Rio
“MAR DO SERTÃO”
Rio São Francisco - deslumbrante que chamamos carinhosamente de “Velho Chico” com suas águas cristalinas, onde a noite a lua observa lá do alto o seu leito através de uma lente própria soltando flash e deixando um lençol brilhoso flutuando em sua superfície.
Lá no “Velho Chico sertanejo”, existe a simplicidade diante de anos e anos de existência, fazendo parte de uma natureza aconchegante, onde almas saudosas se lavam nessas aguas claras por fios brilhosos vindo do alto dos céus. É lá onde o silencio perpetua harmonizando canções ocultas que só os anjos daquele lugar se beneficiam ao escutar.
Lá os pássaros que em cantoria rodopiam flutuando com toda liberdade sem medo de arriscar alguns voos rasantes. Onde passa um suave cheiro de perfume vindo de flores que florescem as margens e deixam transportar uma sensação refrescante.
É o mar dos sertanejos, onde algumas palavras de sabedoria já foram ditas e ouvidas por anjos sem maldades e malícias. Lá os peixes vivem como verdadeiros donos daquelas aguas calmas, que a lua tem como espelho e o vento baila sem tocar fazendo pequenas e suaves ondas.
No “velho Chico” sertanejo, tem um amanhecer com a presença do sol sem raios e nem calor, simplesmente uma bola amarela que de longe observa um manto verde/azulado de águas que deslizam sem pressa para o oceano.
(Maria Araújo)
(Esse cantinho do Velho Chico fica em Petrolândia-PE. Uma bela cidade serena e aconchegante onde abriga a Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga e é conhecida como sendo a Capital Pernambucana da Coconicultura).
Rio Grande velho de guerra,
O berço dos Farroupilhas,
Sou cria desta terra,
Percorrendo várias trilhas,
Enfrentando obstáculos,
Sem medo nenhum de encarar,
Assistindo muitos espetáculos,
Mas quem sou eu pra julgar,
Sou simples, humilde, sensato,
E o meu caráter é virtude,
Tenho o dom de ser pacato,
Responsabilidade na atitude,
Sou gaudério, sou cancioneiro,
E admiro a coisa certa,
Sou amigo, sou companheiro,
E também hospitaleiro,
Se aprochegue que a porteira está aberta...
Prenda linda do Rio Grande,
Perfeita que nem à Natureza,
Em qualquer chão que tu ande,
Deixa para os fãs à beleza...
Sérgio o Cancioneiro.
O amor é uma ponte sobre um rio furioso; Amor é o rio lá em baixo, é o atravessar a ponte, é mergulhar no rio.
"Devemos observar a natureza e fluir como um rio que se desvia de obstáculos, muda seu curso mas sempre segue seu caminho porque tem um objetivo maior: o grande mar. O grande mar da nossa vida está à nossa espera, mas se ficarmos empoçados em algum obstáculo ao invés de contorná-lo, nunca chegaremos a lugar algum"
Poesia Gaúcha
Ser tradicionalista
Ser tradicionalista é ser do
Rio Grande do Sul.
Ser tradicionalista é gosta das danças dos ctgs.
Ser tradicionalista é gosta de toma chimarrão e de
Comer churrasco.
Ser tradicionalista é gosta do grenal.
Ser tradicionalista é gosta de poesias, de musicas gaúcha.
Ser tradicionalista é gosta de cavalo e de rodeio.
Ser tradicionalista é gosta do enart.
Ser tradicionalista é gosta da semana farroupilha.
É esperar a chegada da chama crioula.
Ser tradicionalista é colocar uma pilcha
Bem gaúcha.
Ser tradicionalista é ter um
Campo pra fora.
Ser tradicionalista é ser
Gaúcha e gaúcho de verdade.
Ser tradicionalista é ter o coração na
Cores verde,vermelho e amarelo.
Ser tradicionalista é gostar de ir pra fora.
Ser tradicionalista é gosta do céu azul.
Ser tradicionalista é nascer nesse campo do nosso
Rio Grande tradicionalista gaúcho.
O POÇO DA PANELA
Num remanso bucólico e sombrio
Onde atenua a marcha o grande rio,
À sombra de recurvas ingàzeiras,
Batem roupa, cantando as lavadeiras.
Prazer do Destino
Não acredito mais em encenações.
Não rio mais de meros bordões.
Não sinto mais o mesmo prazer ao fazer o que eu fazia.
Não vejo mais sentido em ter o futuro que eu queria.
Tudo que eu quero é ficar em meu mundo, sonhando com o que talvez aconteceria se talvez um dia eu não fraquejasse e sucumbisse a minha própria agonia.
