Rio
Rio Doce / Princesa Isabel (Sem estética)
Diante tanta formosura
Quase fui atropelado,
Abestalhei-me com o Palácio
Enquanto atravessava a rua;
Tive que voltar pra casa
Quando a noite se anunciou,
Dei com a mão, driblei camelô,
Subi, paguei, fui numa lata
No caminho da regressão
Passei pelo o cais Santa Rita,
Ali, faltava era gente bonita
E um tanto de organização;
Quase esquecia! Um pouco antes
Passou o Forte das Cinco Pontas
E uma curva que deixava tonta
A cabeça de qualquer pensante;
Em um retorno meio horizontal,
Eu vi o Capibaribe e o antigo
Confesso que um pouco aflito
Por me despedir do cartão-postal;
Passei pela Cabugá
Em um dia de sorte
O acelerador ia tão forte,
Nem semáforo podia parar;
Após deixar o Espaço Ciência
Varie o varadouro numa curva,
Entrei em Olinda debaixo de chuva,
Tinha a mesma alegria e essência
Achei que tinha vindo me encantar
A chuva escorrendo seu corpo gelado
Descendo no embaraço da janela ao lado,
Mas por causa dela, não vi a orla passar
Entristecido, resolvi me entregar a chuvarada
Quando puxei a corda que me fazia zarpar
Percebi o que o destino queria me mostrar
De uma forma simples e bem clara
Que tarde ou cedo, a tempestade se vai
Que é só o vidro que fica molhado
Cabe acreditar que do outro lado
Está a paz, onde só o descaso cai
Pensei, segui invertendo
Voltei pela a praia a pé,
Devagarinho subi a sé,
E lá, descansei sereno.
O tempo é contraditório, entra sempre em desacordo comigo, é lento quando choro, e rápido quando rio.
Eu rio pra esconder minha tristeza,
me faço alegre, mesmo na amargura.
E o falso me corrói, numa tortura,
mas a verdade dói por natureza...
Não riu,
Não rio,
Não mar,
Não mais,
Se afogou,
Sem rir,
Sem mar,
Sem mais,
Sem palavras,
Se afogou nas atitudes,
Sem mar,
Sem amar,
Sem rir,
Sem pensar.
O rio minguou diante da escassez de chuva, que anteriormente alimentava fartamente a sua nascente; só restou as lembranças do tempo de fartura, de abundância de peixes.
Hoje canto
amo e rio
outras vezes
sou choro
riso, lágrimas
paraíso, encanto
desespero, sonho
enamoro-me e desencanto-me!
Escrevo, canto, choro e rio, a cada momento feliz por estar vivo.
Rio, escrevo, canto e choro, não o que perdi, mas o que joguei fora.
Choro, rio, escrevo e canto, o amor que senti, sinto e que ainda há de vir.
Canto, choro, rio e escrevo, cada passagem como um diário, ao qual recorro quando começo a esquecer de mim e da razão das histórias que vivo.
De tanto trancar a porta, tem horas que esqueço o que tem do outro lado.
As vezes pode ter um rio de novas emoções, um jardim repleto de borboletas.
O perfume inesperado de alguém que me faz falta.
As novas nuvens com sabor de algodão, o amor sem razão.
De tanto se trancar para o medo, a coragem se perde no caminho.
É preciso nova força e renovação, coisa de alma, tem que vir de dentro.
Dê um novo passo, a porta ainda está aberta.
É tempo de renascer
Nas barrancas do rio
os homens contam histórias
Nas barrancas da vida
elas ficam em nossa memória...
mel - ((*_*))
Muitas vezes,
observava o rio
que passava quieto
e parecia nem mover-se
para não interromper
meus pensamentos.
Nas águas
turbulentas
do rio
o pescador
aguarda
paciente
a fisgada
do peixe...
Nas águas
turbulentas
da vida
o homem
se esforça
para não
ser fisgado
pelos
sentimentos
violentos...
mel - ((*_*))
O meu sangue corre como um rio...
corre o meu sangue para o mar...
num galope bravio, ritmo acelerado
para onde acena a tua mão ou não.
Pelas suas ondas revoltas e sombrias...
seguem desesperadamente loucas...
todas as minhas pedras soltas..
deixadas com a máxima fantasia.
Ouve ao longe, no tumulto sombrio...
passar as correntes do inferno...
na luta da luz com as trevas...
para onde vão todos os sonhos..
que me levas...ao menos para o mar.!!!
Será que sobrevivo até o amanhã?
Às águas de um rio correm como de costume fazendo o que deve fazer, nascem em um ponto e morrem noutro, de um ponto ao outro são felizes, porque nasceram para fazer aquilo.
Mas às vezes caem pedras e troncos no rio e impedem de concluírem seu trajeto, o rio transborda e o outro lado seca.
Assim são as arvores que nascem com o propósito de cresceram e gerarem frutos, mas vem o lenhador e a impede de crescer, de viver e de ser.
O caminho da felicidade torna-se então quase que inconcebível.
É certo que o sofrimento nos torna forte, mas também fragmentam nossas esperanças, sonhos e virtudes, nos tornando sem percebermos pedras e troncos para outros.
Semeadores da desigualdade
sedentos de riqueza e de poder
homens sem amor
eles tem um rio de dinheiro
e o que não banha o lar dos meus irmãos
nem passa, perto do lar dos meus irmão
Viva as estações da alma. Vez eufórica, vez impassível . A Alma é como uma onda de um rio qualquer que vem e vai e tudo depende tão somente de como anda a maré. Kurt S.