Rio
Se fico alegre, rio, mas não passo por cima de ninguém para ser feliz, sei o meu lugar; se sinto raiva, grito, bato, mas nada em vão e com toda classe do mundo; se sinto ansiedade, não paro quieta, mas isso só para tentar matar a ansiedade; se sinto medo, mesmo que seja do escuro, fico quieta e peço proteção, eu realmente não sou a Mulher Maravilha.
Se sinto saudade, falo ou vou mesmo, assim eu ache que devo, afinal, se não prejudicamos nem a nós e nem a ninguém, no fim das contas o que importa mesmo é ser feliz. O pior erro é se consumir sendo que podemos falar ou ir; se me sinto carente, peço carinho, principalmente quando tenho certeza que o terei, afinal, carinho é tão bom, não é mesmo?
Se amo é pra valer, pois amar vale a pena, mas só se for O Amor, eu preciso entender que é Amor com todo o seu encanto e força, até e principalmente nas crises e turbulências; se eu perceber que na verdade não era Amor verdadeiro, aquele que queremos envelhecer junto, vendo e tendo ruga feliz na nossa face e na face do outro, porque nos sentimos bem ao lado, porque nos sentimos protegidos e seguros como se o nosso querido Amor fosse de ferro, porque não queremos nem sair de perto e se saímos contamos os segundos para estar de volta, pois nos faz chorar de saudade, que nos completa pois a ausência nos faz sentir pela metade, que enxergamos naquele ser as nossas vidinhas ainda nem geradas, que dizemos que 'vai dar certo' e não 'se der certo', sem traição, mentiras, falsidades; se não for assim, deixo no esquecimento, porque se não é O Amor, não é nada e definitivamente não vale a pena. Não se diz "Eu Te Amo" para qualquer um, só para quem amamos de verdade e se não é Amor, logo notaremos e os 'eu te amos' infelizmente terão sido em vão e engano, mas o bom é que decepção não mata, ensina a viver. Apenas se odeio procuro esquecer, porque odiar dá rugas, ninguém merece.
Não sei viver de mentiras, não sou hipócrita, se for preciso digo na cara, entendendo que nem toda verdade precisa ser dita e quando for, temos que saber como, onde, para quem e quando dizê-la. Não aceito injustiças nem comigo e nem com os outros. Não engulo calada e nem parada, não sou de ferro e nem tenho sangue de barata. Não levo desaforo para casa, senão não consigo dormir direito e detesto insônia e olheiras, mas não faço nada se aquilo não me convém ou não compense nenhum segundo da minha atenção. Não me exponho em vão e não sirvo de palhaça para ninguém. Só uso as minhas emoções se realmente valer a pena, senão ignoro usando todo o meu desprezo, viro as costas, saio e deixo falando só. Me poupo de certas coisas pequenas que além de não se igualarem a mim e não serem dignas de minha atenção, podem causar cabelos precocemente brancos estragando minhas nuances loiras que completam minha personalidade e tudo sem perder a classe, porque cair do salto, não dá.
Não entrego o que é meu de bandeja, corro atrás dos meus objetivos e entre os meus projetos de vida não incluo desistir, além do mais, o que é para ser nosso ninguém tira e se não for para ser, o sábio tempo dirá. Só paro se vir que minha luta possa estar abalando o meu amor próprio, que sempre virá antes. Não confundo obstinação e objetivo com teimosia e burrice. Existe uma linha tênue entre os dois que não pretendo quebrar jamais, sabendo priorizar na vida as coisas que realmente importam e valorizando o que realmente tem valor, colocando sempre Deus em primeiro lugar e depois eu e eu de novo e de novo, amando os que nasceram para eu amar: família, amigos verdadeiros e o resto, se fizer por merecer.
Não desisto dos meus sonhos, pois tenho muita Fé em Deus, acima de tudo e desistir não combina comigo. Eu poderia correr atrás de algo, achar não ter conseguido e em um belo dia dizer que desisti pois já tentei demais e cansei ou simplesmente porque me acomodar e cruzar os braços seria bem mais fácil, mas eu prefiro não fugir da raia e tentar, mesmo que nem sempre alcance o sucesso pleno, então, visualizo minha meta, traço uma linha reta até ela, passo por cima de todos os obstáculos como um tratorzinho sem desviar ou ser desonesta com ninguém (honesta, sim; boba, nunca) e no fim tudo dá certo, de um jeito ou de outro.