Agora do destino fico a mercê, esperando o dia em que ele me faça crescer, e se isso não acontecer jamais, talvez em me faça então, descansar em paz.
Eu só peço um dia de plena alegria.
Se hoje sou um fracasso, é por não aprender a viver no passado.
E sanidade, pra mim era a mais pura bobagem.
Sou um ser humano e só aprendi a ser insano.
Sou um ser humano e só aprendi a ser insano.
Não conheço mais quem eu sou realmente.
Não senti mais a vontade de seguir em frente.
Não encontro mais ninguém para me confortar e me fazer forte.
Não há mais inspiração, então só me resta a sorte.
Lembro-me do tempo em que eu queria mudar, parece que tudo ia dar certo, mas talvez o destino decidiu que eu não tinha esse mérito, me arranco a vontade e me deixou descoberto.
Não sei se sinto ódio, medo, ou esperança, no fundo ainda sou criança, maltratado pelas minhas próprias vontades não realizadas e por sonhos por vezes bisonhos.
Eu só peço um dia de plena alegria.
Se hoje sou um fracasso, é por não aprender a viver no passado.
E sanidade, pra mim era a mais pura bobagem.
Sou um ser humano e só aprendi a ser insano.
Sou um ser humano e só aprendi a ser insano.
A chuva cai lá fora e um rio transborda dentro de mim,como eu queria não me sentir assim,sua ausência dói tanto as vezes penso que não vou suportar como dói a dor de te amar e com voce não poder estar.
No rio de emoções do meu coração voce é o barquinho a
Navegar,as vezes tenho medo de te machucar, nem sempre sou mansa,minhas águas ficam turvas me perco no breu, só quero que voce seja meu.
Atras das palavras
me escondo
Entre as letras rio e choro
Só eu sei
Ponho sons nos sentimentos
Dou cor ao que esta cinza
Só eu vejo
Viajo com as gotas de chuva
Sonho no brilho das estrelas
Brinco com a lua
Só eu sinto
Converso com o vento
Desabafo com o sol
ouço minhas lágrimas
Só eu escuto
Meus momentos
Minhas alegrias e tristezas
Minha vida, meu EU
O som das águas do rio é algo que traz à alma impressões ímpares de tranquilidade e nos remete às nossas origens, no ventre materno.
Todo rio chega ao oceano sem guias e sem mapas. Nós também podemos chegar ao oceano (...)
O rio se move, chega a uma bela árvore, desfruta-a e segue em frente; ele não se apega à árvore, ou o movimento pararia. Ele chega a uma bela montanha, mas ele prossegue, completamente agradecido, grato à montanha pelo deleite de passar por ela... O rio está grato, certamente grato, mas de maneira nenhuma aprisionado. Ele segue se movendo, seu movimento não pára.
[Osho]
"Pense na situação. A moça foi sequestrada no Rio de Janeiro, a caminho do trabalho. Num dia que era para ser igual a todos os outros. Foi esses sequestros relâmpago que chamam, nem tão relâmpago assim. Duas horas de arma na cabeça e o medo de nunca mais ver a família. Aí não deu outra, nunca mais conseguiu viver tranquila. Morria de medo de sair de casa, não dirigia, parou de trabalhar. Ficou com ódio de morar no Rio e veio pra Vitória. Que é a cidade maravilhosa em miniatura. Tem praia e tem sossego. Muito complicado, a pessoa não 'absolve' uma situação dessa.”
Foram horas de histórias e conversas interessantes com um motorista que me conduziu em um trabalho na capital capixaba. Seu Isaías, ele se chamava e levava na bagagem da vida mais conhecimento que muito recém-formado na universidade.
Seu Isaías me deu uma aula sobre a formação de Vitória, a disputa entre os povos indígenas, a fundação de Vila Velha, o ciclo do café, o desenvolvimento do porto, com números exatos sobre a dimensão da cidade e o número de habitantes.
Falou da sua família, dos quatro filhos, da horta que ele mesmo cuida nos fundos da sua casa.
"Sabe, eu não sou assim muito 'carnífero', ele confessou." Contando sobre as verduras que cultiva no jardim e os detalhes do plantio de cada cultura. Quando perguntei sobre a sua formação, ele explicou: "Minha mãe ficou viúva, eu ainda era pequeno, larguei a escola e fui ajudar na roça. Sou o filho mais velho, não teve jeito." E foi assim que Isaías largou o estudo na 3ª série do Ensino Fundamental, mas continuou aprofundando o conhecimento nos livros que trocava com os amigos que puderam continuar na escola.
