Rio
Claro que eu choro as minhas lágrimas são constantes estranho e quem acha que eu só rio no momento de tristeza, eu sou uma rapariga sensível eu choro pelos fracos e pelos oprimidos e pelos oradores eu posso ate ser fria mas tenho sentimentos
Porque não te ter é como rio sem mar, areia sem praia, chuva sem frio...porque não te ter é noite escura, rua deserta, vento sem folhas, domingo sem sol...porque não te ter é dança sem ritmo , versos sem prosas...porque não te ter é pássaro na gaiola, verde sem mato, sede sem água...porque não te ter é beijos sem gosto, abraços sem calor, pierrô sem colombina...porque não te ter é barco sem remo, flores sem cheiro...porque não te ter é tarde sem músicas, noite sem sonhos, madrugadas frias...jogador sem bola, cantor sem violão.
Porque não te ter é poeta sem poesias, palhaços sem sorrisos...eu, só...solidão !
Fui ao mar roubei as águas
Fui ao rio tirei as pedras
Fui as ondas busquei a calma
Fui ao sol trouxe o calor
Fui ao vento suavizei
Fui a noite trouxe as estrelas
Fui as rosas roubei o cheiro
Fui as folhas fiz a cama
Fui a lareira pedi o frio
Fui a praia trouxe areia
Fui a noite me fiz sonhos
Fui pássaros para cantar
Fui aos versos para rimar
Fui a rima para ser prosa
Fui a música para tocar
Fui as letras ser canção
Fui as memórias lembrar saudades
Fui as saudades para lembrar
Fui ao poeta fiz poemas
Fui aos desejos apaixonar
Fui as cores fiz fantasias
Fui as vontades fiz ilusão
Fui ao teu corpo matei de cheiro
Fui aos teus olhos me encontrar
Fui saudade
Fui desejo
Fui vontade
Fui sedução
Fui amar
Fui te querer
Fui te seduzir
Fui você...
RIO DA VIDA!
Nos olhos nascem afluentes
de um coração transbordado
na alma segue a corrente
de um sonho que foi ilhado
e no rio do meu presente
correm as águas do passado.
Sem falar das manchetes,
a cada meia hora
Cabral escraviza índios,
nossa tribo colabora
Rio pra Pan,
Olimpíada e Copa?
Cadê o Rio para o Carioca?
Prece de um Mineiro no Rio
Espírito de Minas, me visita,
e sobre a confusão desta cidade
onde voz e buzina se confundem,
lança teu claro raio ordenador.
Conserva em mim ao menos a metade
do que fui na nascença e a vida esgarça:
não quero ser um móvel num imóvel,
quero firme e discreto o meu amor,
meu gesto seja sempre natural,
mesmo brusco ou pesado, e só me punja
a saudade da pátria imaginária.
Essa mesma, não muito. Balançando
entre o real e o irreal, quero viver
como é de tua essência e nos segredas,
capaz de dedicar-me em corpo e alma,
sem apego servil ainda o mais brando.
Por vezes, emudeces. Não te sinto
a soprar da azulada serrania
onde galopam sombras e memórias
de gente que, de humilde, era orgulhosa
e fazia da crosta mineral
um solo humano em seu despojamento.
Outras vezes te invocam, mas negando-te,
como se colhe e se espezinha a rosa.
Os que zombam de ti não te conhecem
na força com que, esquivo, te retrais
e mais límpido quedas, como ausente,
quanto mais te penetra a realidade.
Desprendido de imagens que se rompem
a um capricho dos deuses, tu regressas
ao que, fora do tempo, é tempo infindo,
no secreto semblante da verdade.
Espírito mineiro, circunspecto
talvez, mas encerrando uma partícula
de fogo embriagador, que lavra súbito,
e, se cabe, a ser doido nos inclinas:
não me fujas no Rio de Janeiro,
como a nuvem se afasta e a ave se alonga,
mas abre um portulano ante meus olhos
que a teu profundo mar conduza, Minas,
Minas além do som, Minas Gerais.
***
Amém.
Na beira do rio
Já não estou tão inteira
Pra subir esta ladeira
Que antes toda faceira
Fazia isto na brincadeira...
Hoje o entardecer é bucólico
O nhambu chora melancólico
Às margens do rio que já foi histórico
De pescador todo eufórico...
Este corredor de chão batido
Outrora todo florido
Anda tão duro e ressequido
Chora baixinho e sentido
Por falta de chuva acometido...
mel - ((*_*))
As opiniões que seguem a corrente são como carcaças de animais lançadas ao rio: inertes e em processo de putrefação.
Nas melhores das noite
De olhos fechados , onde as águas corriam no corpo
como um rio até chegar ao mar
da estrela que ofuscava e não parava
eu estava lá , multidões vazias , ou vidas mortas
achocolatado com canela, fumaças de um vivente
vim de outra galaxia ,e ser a partícula boa dela
mas somos um só, e estou pagando as contas de todos
eu sei , eu sei .
Eu me faço , eu me vivo
Nasço ;cresço , reproduzo e morro.
Morada
Teve um dia que tinha um rio correndo na palma da minha mão.
Segurei esse rio pensando que de um lápis se tratasse.
E tentei escrever um poema na pele de um passarinho encostado ao chão.
Tentei também fotografar à voz de uma árvore.
Entretanto só consigui beijar o corpo da luz.
De súbito nasceram grãos de água do lado de dentro da minha alma. Fiquei feliz por ter tentado construir uma casa com poesia na
imaginação.
No entanto, o que aprendi mesmo foi que à minha única vocação é estar sozinho. Desde àquele dia minha alma passou a ser à morada do ciclo do vento.
Morgado Mbalate
Poema distiguido no Solar de Poetas na
semana de 25 a 31 de Maio de 2014
“Sou boba sim, rio e sorrio do nada, por coisa pequena, aprecio detalhes. Bom. Porque não rir? Ao menos se eu fosse morrer ali, no momento seguinte, eu ia poder ter a certeza de que deixaria o melhor de mim pra ser lembrado. O meu riso amarelado.”
Eu não quero um peixe!.
Eu quero o rio, o mar e o oceano..
Eu não quero um peixe!.
Eu quero a linha, o anzol e a vara de pescar!
Eu não quero migalhas, nem metades!
Eu quero tudo, eu quero inteiro..
Voçe é a pérola, e um pequeno rio desta vida, que ocupa sempre, o maior lugar do mundo!
sempre amável,
e muito eficaz, com este sorriso lindo, que desperta os cegos,
este olhar maravilhoso, que engana os sérios.
e voçe pensa e age, com se fosse a mais sábia do mundo.