Não sou inabalável, de jeito nenhum. Quem disse? Sou humana, erro e erram comigo. Caio sim, pois estamos todos sujeitos à queda, mas não sou do tipo que fica no chão, me lamentando pelos arranhões, eles saram e das cicatrizes, as lições. Sou do tipo que cai sim, mas que não desanima, reconhecendo com toda a humildade do mundo que caiu, aprendendo e tirando lições daquilo, mas, como diz a letra, levantando com certeza, sacudindo a poeira e dando a volta por cima refeita.
O tempo é como um rio só corre em uma direção , por isso trabalhe, lute, mas não esqueça a família os amigos e a diversão, não passe pela vida terrena, viva ela!
Distante, do RIo, me sinto um pouco traidora. Como uma espécie de avó que não assiste o próprio parto da filha, não escuta o primeiro choro do neto. Minha obrigação era estar lá, espiando o céu, junto com os outros, interpretando o barulho dos trovões, ou se não houver trovões, apurando o olhar e o ouvido para detectar por outros indícios a tristeza ou a esperança.
Sou a floresta e o rio preso naquela pintura,
Sou a parede branca suja por crianças,
Sou o hotel das pessoas de ontem,
Sou a música, sou a alma, tenho alma
[E um lápis
Sou um profeta do futuro,
Sou a casa da vizinha, você olha, mas não quer ver,
Sou a luz acesa, mas às vezes apago,
Sou o vaso quebrado e jogado e colado,
Sou da cor do céu, mas meu humor define qual tom,
Sou a poesia sem poeta,
Sou o cheiro que não senti da flor,
Sou intenção, me inventei e agora sou.
Gosto de ficar sozinha, n'um canto escuro me acho, rio de mim. O perigo jaz inerte, no entanto, o sinto.
“Um homem não pode entrar no mesmo rio duas vezes” (Heráclito)
Porque sempre este é renovado, por isso nunca se entra no mesmo rio.
Se um rio sempre é diferente quando se entra nele, pode-se concluir que sempre um rio nos remete ao desconhecido e invariavelmente o desconhecido se apresenta novo, com novas experiências, novas emoções, novas expectativas. Pode-se pensar, por conseguinte que há duas grandezas, o Eu e o Rio.
O Eu, neste sentido pode ser imutável e mutável. Imutável porque é o ser na sua parte orgânica. Mutável porque se refere a parte mais íntima do ser, composta pelo seu psique, desprezando-se a causa orgânica.
O Rio, a outra grandeza, se define por tudo que se relaciona com o Eu em suas duas concepções aqui estabelecidas. Partindo do princípio do Filósofo de que o rio sempre é outro, conclui-se que este tem a capacidade de modificar o Eu mutável, pois nos apresenta o novo.
Sempre que se entra neste rio, se tem uma nova experiência e consequentemente um novo aprendizado. Portanto sempre que se encontra com o rio sempre se muda.
Eu sou assim: preguiçosa, choro e rio demais nas horas mais erradas, me irrito muito fácil, tenho dificuldade de deixar as pessoas se aproximarem de mim, falo muitos palavrões, sou desesperada, gosto de comer no McDonald’s, não forço simpatia com ninguém, me apego fácil as pessoas, sofro muito com a saudade, sou chata, ciumenta, brincalhona, sensível ao extremo, me preocupo muito com os outros, julgo, sou julgada, erro, me arrependo, acerto. Quer gostar de mim? Goste pelo que eu sou. Não quer? Foda-se.
Corrente como água do rio, amor é e não é para todos. Vaza pela torneira, deságua no mar. Vida, amor, amor, vida. Enaltecido de tua fraqueza, canto a alegria que um dia soube chorar, mesmo aos prantos, acalanto a nobreza do amor que um dia se fez verdadeiro. Amor, vida, vida, amor. Amar por impulso, vivendo em ilusões descentes que um dia soube cantar. Vida, amor. Amor a vida!
Assim como de um rio poluído, não se pode tirar água limpa, da mesma forma de um povo incorreto não pode surgir um governante justo!!!!
