Rio
Eu profetizo uma palavra de cura sobre a sua dor e um rio de vida no lugar que secou.
Eu declaro: hoje o seu choro acabou! assim diz o Senhor. Tenha um ótimo dia !
As águas de um rio que correm só passam uma vez e nunca mais volta a passar a mesma água.Assim também são os dias de nossas vidas.
Um ano difícil se vai.
Sobrevivi!
Outro chega, como um rio de águas barrentas.
Preciso colocar meu barco neste rio.
E navegar.
Moisés
Rio, doce manancial de água purificadas.
Berço de suave esperança.
Entoando cantos de niná, tráz a criança.
Num lindo e açucarado cestinho.
À tua margem se teceu um ninho.
Onde, ansiosamente aguarda,
dois braços abertos que mais parecem asas.
Berço guardião terra...desembocadouro Mar!
☆ Haredita Angel
Os bandidos do Rio decidiram: "Acabou esse negócio de zona norte, zona sul, zona oeste e por aí afora... O Rio inteiro, agora, é uma zona".
Há um rio abundante e cristalino para aquele que bebe da sua fonte, pois suas águas jorram para a vida eterna.
*
✍️
"Enquanto for um tranquilo RIO,
ah, eu SORRIO
e deslizo entre pedras e pedregulhos,
afinal dos meus olhos
nada escapa enquanto estiverem abertos..."
***
(Francisca Lucas)
Mafra da Minha História
Mafra nascida de dentro
da bela Rio Negro paranaense,
emancipada filha do nosso
Planalto Norte Catarinense.
Mafra que trago no meu
peito a História e a sua gente.
Mafra minha História de amor
atemporal que nas estrelas
foi pela mão de Deus escrita:
és amor para a minha vida
desta Santa e Bela Catarina.
Da Mafra da minha História
nunca na vida me esqueci,
Que ela nasceu da luta
da tropa que pediu abertura
de caminhos e que nem
o tempo apagou de mim
tal qual o aroma do jasmim
do jardim da memória.
Mafra batizada fostes com
o nome do filho do Major,
Mafra abatida e erguida
pela Guerra do Contestado,
Mafra amor da minha vida.
Minha Mafra fostes
colonizada por imigrantes
alemães, ucranianos,
poloneses, bucovinos e italianos,
Mafra amor para toda a vida
e sempre presente nos meus planos.
Minha Mafra sempre
relembrada com orgulho
por tudo o quê fostes, és e serás,
Mafra és amor para toda a vida
que canto para toda Santa Catarina.
O caudal de um rio
É feito dos seus afluentes,
É a língua portuguesa que falas e sentes,
É a nossa grandeza cheia de brio,
A poesia falada em português,
É a língua com mais gratidão,
È do mundo e do nosso coração,
Ela é da maiores sem porquês.
Em português dizer obrigado,
Por algo que alguém fez por nós,
É portuguesa, é a nossa voz,
Ela é do mundo, do presente e do passado,
Que vem de tão longe meu irmão,
A língua portuguesa é de continentes,
Que une no mundo tantas gentes,
Que é falada e vem de dentro do nosso coração.
A nossa língua é nossa é do mundo,
Quem de tão longe e não se perdeu,
A nossa língua é eterna e chega ao céu,
E até passa pelos oceanos tão profundos,
Levada pelos nossos antepassados,
A quase todos os cantos desta Terra,
É a nossa língua que é da primavera,
Por terra e por mares navegados.
A nossa língua é portuguesa, a nossa pátria,
É a nossa mãe que nos une a todos nós,
É forte e linda e cantada a um só voz,
E com ela se canta o fado pela guitarra,
É o seu hino, os heróis do mar,
Que a cantamos com a mão no coração,
Representa esta terra esta pequena nação.
E com orgulho dizemos, navegar, navegar.
Jogando fora uma oportunidade
Certa manha bem cedo, antes do nascer do sol, um pescador foi ao rio.
Chegando a margem, sentiu alguma coisa sob seus pés, e descobriu que era um saquinho de pedras.
Ele apanhou e, colocando sua rede ao lado, sentou-se na margem do rio para esperar o sol nascer.
Esperava pela alvorada para iniciar seu dia de trabalho.
Preguiçosamente, pegou uma pedrinha de dentro do saco e atirou-a a água.
Depois apanhou outra e mais outra, na falta do que fazer, continuou jogando as pedrinhas na água, uma após outra.
