Rio
Naufrágio
Alguém entrou aqui de repente
E as travessias eram longas
O farol não existia
As estrelas já não guiavam
Era eremita em mim mesma
E as pontes que me interligavam
Eram velhas
Fracas e quietas
A água azul e límpida
Os olhos em um rio
O rio que me desaguava e me inundava
Sofri naufrágio, mas em alegria
Porque me inundei em minha própria poesia.
As vezes me pego pensando nessas águas. Chego a sentir
o cheiro da areia molhada.
Outrora parece que ouço a sinfonia da correnteza...
Saudade boa do rio corrente.
muito tempo fui do crime, na maior desiluzao, na minha vida so sofria com dor no meu coraçao, hoje vivo jesus cristo ele e meu bom amigo e a minha salvaçao.
UM VALE DE LAGRIMAS
Enfim a lama chegou ao mar
Levando tristezas e dor por onde passou
De Mariana das Minas Gerais
A Baixo Guandu, Colatina e Linhares no Espírito Santo
Foi tirando a vida das águas do Rio
Causando desespero e decepção
Transformando as águas em lama
Desaguando no mar e tirando um encanto natural
Da praia de Regência com azul anil
Em águas do mar e do rio em uma extensão amarelada
Das montanhas das minas até o desaguar do rio no mar
Uma mistura de água doce e salgada com barro e lagrimas
A lamentar a morte do rio que antes era fonte de vida
Uma grande mancha barrenta a mostrar a ganância e ambição dos homens que em nome do progresso e do capitalismo selvagem, agridem a natureza e destroem um grande ecossistema que levará décadas para se recompor.
'ACABOU O QUE ERA DOCE"
As veias vertiginosas que serpenteavam descendo a serra rumo ao mar marcando nas terras mineiras por onde passavam foram subitamente acometidas de um "derrame" que as fizeram explodir trazendo consigo ao invés de Água cristalina que distribuia vida por onde passava ,a vermelhidão do descaso a lama da irresponsabilidade os rejeitos dos abastados para sufocar e matar os menos afortunados e desavisados que sossegadamente estavam em seu caminho.
Morte no Rio Doce!
Acabou o que era doce!E o moribundo rio se arrasta em seu leito de morte,morte que se estende em todo seu percurso dentro e fora de seu leito!
E agora?
Espero viver o suficiente pra te ver de novo cristalino como dantes e as pessoas sorrindo de novo entorno de ti!
Acho que as lágrimas desse povo sofrido é que vão te salvar,te limpar,porque das autoridades nada ou pouco se pode esperar!
"Lamento de quem só te conheceu vermelho e moribundo,mas que quer te ver quando voltares a se DOCE.
Se não consegue seguir adiante em sua vida, é porque nunca procurou ver a direção das águas de um rio para se inspirar em algo que faça você seguir em frente
O que antes era deserto
fez-se campo aberto de flores multicoloridas.
O que antes era lágrima
fez-se rio que deságua em mar repleto de saudade.
O que antes era feio
fez-se espelho para a beleza da alma que me habita.
O que antes era palavra solta
fez-se corrente de versos.
O que antes não tinha sentido
vestiu-se de fantasia.
Em minha filosofia...
as palavras não se perdem,
as palavras não se criam.
Tudo se transforma...
Em poesia!
Adeus
Hoje acordei com você na cabeça.
Abri os olhos bem devagar e sob uma feixe de sol dentre a cortina, lembrei do sol dourado que iluminou nosso dia... aquele dia; o dia em que isolados entre um turbilhão de água e muitas sensações, dividimos por igual n'aquele rio... e que Rio.
Abri mais os olhos e senti o cheiro doce do café que vinha da cozinha. Por mais estimulante que possa ser esse cheiro, não desviou meus pensamentos.
'E' e 'se' são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer palavra, mas quando estão juntas, lado a lado, elas têm o poder de assombrá-lo pelo resto da vida.
'E se'... E se? E se?
Eu sei bem como nossa história acabou, mas se o que você sentia naquela época era verdadeiro, então nunca é tarde demais para seguir seu coração e ter coragem de ser exatamente como é.
E se não tivéssemos brigado, e se não tivesse viajado, e se não houvesse Rio, o de Janeiro, e se? E se? E...
O cheiro do café nunca foi tão próximo e tão íntimo ao mesmo tempo, que chego a pensar - na verdade, me vem a certeza que perdi.
Não que perder seja frustrante; perder é uma astúcia. Uma arte misteriosa.