Tango
As margens do Rio da Prata
não se sabe ao certo
entre Montevideo e Buenos Aires
nasceu nos bares
nos bordeis
bairros mais pobres
dança complexa
passos agressivos
evocam nos dançarinos
Drama...
Paixão...
A musica contas histórias
onde o homem sofre de amor
e a mulher é submissa
Tristeza...
Sofrimento...
são ritmados
por violinos
flautas...
violões...
e o bandonéon dá o acorde
que falta
Gardel...Magaldi e Piazzolla
enriquecem com voz
e letras romanticas
com muita sensualidade
que encanta esta dança.
(Fouquet, maio 2010)
Se quero me sentir na Califórnia, vou ao Rio.
Visitar os EUA? Vou a São Paulo.
Me sentir no Caribe? Vou ao Nordeste.
Para aproveitar a Europa? Vou ao sul.
Mas quando quero me sentir no Brasil?
Venho direto para Minas Gerais...
A MULHER.
Deus criou a humanidade
o rio a terra e o mar
a alegria o amor e o ar
a paz e a felicidade
ofereceu a bondade
a inteligência e a fé
detalhando por partes
dentre tantas obras de arte
a mais perfeita foi a mulher.
Hoje chove aqui em Rio Grande, e a chuva me traz uma lembrança de alguém que amei muito,...
E fico pensando como pode acabar um grande amor como o nosso,...
Até quando a empregada estava de folga eu fazia tudo,...
Seu almoço, sua janta seus cafezinhos,...
E mais alguns mimos e desejos seus,...
Um amor de cumplicidade mútua,...
De desejos completos,...
De aventuras realizadas,...
Por cinco anos,...
E de repente o fim,.
“MAR DO SERTÃO”
Rio São Francisco - deslumbrante que chamamos carinhosamente de “Velho Chico” com suas águas cristalinas, onde a noite a lua observa lá do alto o seu leito através de uma lente própria soltando flash e deixando um lençol brilhoso flutuando em sua superfície.
Lá no “Velho Chico sertanejo”, existe a simplicidade diante de anos e anos de existência, fazendo parte de uma natureza aconchegante, onde almas saudosas se lavam nessas aguas claras por fios brilhosos vindo do alto dos céus. É lá onde o silencio perpetua harmonizando canções ocultas que só os anjos daquele lugar se beneficiam ao escutar.
Lá os pássaros que em cantoria rodopiam flutuando com toda liberdade sem medo de arriscar alguns voos rasantes. Onde passa um suave cheiro de perfume vindo de flores que florescem as margens e deixam transportar uma sensação refrescante.
É o mar dos sertanejos, onde algumas palavras de sabedoria já foram ditas e ouvidas por anjos sem maldades e malícias. Lá os peixes vivem como verdadeiros donos daquelas aguas calmas, que a lua tem como espelho e o vento baila sem tocar fazendo pequenas e suaves ondas.
No “velho Chico” sertanejo, tem um amanhecer com a presença do sol sem raios e nem calor, simplesmente uma bola amarela que de longe observa um manto verde/azulado de águas que deslizam sem pressa para o oceano.
(Maria Araújo)
(Esse cantinho do Velho Chico fica em Petrolândia-PE. Uma bela cidade serena e aconchegante onde abriga a Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga e é conhecida como sendo a Capital Pernambucana da Coconicultura).
Rio Grande velho de guerra,
O berço dos Farroupilhas,
Sou cria desta terra,
Percorrendo várias trilhas,
Enfrentando obstáculos,
Sem medo nenhum de encarar,
Assistindo muitos espetáculos,
Mas quem sou eu pra julgar,
Sou simples, humilde, sensato,
E o meu caráter é virtude,
Tenho o dom de ser pacato,
Responsabilidade na atitude,
Sou gaudério, sou cancioneiro,
E admiro a coisa certa,
Sou amigo, sou companheiro,
E também hospitaleiro,
Se aprochegue que a porteira está aberta...
Prenda linda do Rio Grande,
Perfeita que nem à Natureza,
Em qualquer chão que tu ande,
Deixa para os fãs à beleza...
Sérgio o Cancioneiro.
O amor é uma ponte sobre um rio furioso; Amor é o rio lá em baixo, é o atravessar a ponte, é mergulhar no rio.