Lentamente, o sol foi surgindo e iluminando.
A essa altura ele já havia jogado todas as pedras, menos uma, a ultima ficou em sua mão.
Seu coração quase parou quando viu a luz do dia, o que segurava nas mãos.
Era uma pedra preciosa. Isso mesmo; eram diamantes.
No escuro, ele havia jogado um saco inteiro delas, o que havia perdido sem saber.
Cheio de pesar, amaldiçoou a si mesmo. Lamentou-se, chorou e quase enlouqueceu de desgosto.
Acidentalmente, havia encontrado a possibilidade de enriquecer pelo resto da vida, mas na escuridão, por ignorância havia perdido a chance.
Por outro lado, ainda teve sorte, sobrara-lhe uma pedra, a luz havia surgido antes que ele a tivesse jogado.
Geralmente as pessoas não tem tanta sorte.
Há escuridão por toda parte e o tempo voa.
O sol ainda não surgiu e já desperdiçamos todas as pedras preciosas da vida.
A vida e um imenso tesouro e o homem não faz nada alem de jogá-la fora.
No momento em que compreendermos a importância da vida, o tempo já passou.
O mistério, o segredo, a graça, a redenção, o paraíso, tudo e perdido.
E a vida é desperdiçada.
Eliezer Lemos
O tempo escorria feito rio de lagrimas em noites tempestuosas, tudo tão mórbido diante dos meus olhos e eu paralisado diante do espelho vendo tudo em frações de segundos; estava inerte, como uma folha seca dominada pelo vento prestes a tocar o chão.
Não percebi que, a cada dia, eu desaparecia na neblina que cobria os meus olhos; não percebi que meus passos ficavam lentos, minha voz rouca, minhas mãos frias, minha companhia distante da realidade; era ausente em minha própria vida.
Que péssimo habito de compreender as coisas quase que tarde demais, ás vezes é por falta de raciocínio, outras vezes é por puro relaxo; o tempo corre e a vida costuma nos mostrar isso de varias maneiras e de diversas formas.
Receber um tapa na cara ás vezes acaba colocando a mente para trabalhar novamente, é como um choque de realidade injetado na veia; parece que sempre nos restará despertar através da dor, isso não é uma escolha, é uma consequência.
Os dias seriam sempre os mesmo se eu continuasse apenas observando a vida por um ângulo de vista; há muitas possibilidades em um único dia e seria tolice permanecer olhando a vida apenas por um ângulo da janela da minh ‘alma.
O Burro carregando o sal
Um burro atravessava um rio carregando sal. Como escorregasse e caísse na água, o sal derreteu e tornou-se mais leve. Feliz com isso, quando certa vez passava novamente perto do rio carregando esponjas, acreditou que, se caísse de novo, também aquela carga se tornaria mais leve. Então, escorregou de propósito. Mas aconteceu-lhe que, como as esponjas absorveram a água, ele não pôde mais levantar-se e ali morreu afogado.
Essa é nossa jornada
"A vida é como um rio
Que corre para o mar
E evapora até nuvem formar
E esta nuvem ela fica carregada
Volta pro mesmo rio
Essa é nossa jornada
E este rio deságua no mar
A vida é um ciclo temos que respeitar
Não adianta nadar contra essa correnteza
Temos de saber lidar
Com os mistérios da natureza
Quando a morte chegar
Ainda poderemos estar vivos
No pensamento de alguém
Na leitura de um livro
Ou então numa bela canção
Que representa uma forma de oração."
inconscientes andamos através de pedras pontiagudas, inconsistentes atravessamos um rio que nos afoga, inconformados desviamos de caminhos que nos fazem tropeçar. Inconveniência, sim, inconvenientes nós somos por dizer aquilo que não é dito. Palavras duras são doloridas, atravessam o corpo como uma espada, machuca até mesmo o coração.
Se insultarem um rio ele irá continuar a correr e não parará sequer para ouvir as vossas palavras. O mesmo não acontece com a vida das pessoas, que após marcada por algo não voltará a correr da mesma maneira.
Navio-esquife
Correm as águas do rio
Corre veloz o navio
Entre as faces do vento
Entre as faces do tempo
Corremos nós.
Ao abraço de que foz
Viajam as águas
Viajamos nós?
Árvores nas margens
Céleres passam
Sob remansos de céu
Onde se apaga o sol.
Eis que longe o porto acende seu colar de luzes:
Grinalda para os mortos
Que no navio-esquife
Ante-somos todos.