Rio
Toda essa dor me cansa. O meu corpo tão frio, o lençol quente. É como o leito de um rio que congela e não sente.
"MARGENS"
Sentei-me a beira do mar
Sentei-me a beira do rio
Molhei os pés na agua salgada e doce
Senti os teus beijos salgados e doces
Com sabor....mel e limão
Nas suas águas salgadas e doces
Com os teus braços fortes
Em volta do meu corpo, estremeço de arrepios
És quente, doce e salgado
Como o nosso amor que é só nosso
Ficamos a beira do mar....a beira do rio
Com a chuva que cai aquecendo os nossos corpos
A nossa alma e o coração
Nas margens do rio....a beira do mar.
Ignore tolices e priorize relevâncias, pois quanto mais profundo for o rio, mas forte será a vazão de suas águas!
Entre chuva e lágrimas, muita coisa
Desce rio abaixo. Muita coisa
Vai junto a essa correnteza
De incertezas.
Efêmero, passageiro e breve
É o amor, é a dor, é o tempo.
É o pular entre vírgulas,
É represa que rompe.
É a reticência sem ponto final,
É a vida, a continuidade.
São involuntárias mutações
E transformações.
Viver segundo a vontade de Deus hoje, nos exige buscas para que a justiça corra como um rio que nunca seca(...)
“Planeta Terra”
Terra Boa Pra Plantar
Rio Limpinho Pra Nadar
E Nos Vales, Cachoeiras
Tem Florestas, Tem Palmeiras
Um Passarinho Pode Voar
Pra Outro Ninho Outro Lugar
Céu Azul Lá No Sertão
E As Estrelas Da Pra Ver Do Chão
Planeta Terra é Bom te Amar
Semear o Fruto Que Você Dá
Planeta Terra Um Coração
Batendo Forte Na Imensidão
Lindas Flores A Perfumar
Tem Borboletas Pelo Ar
Um Leão Fera Selvagem
O Deserto Uma Miragem
Cravo Canela e Pimentão
Nabo Quiabo e Jamelão
Um Beija Flor e Uma Hortência
Outra Cor e A Mesma Essência.
Planeta Terra é Bom te Amar
Semear o Fruto que Você Dá
Planeta Terra um Coração Batendo Forte
Na Imensidão
Quero porque quero um rio, uma cadeira, um olho preto, uma saidera e um pouco de flor no jardim.
Quero porque quero um aniz estrelado e uma pitanga, pra me fartar de cor e me sentir cada dia mais feliz.
“As veredas da justiça, são como árvores juntas à regos de água de um rio, cujo fruto vem na sua estação e cuja folhagem não murcha e tudo o que fizer será bem sucedido.”
Riacho Doce...
Água doce do rio
molejo dos olhos
traz pétalas navegantes
que se acomodam tranquilas
na inúmeras orlas dos cílios
olhar de cachoeira,
brilhante no sol a pino,
embala pétalas soltas,
que dormitam sossegadas
nas curvas, formando fios.
E criam desenhos de sonhos
evocam amores distantes
nas águas doces dos rios.
Mensageiras da esperança
as pétalas liberam aromas
tão doces quanto os amores
acolhidos à beira do rio
e a poesia rola solta
na pele umedecida
pela doce água do rio.
Brisa de cangote
Flutuar feito os pés do filho
Vir do Mar quando enverga
Não é Banzeiro do Rio
São as ondas da praia
Oceano das marés
Sobe e desce na lua certa
Amo enquanto sofro
Não choro de felicidade
Mas rio do meu amor
Certo seria eu não rir nem chorar
Mas quem há de compreender o meu amor?
Amo
Enquanto é possível amar
Desde o dia que chegamos ao mundo
Navegamos em frente
Num rio a fluir
Caminhos fluindo rumo a algum lugar
Caminhos que escolhemos
Córregos e canais que percorremos
Vivendo de escolhas
Navegamos em frente
Na impermanência das coisas
Vivemos a sentir
Este rio fluir
Até encontrarmos nosso caminho
Então um dia chegaremos ao mar
No fim de tudo
Vivemos para percorrer
Este rio que um dia irá terminar
Rio e mar, se encontram nos olhos
Rio e mar, dançam nas flores
Rio e mar, se entregam na poesia
Rio e mar, se tocam na música
Rio e mar, se abraçam no vento
Rio e mar, lembram momentos
Rio e mar, recordam saudades
Rio e mar, viajam nas ondas
Rio e mar, brincam na areia
Rio e mar, sorriem de tudo
Rio e mar, vivem lembranças
Rio e mar, correm na praia
Rio e mar, se vestem de sonhos
Rio e mar, se fazem versos
Rio e mar, se perdem no olhar,
Rio e mar, desejam abraços
Rio e mar, rolam na chuva
Rio e mar, somos nós.
Existe um rio
Aqui, existe um rio de águas tranqüilas.
Este rio é um mistério no cemitério, ninguém teve idéia de onde ele surgiu.
Eu, o olho de uma forma que não consigo enxergar meu reflexo sobre ele.
Sinto muito frio, muito frio mesmo.
Tanto frio que penso em estar no inferno congelando.
Posso apostar que nenhuma alma chegou a este lugar antes.
Este é um lindo lugar de águas escuras.
É tão sombrio que vejo rostos me olhando no fundo deste rio.
Na verdade, quero deitar-me nos braços (as margens) dessas águas e não mais acordar, porque é lindo estar aqui.
Sei que não posso beber desta água, pode ser muito salgada.
Pretendo admirá-la.
De repente, as águas começaram a secar e aquele rio frio morrendo, morrendo e morrendo.
Então, percebi que não era o rio que estava morrendo mas, sim minhas lágrimas. Minhas pálpebras que começaram a doer e minhas lagrimas não demonstraram tristeza.
Meus sentimentos estão fracos por estar aqui.
Este lugar não demonstra nada para mim.
Em um mundo tão grande, o tédio é maior ainda.
Vá..
siga em frente,
atravesse a ponte,
a felicidade pode estar
na outra margem do rio.
Se você não atravessar,
não irá alcançar!
Drasticamente, correntezas destruíram o leito da minha alma. Agora, restam apenas convergências, rios menores que desaguam num belo jardim.