Rio
Tão certo como dois mais dois são quatro,
Não existe sapato de um pé só.
Aos distraídos um de cada cor já vestiram,
Cada cor tem seu par,
Cada par tem uma cor.
É talvez meus escritos não façam mesmo sucesso...
Nesse mundo ao inverso,
Onde no verso,
É bonito ser triste,
E nisso se insiste!
Nos meus versos levo amor,
Fujo da dor,
Ao invés de solidão,
Prego solução,
Troco o tropé,
Por fé,
Gritos vazios não aliviam sofrimento
São levados pelo vento,
Por isso escolho a fé,
E isso que me põe de pé!
Nada penso, mas, penso.
Que pensar em nada já é pensar,
Por isso, concluo que nada sei,
Apenas penso que sei,
O que minhas palavras não sabem me explicar,
Muito menos te dizer...
Eu converso com todo mundo,
Sorrio para estranhos,
Vejo beleza nas sutilezas,
No jeito, nas palavras,
Faço vista grossa para a maldade,
Preservo os meus olhos,
Meus ouvidos entopem para aquilo que não me acrescenta,
Procuro me preocupar com as palavras que digo,
Elas podem machucar ou sarar,
Por isso prefiro escrever,
A escrita para mim é como um filtro,
Ajuda-me a pensar melhor,
Se errar apago,
Encho um cesto de papéis rabiscados de caneta.
Na vida cotidiana vejo mais dificuldade,
Tem coisas que não se consegue voltar atrás,
Mas, sigo em frente sempre tentando melhorar,
Sigo em frente, procurando sempre,
A base da palavra que me fez.
Eu não nasci pra usar sapatos,
Eu não nasci pra pintar meu rosto de alguma cor,
Eu nasci pra ter caráter.
Simplicidade.
Eu nasci pra poesia.
O resto se compra.
Mas eu não estou à venda.
Não sou mercadoria,
Não estou exposta numa prateleira para ser escolhida.
Eu sou da música, da poesia,
Sensível, sem ser destrutível,
Sensata, às vezes até chata...
Uso a emoção em doses homeopáticas,
Controlada, nem sempre,
Mas nunca desorientada.
Cansada...
Das futilidades do mundo,
Procuro respirar fundo,
E me encontrar nas coisas que o meu Deus criou,
E nas pessoas que Ele inspirou,
Pois, não estou à venda,
Não sou mercadoria,
Nem estou exposta numa prateleira, esperando alguém me escolher.
Eu tenho valor.
"AS PESSOAS SE SENTEM LIVRES FAZENDO SUA PRÓPRIA VONTADE, E NÃO PERCEBEM QUE SE TORNAM ESCRAVAS DE SI MESMAS."
E eu com essa mania de tentar dizer...
Eu gostaria de saber falar, mas palavras ditas nunca foram o meu forte,
Prefiro escreve-las,
Prefiro canta-las,
Ou até mesmo numa bela poesia transforma-las.
Vivo para pensar,
Penso para viver,
E hoje aprendi a transformar pensamentos em realidade,
Ainda que não aprendi a ensiná-los,
Se não sei passar adiante,
Então de que me vale saber?
Não sou boa com palavras faladas,
Prefiro canta-las,
Prefiro escreve-las,
Ou até mesmo numa bela poesia transforma-las.
Eu gosto de ouvir o silêncio.
É nele que se se faz presente a voz de Deus.
Eu gosto de olhar para o céu,
A imensidão azul onde um dia vou morar.
Eu gosto de me deitar na areia ouvindo as ondas vindas do mar,
Gosto do cheiro das gotas de chuva que caem como numa sinfonia regida por aquEle que um dia me criou,
Gosto do som de cada nota dedilhada ao violão,
Mesmo que desafinado, parecendo sem sentido, expressa o que sinto numa canção,
Gosto de cada palavra escrita a mão, rascunhos em lápis ou caneta, mesmo que depois se transformem em papeis amassados no chão,
Gosto dos sonhos de olhos fechados, mesmo acordado achando que não.
Gosto de olhar da janela do oitavo andar, quando o sol se escondendo atras das montanhas faz o azul se alaranjar.
Gosto das mãos levantadas para que em Tua presença eu possa estar
Gosto da paz e da beleza de em Teus caminhos andar.
Parece bonito,
Mas, são apenas máscaras,
Pessoas travestidas de bondade,
Contando uma mentira que parece verdade.
Tentando te afastar do certo,
Contando com a filosofia dos “espertos”
Vestindo um falso colorido,
Escondendo seu gemido,
Com sorriso entreaberto,
Porém com olhar disperso.
Sem certeza do que a por vir,
Com medo certo de a escuridão cair
E quando em meio a todo um mundo estiver,
E aquele vazio então vier,
Que estas palavras te venham servir,
Para na escuridão nunca mais cair.
Visceral...
Não consigo me entregar pela metade,
Não aceito ser metade...
Se for pra acertar que seja plenamente,
Se for pra errar,
Ninguém morre por tentar,
O importante é que se faça certo,
Limpo,
Com amor...
E lá existe amor sem entrega total?
Eu acredito no amor,
Continuarei acreditando,
E pela fé, ele está chegando.
Porque minha vida está nas mãos de quem o fez.
O meu Criador.
Na fé.
Hoje esqueço da sua existência.
Coloco um fim nessa história que ainda vivia dentro de mim.
Deleto-te do meu Facebook e da minha vida.
Só aceito quem me valoriza.
Não confio mais em você.
Disolvo-me...
Espalho fragmentos do meu eu.
Disolvo-me...
Deixo minhas peças espalhadas,
Outrora esqueço-as perdidas num tempo,
Uma ampulheta quebrada,
A areia se espalha pelo vento,
Deixo minhas peças espalhadas,
Quase nunca notadas,
Junto-as novamente dentro do meu eu,
Fecho-me,
Apago novamente o caminho.
Eu, quebra-cabeça de mim.
Um eu que se mostra em pedaços,
Junte minhas peças,
Dedique-se a entender-me em partes.
Raros momentos de sol
Eu vim trilhando
Num raro momento de sol
Em busca de mim.
Já não sabia mais.. aonde caminhar..
Nas tardes nebulosas, tortuosas de minha trilha sem fim...
As pedras sufocantes que fazem sangrar meu coração.. tenro e quente mas
Com uma fria crueldade que não vinha de dentro de mim...
E lá estou eu.... só... quieta... esperando... esperando... esperando... e humilhada, e pisada... quase torturada pelos dias que não tem soluções ao meu favor..
Mais uma vez... mais um dia... mais uma tarde.. mais uma noite...
Desprendo-me de tudo que posso me agarrar e pedir por favor...
Que agora tento me cercar de alegrias e que estão tão distantes de mim..
Rio de Janeiro, 12 de abril de 2007.
Não sou adepta à relacionamentos unilaterais,
Sejam eles de quaisquer natureza,
Prezo a reciprocidade.
Todos nascem portadores de uma particularidade,
Eu nasci pra arte,
Pra rima,
Pra poesia,
Eu nasci canção,
Para fazê-la,
Sê-la,
Minha forma de expressão.