O sol entra com mais força pela fresta entre a janela e a cortina, que posso até sentir o gosto do café pela boca; um gosto confuso; um tanto amargo, um tanto doce, um tanto ácido; mas é gosto de café.
Acidentalmente tantas coisas são perdidas que perder se torna mero acaso.
Perder é tão substancial que me perco um pouquinho todos os dias.
As vezes me perco por horas, horas de mim mesmo; perco a chave de casa, o horário do trabalho, o aniversário, o encontro. E porque não o amor?
Perdi até a viagem que já fiz, e as que não fiz também.
Já perdi um amor paterno, um amor fraterno, um amor carnal... Já perdi um continente meu caro!
Nada disso é imaculado, não muda nada... só resta a tal da saudade.
Mesmo que tudo permaneça um mistério, a arte de perder nem é tão honesta... faz parte.
Levantei da cama e deixei o sol entrar por completo. E o dia sorriu pra mim.
Sorriu dolorosamente como quem quer dizer algo...
Adeus!
Sejamos como os rios, não em uma trajetória retilínea que deságua, mas com curvas para podermos deixar coisas para trás, além de que também chegarão coisas para a nossa vida.
O coraçao de um poeta é transparente como agua limpa, mostra seu interior independente do que ah no fundo do rio..."
PEDRA GRANDE
Entre a Quixaba e o Jorrinho
Tem uma grande Pedra
Há uma “Pedra Grande”
Esquecida no caminho
Abandonada pelos poderosos
Desprezada pelos políticos mesquinhos
À espera de quem quebre esse tabu
E salve o Rio Itapicurú
Dos maus costumes
Dos maus curtumes
Quem nunca sonhou com esse lugarejo
Tornar-se algum dia palco de cobiça, de desejo
Que seja o primeiro nessas terras
E atire a maior das pedras!
É racional e bela a natureza,
Dá vida pela água e pelo ar,
Frutos e flores dotados de beleza,
Para o homem inclusive se sustentar.
A natureza na sua amplitude,
A todo custo ao rio protegia.
Por si só ela tem atitude,
É incontestável sua soberania..
Há anos que o rio agonizava,
Pedia socorro e ninguém ouvia ,
Massacravam o leito por onde passavam,
Pela ganância, o rio estremecia.
Somente a pensar, o homem no lucro
Trouxe tragédias, muitas vidas a matar.
Confessando a culpa no sepulcro,
Confessando a culpa sem se culpar.
Nosso rio doce não é mais de mel,
Mataram a vida que nele havia,
Tornou-se amargo em forma de fel,
Hoje só lama, que triste agonia!...
Que linda paisagem
Uma foto a beira mar
Tiro um retrato e faço uma viagem
Sonhando em te contemplar
O destino quis assim
Dar um tempo e nos separar
Para um dia nos unir enfim:
Sol,areia e mar!
Sol,estrela e lua
Começo a meditar
Bela imagem sua
Que a natureza quer apresentar
Isso tudo preservar
Proteger esse legado
A bondade manifestar
Dentro de cada coração amado!
Há três coisas na vida que nunca voltam... mentira, há milhões de coisas que nunca voltam... na verdade, nada volta, pois quando volta, já não é mais a mesma que foi.
"Roma não é uma cidade eterna, ou a cidade eterna, não existe cidade eterna! Jerusalém, não é uma cidade santa, um lugar é santo, isto é, torna-se santo, quando um conjunto de pessoas acredita que é santo, uma elite religiosa prega e ensina que é santo, um poder político e até de força ou a força impõe que é santo determinado lugar... O Rio de Janeiro não continua lindo, nunca foi lindo em sua totalidade, mesmo sendo lindo talvez na geografia, ok... Mas, há lugares no Rio que são banhados de sangue e absolutamente mergulhados na violência e na poluição... Nova York não é a cidade que nunca dorme! Há várias, centenas, milhares de cidades que nunca dormem no mundo... E aliás, não são as cidades, mas sim, trabalhadores nestas muitas cidades que atravessam as noites trabalhando!"
Das inúmeras necessidades que eu tenho nessa vida, você se resume quase a totalidade, porque você é como um rio, afluente em mim: tira-me a sede, me dá água na boca e ainda me faz transpirar de encantamento. Suas águas fazem cachoeira nos meus mais sedentos desejos. E, assim, você deságua seu rio no meu mar de um amor que nunca seca.
Hoje não quero o passado a minha porta, não quero lembranças de outrora na minha mente, o que passou, passou, e assim como as águas de um rio nunca mais retornam a mesma nascente, assim deve ser o passado, jamais retornado, aprendido e despachado