Rio
Sou uma garota nascida em Julho,
Uma garota que almeja o Amor,
O Amor verdadeiro,
Enquanto ele passa,
A dor escorre pelos dedos,
Fere os cantos,
Derramam-se em prantos,
Todos os corações despedaçados,
Ameaçados por tanta desilusão,
Coração.
Maléfico,
Enganoso sangue que corre em minhas veias,
É como o canto das mais belas sereias,
Se entrelaçou e morreu,
Dentro de si morreu.
Pessoas que querem meu corpo existem,
Já existiram,
Mas,
À essas somente presenteio com a minha ausência,
Quero amor de alma,
Amor de Deus,
Complexidade,
Quero alianças trocadas,
Altar,
Quero o pra sempre,
Até que a morte nos separe.
A vida me passa,
Como lâmina de estilete,
Me rasga,
Na carótida,
Choro de sangue,
Pranto no peito vazio de quem te quer.
O que fazer com esse romantismo exacerbado?
Que não olha pro lado,
Está cego,
Olhos fitos no amor,
Até mesmo naquele que se acabou.
Posso ser leve como uma pluma,
Ou pesada feito bigorna,
Depende de como você interpreta meu senso de intensidade.
Triste é a liquidez,
Aos Colecionadores de fardos de corações,
Carregados de paixão,
Incendeiam largos em desilusão,
Amo à todos,
Amo de um Amor maior,
Aquele que venceu ao mundo,
Mestre o Senhor Jesus ensinou,
Esse Amor não é de corpo,
Meu corpo é Templo,
Ainda que não fosse antes por olhar desatento,
Às vezes me perco,
Amor de Alma,
Aquele que acalma,
Dá a vida,
Recheada de paz,
Amor pra mim,
Tem formato de Cruz,
Enquanto o coração faz seu papel, Perfeitamente,
Assombroso,
Papel de vilão,
Companheiro assíduo da Dona Emoção,
Fogo de fósforo,
Queima rápido,
Combustão,
Logo se apaga,
Levando com ele todo oxigênio,
Deixando em todo seu vácuo,
Perturbador vazio,
Rastro de gás carbônico,
Até que um dia,
Ninguém mais respira,
Se arrasta na fumaça.
Sim, somos estranhos,
Porém,
São apenas diferenças,
Somos únicos,
Ambíguos,
Isso me desperta amor,
Inspira,
Faz-me transbordar,
Tudo que não conhecemos à fundo,
Estranheza nos gera,
E,
Pensando bem,
Questionável é,
Até mesmo o autoconhecimento,
Somos mutáveis,
Uma construção,
Onde os tijolos,
São nossas escolhas.
Ninguém me entende,
Ninguém é capaz de me suprir,
Ninguém suporta minha interiedade,
A dor do Amor,
Em mim suplica,
Deteriora o meu ser,
Derreto-me,
Como cera quente,
Queimo,
Arranho,
Arranco,
Avermelho,
Intrínsecamente,
Derreto,
No vazio do ser.
Três de Dezembro.
A mais bonita das bonecas,
De beleza natural,
Seus cachinhos,
Suas curvas,
Sim,
Ela não tem igual,
De idéias,
Sem balelas,
Sopra o vento,
Passa o tempo,
Sem lamento,
Voltamos ao nossos momentos.
Eu tenho versos,
Ele tem sementes de amor no canto,
Voz doce e profunda de encanto,
Alegra o dia,
Massageia a Alma,
De alegria,
Como um afago,
Um abraço de saudade,
Um delicioso beijo sem maldade,
É muito amor contido em canção.
Eu não temo a solidão de corpo,
Essa não mata,
Temo a solidão de Alma,
Essa maltrata,
Quando um corpo,
Só faz papel de corpo,
É só um frasco,
Bebida amarga,
Coração gelado
O amor,
Não é feito sob imposição,
Do coração ele é ladrão,
Simplesmente acontece e é leve,
Se um dia se tornar pesado,
Fardo,
Torne-se em copo,
Bebendo o gosto amargo da distância, Vento que trás o tempo cura,
Dá lugar ao reinicio,
Retorno do Eu,
Recomeço.