Mas ele me contou orgulhoso que certa vez cruzou com um reitor de uma faculdade de Brasília, que boquiaberto com a sua cultura e conhecimento, orientou-o a prestar provas na Secretaria de Educação e restabelecer o seu grau de instrução escolar.
- Fiquei com a maior vergonha, sabe? Cheguei lá só tinha meninada. Todo mundo rindo do coroa aqui. Aí tirei média dez nas primeiras provas e 9,5 nas segundas. Hoje é como se eu tivesse me formado no Ensino Médio depois de ter estudado em casa.
E ficamos conversando horas sobre o nosso amor em comum pelos livros e pela poesia. Cada um compartilhando seus autores e obras preferidas.
"Eu tenho muitos livros em casa. Minha biblioteca é como a minha horta. É um outro canto onde eu planto em casa. Mas a terra é outra." Ele me disse e eu agradeci porque estava no banco detrás e pude disfarçar a emoção que me escorria pelo rosto.
Falamos de casamento, de amor, da paciência que é preciso para se estar junto.
Nesse ponto eu não consegui plantar, seu Isaías me disse. Nos separamos eu e minha esposa, mas temos quatro meninos lindos juntos.
É como diz um amigo meu: "Ninguém consegue amar e ser feliz ao mesmo tempo. Mas ser feliz eu tenho conseguido!". E rimos, nos emocionamos, dividimos as experiências que cada um leva cravado na pele e as alegrias que levamos vincadas no rosto.
Na despedida fiquei com umas palavras na garganta, foram elas suprimidas pelo abraço apertado de quem parece que já tem amizade faz tempo. Aproveitei para usar esse espaço, portanto, como desculpa. Porque o que eu queria mesmo era ter dito:
"Tudo bem, seu Isaías, tudo bem, são pessoas como o Senhor que me dão coragem para continuar acreditando nos homens. E não se preocupe, quem sabe a terra do amor um dia também não floresce para você. E talvez até a felicidade possa estar plantada nela. Com todo o caminho que o senhor percorreu sozinho, não vá agora desanimar".
Enquanto isso, pode ter certeza, absolvido o senhor está.
(Publicado pelo Diário Popular de Pelotas.)
Ela une todas as coisas
Como eu poderia explicar
Um doce mistério de rio
Com a transparência de um mar
Ela une todas as coisas
Quantos elementos vão lá?
Sentimento fundo de água
Com toda leveza do ar
Ela está em todas as coisas
Até no vazio que me dá
Quando vejo a tarde cair
E ela não está
Talvez ela saiba de cor
Tudo que eu preciso sentir
Pedra preciosa de olhar
Ela só precisa existir
Pra me completar
Ela une o mar
Com o meu olhar
Ela só precisa existir
Pra me completar
Ela une as quatro estações
Une dois caminhos num só
Sempre que eu me vejo perdido
Une amigos ao meu redor
Ela está em todas as coisas
Até no vazio que me dá
Quando vejo a tarde cair
E ela não está
Talvez ela saiba de cor
Tudo que eu preciso sentir
Pedra preciosa de olhar
Ela só precisa existir
Para me completar
Ela une o mar
Com o meu olhar
Ela só precisa existir
Pra me completar
Ela une o mar
Com o meu olhar
Ela só precisa existir
Pra me completar
Une o meu viver
Com o seu viver
Ela só precisa existir
Para me completar
Ela une o mar
Com o meu olhar
Ela só precisa existir
Pra me completar
As águas de um rio são levadas pelas correntezas até desaguarem em um determinado ponto, assim como sua vida que é levada pelas correntes do livre arbítrio que farão você escolher entre os caminhos do bem e do mal
A felicidade esta logo ali do outro lado da rua, ou na outra margens do rio, o problema é que as pessoas estão sempre precisando de alguém para segurar suas mãos e levar elas ate lá... são as inseguranças e o medos que tornam as pessoas infelizes. Quando passamos a caminhar com nossas próprias pernas, e não depender mais de ninguém, passamos a ser felizes, porque quando isso acontece não esperamos mais nada de ninguém. E quando não esperamos mais nada de ninguém, fazemos tudo sem esperar nada em troca. E quando não esperamos nada em troca, não frustraremos mais.. Então pra ser feliz não podemos depender de ninguém e nem esperar que as pessoas retribuam aquilo que fazemos para elas..
O tempo está sempre passando,
é como água de um rio,
a cada instante tudo muda.
Até a gente não é a mesma
pessoa de um segundo atrás