndo com sua melodia...Ela é perfeita e cresce conforme ele desce, regendo o coral, dominando profundamente o nosso ser... Com os raios derramados pelo sol, que refletem,em suas águas. Ali, acharemos a calma e a paz...
Ao lado da sonata, que é executada, para nossa admiração, observamos que, sempre, há flores em suas margens...
O útil e o belo precisam onviver,iluminando-se, mutuamente, pois, do contrário, não
haveria a harmonia, de que muito a música precisa...Mas, quem invade o espaço do rio somos nós, que não paramos para ouvir a sua melodia, que é bem gostosa de se ouvir, alegrando o nosso ser..
Pessoas se aproximam e logo dizem para as crianças: – Não se abeire, pois pode ser perigoso...
E nós a escutar, pensamos com os nossos botões: – Perigoso por quê?
As crianças aprenderiam a ouvir sua música e, com isso, aprenderiam a cantar...
Mas quem abonaria o aproximar das crianças perto das beiras, que têm suas margens floridas?...
Ninguém permitiria que elas se aproximassem, pois não haveria segurança, conforme eles diziam...
Então, elucubramos: – garantia do quê? Vista como uma maravilha da natureza, a música, que esse coral executa, não averia o porquê, de não haver uma abonação...
Muitas vezes, quando estamos em suas margens, ouvindo sua canção, tentamos imaginar, naquelas águas, que correm para o mar, rostos de pessoas, que, a nós, são caras... Às vezes, parece-nos que ainda estamos vendo seus gestos, quando olhamos para o rio... As nossas mãos são como as delas, calejadas por remarem todos os dias, contra a correnteza das águas da vida... Mãos machucadas de tanto remar contra os infortúnios da vida, elas são vigorosas, mas, ao mesmo tempo, capazes de transformar, de uma hora para outra, sua força em delicadeza...
Do mesmo modo que ele se encontra com o oceano, cantando a sua canção, o nosso mundo está cheio de fatos misteriosos, abitolado e restrito, apenas àquilo que, a nós, é visível... Nunca ficamos irritados
com suas histórias, pois, para nós, suas temulências trazem uma espécie de pozinho mágico, que alegra nosso navegar pelas águas calmas...
No fundo, estávamos convencidos de que aquele ribeirão fosse algo, extremamente, feminino, onde o feminismo significa uma atitude própria, de quem não precisa se empenhar, seriamente, nas coisas concretas da vida...
Não contestamos e, muito menos, procuramos explicações acerca daquilo, que defendemos, pois, evidentemente, não temos a capacidade de fazê-lo, pois as torrentes descem, com uma tal velocidade, que não seria possível a uma fêmea possuir a força daquelas águas...
Acostumamos a ver, todos os dias, as carraspanas descerem violentamente, levando os barcos, com uma violência, que chegamos a pensar que a vida poderia ser assim, tal qual a sua correnteza, mas, que levassem as nossas dores...
Que avaliassem as nossas relações, cantando suas melodias, que, hora parecem ser uma sonata e, em outra, um adágio a nos embalar em suas margens floridas...
Sentiríamos o seu perfume e, certamente, encontraríamos o andamento e aprenderíamos a navegar juntamente com suas moafas... Nesses assuntos, a única coisa, que poderia nos unir, às suas correntezas, além de sua música, seriam as flores em suas margens...
Dispomos de mais tempo que os arroios, pois eles descem velozes e não conseguimos acompanhá-los, pois eles dispõem de mais tempo do que nós...
Há dias em que, ouvindo a melodia, que é executada por ele, com nossos barcos aproximados, colocamo-los no rio e, juntamente, com suas correntes, vamos navegando e, juntos, seguimos a sua regência, cantando-a juntos com ele...
E, de fato, quando retornamos, desse passeio, parecemos pescadores de contentamentos, garimpeiros em busca da jovialidade, que suas melas parecem nos oferecer por toda a nossa vida, afora...
Porém, enquanto o rio corre na perfeita paz, marcando o tempo dos nossos pensamentos, com seus cantares, nossas palavras parecem suspensas, no silêncio...
Já não eram meras palavras, mas pedras preciosas, que dançavam, à nossa volta...
Entorno de nós, corria o rio do mistério... E era, justamente, esse mistério, que nos dava a certeza de que pequenas janelas são abertas, com suas melodias...
Marilina Baccarat no livro "Corre Como Um Rio" página25
13/03/2019
Bom dia
Meu rio sorri feliz!
...tomou um banho e chegou no seu destino, tão límpido como nasceu.
Apesar de toda injúria e poluição que recebeu de um povo que lhe transferiu tudo que possuía de amargo e ruim.
Não se abateu e, em seu curso visitou muitos regatos e cachoeiras que lhe purificaram e lhe devolveram a dignidade de fruir.
Quando o mal de acolher, não se alarme, passe pelo que convém, purificando e livrando-se de tudo que te impede de crescer e exercer o direito de ser.
A pureza espiritual ilumina o ser, como também seus caminhos a seguir, impedindo que se desvie de seus objetivos e encontre a plenitude que necessita e busca.
Sorria... o dia lhe saúda, sorri e lhe estende às mãos para viver!
13/03/2019
O tempo é senhor do destino
Segue seu rumo,
como um rio que segue desviando de obstáculos e contornando montanhas,
Em alguns trechos mostra-se revolto e em outros como remanso,
como se detivesse para admirar a paisagem que fica.
Por onde passa deixa um pouquinho de si e,
e leva também um pouquinho do que lhe oferecem em cada lugar.
Tem tempos na vida que nosso tempo é abrupto,
por todos lados que se vira lhe falta saídas e soluções,
enquanto em outros tudo se abre para o bem e o bom.
Tudo é relativo.
Tem tempo pra tudo, sorrir e chorar,
lamentar e comemorar, abrir e fechar, versos e reversos.
Se o tempo lhe é favorável, não o perca de vista,
embale e acalente seu tempo com alegria e amor.
Se porém o tempo não estiver favorável,
aguarde com paciência,
até que lhe cesse o mal humor e novamente volte a bailar.
Dizemos que: "O tempo vale ouro!"
Com certeza, não deve ser desperdiçado, mas sim, plenamente utilizado para o bem.
Acrescente valores ao seu tempo,
Faça-o à sua personalidade e modo de ser,
para que em todos ambientes que se fizer presente
lá se encontre o encanto e a magia que carregas e possuis.