Rio
Lágrimas de Potira
Na beirinha do rio de toda
a minha vida,
Sou eu que conto as lágrimas
de Potira transformadas
por Deus em diamantes
para eternizar o amor
que ela sentia pelo heroico Itagibá,
De poesia em poesia
vou escrevendo a minha Pátria
porque ao menos no meu
peito eu a quero viva
para ninguém com ódio a reinventar.
Tereza de Benguela
O Rio Guaporé ainda
chora a morte da Rainha,
Sim, a História relembra
o quão tráfico ocorreu
no Quilombo do Quariterê,
Os algozes foram pela História
alagados e Tereza de Benguela
está mais viva do que nunca,
para mim e para todos nós,
neste mundo que gira veloz.
Os teus pensamentos são como as águas do rio que correm para o mar, Os corações se reconheceram, Vou trazê-lo para mim, Nós vamos nos encontrar
Sentada no banco
da Avenida Rio Branco,
Descanso a agonia
e dialogo mentalmente
sobre a perplexidade
ante a covardia,
A beleza da bouganville
me faz companhia,
E logo recupero
a coragem e a alegria.
Pelas corredeiras do rio
de fogo do seu silêncio,
Ofereço um Aaru
feito pelos cocozus,
E o meu amoroso
bom humor porque se é
para ser os próximos
movimentos serão seus
porque o coração já tens
e todos os poemas meus.
A vida mudou,
o rio secou,
Não me lembro
do último Abunã
que a gente tomou,
Só sei de gente
que perdeu toda
a vergonha,
e ainda não encontrou.
Aru-Apucuitá nas mãos
experientes cruzando
o Rio Negro,
E quando o resto
vira cinzas para trazer
a Mãe da Mandioca
para nos alimentar,
Com a tradição não
se deve brincar.
Nas ribeiras do Rio Paraná
e do Rio Prata onde inefável é
o Ceibo floresce igual
ao meu amor no meu peito.
E pelo vento se converte
e toca como harpa sempre
quando lembra do seu jeito
desejando o teu amor perfeito.
Quando chegar o nosso dia
o teu coração me lerá no ritmo
crioulo do galope da poesia.
Não será preciso nem ocultar
o meu brio que tem tudo de Anahí:
aqui nasci e amar para sempre escolhi.
Eflorescido o Tajy Hû colorindo
de rosa a terra dos guaranis
onde se ouve como harpa o rio
e me deixo nas mãos do destino.
A imensa dor do Chaco também
me pertence e a coragem igualmente
de colocar cada qual no seu lugar,
não vou esquecer e custe o quê custar.
Pertenço a um alguém que também
me pertence com tudo aquilo
o quê sinto mesmo que ele venha demorar.
Pode não ser nesta Primavera Austral,
mas na próxima nada vai mais nos atrasar
porque já será chegado o tempo de amar.
Duas luas
e um eclipse solar anular
no céu de quem?
No meu há um rio de fumaça
que nem mesmo
o Sol consegue nadar.
O Aguano na ribeira
ficou na memória,
Era uma vez um rio,
que restou o calafrio
não é mais segredo,
Do futuro eu morro
de medo e como
sou poeta o meu
dever é remar em rios secos.
Quem me dera
também ser daí sereia,
O rio que canta
por comigo aqui
é o Rio Itajaí-Açu
do meu destino
que me inspira sempre
com um novo poema mais bonito.
Uma doce lembrança
do Rio Grande do Norte,
Encontrei os teus olhos
debaixo do Pau-d'arco-amarelo
e eles passaram a ser o norte
que me levaram pelos mares
do amor e me fizeram a navegar
que hoje escrevo Versos Intimistas
só pensando em regressar.
Quando floresce
o lindo Ipê-amarelo
no Rio de Janeiro
assim como o Sol
no firmamento,
Só consigo
lembrar de você
e o quanto te quero
e com os meus
Versos Intimistas
com todo o carinho
na imaginação
te presenteio
porque te quero
colado no peito.
No nostálgico
Rio de Janeiro
do meu destino,
Lembro-me
do Ipê e você
e o quanto ainda
quero estar
no seu caminho,
Enquanto isso
com os meus
Versos Intimistas
escrevo para me preparar
por dentro para viver
um romance com você.
Um gentil Chimarrão decorado
com uma flor de Ipê-roxo,
O conhecido vento minuano
deste Rio Grande do Sul,
O meu lenço vermelho
conforme a tradicional pilcha,
O meu livro de Versos Intimistas
e o desejo de tê-lo na minha vida.
Floração do Ipê-róseo
no Rio Grande-do-Sul
da minha herança
que honro com gosto
nos meus Versos Intimistas,
trago no peito e canto
triste ou feliz todos os dias.
A minh'alma de Ipê-roxo
em floração no Pampa
guarda folclores e mistérios
do meu Rio Grande do Sul
poético e de amores
que carrega no coração,
e escreve Versos Intimistas
sempre com toda adoração.
Somos este parzinho
soltinho de gaúchos
neste Bambaquerê
do nosso Rio Grande do Sul,
Do jeito que você
me quer não canso de te querer.
Dançamos em Campos
na terra da Mana Chica
esta dança esquecida
do Rio de Janeiro,
Foi exatamente durante
o Balão Faceiro,
Que decidi ter para mim
o teu amor inteiro,
e ser o seu amor perfeito.