Rio
O pior erro do ser humano e querer alguém que não quer nada sério e no final a pessoa vai embora te deixando expectativas e pensamentos em que você não foi bom suficiente que deveria ter tentado mais.
No rio da vida, a maioria das memórias são correntes passageiras; escolha ser uma lembrança eterna e memorável.
As vezes eu sou brisa
As vezes eu sou sol
As vezes eu sou rio
As vezes eu sou mar
As vezes eu sou madura
As vezes eu sou criança
As vezes eu sou frágil
As vezes eu sou forte...
Mas a minha essência não muda
Em todas as fases eu sou
quem sou e o mover de
Deus está em mim.
Perdas nos fazem chorar e ao mesmo lamentar… Acaba sendo um rio de tristeza que há cada dia enche com lágrimas de desespero lágrimas de solidão que acabam com o nosso coração.
Sabe, eu me sinto tão sozinha, me sinto como se eu estivesse me afundando em um rio, virada para a superfície da água, eu abro meus olhos e vejo a luz da lua refletir na água, enquanto eu vou me afundando, fico esperando alguém aparecer, mas não tem ninguém, porque ninguém viu e ninguém sabe que estou ali.
Nós sempre estamos nos afundando em algum rio.
O rio representa a dor, a tristeza e nós estamos nos afundando pra dentro dela.
A luz da lua refletindo na água é a esperança que lá no fundo do coração, ainda temos.
O esperado alguém aparecer, é nós tentando confiar em pessoas que pensamos que vão nos ajudar quando precisarmos, mas na verdade não vão.
O ninguém viu ou sabe que você está ali, representa que ninguém sabe o que você sente, ninguém vê você quando está sozinha.
E o abrir os olhos é você perceber que está tão sozinha quanto parece.
Paraíso!
Imaginava paisagem
Uma montanha,
Um vale,
Uma casinha,
Um rio,
E toda luz refletida,
E todas as cores,
E todos os tons,
Todos os sons,
Toda beleza presente,
E imaginável.
Enganei-me.
O paraíso é como a felicidade.
Está dentro de nós.
Aquele momento intenso,
Que o céu, vem ao encontro do mar,
Se une num só,
Uma linha tênue ao infinito.
Inteira,
Presente,
Una.
A direita,
A esquerda,
A frente,
pelas costas,
No centro:
Sente a luz que irradia,
E brilha.
Leve,
Mas cheia,
Completa de si,
Preenche todos os vazios.
E petrifica
Na alma, o instante,
O eterniza.
Pela " amor " de alguém, um rio amazonas de lagrimas será secado, isso é obvio o que você não pode fazer é desperdiçar uma lagrima pela perda de seu amor próprio.
Sou do tamanho do universo, eu sou o universo inteiro.
Sou rio, sou mata, sou índio , sou arco, sou flecha certeira com ponta de ferro.
Sou cavaleiro e sou cavalgadura.
Sou ouro, sou pedra preciosa, sou todas as riquezas do mundo.
Sou azul, sou verde, vermelho, branco, e sou preto porque sou todas as cores, pois sou infinita.
Eu sou leve e fluo levemente por aí, cada dia sou de uma cor e vibro num tom porque sou todos em um, eu compreendo o todo e o todo vive em mim.
Para os seres vivos inteligentes ou não, existem um fluxo natural, como o rio que flui do eu interior, que expande e esse fluxo permeia há todos como no universo, basta uma fração do pensamento e sentimento para transformar a sua realidade ao teu favor.
Bravura de um casal
Pilares rochosos,
rio borbulhante correndo solto,
montanhas com tons de verdes vibrantes,
na canoa o laço é jogado, a bravura do casal assusta as correntezas fortes, amedronta o cenário selvagem e impetuoso da floresta densa e chega a causar temor no medo.
AFLUENTES
Você sabe porque o Rio Amazonas é tão grande e imponente?
É porque ele possui
Afluentes.
Se você quiser ser grande e imponente, deixe que outras pessoas sejam os seus Afluentes.
ALMA DE MAR
Barulho de carros passando, bois, rio, lagoa e fazenda.
No peito uma reflexão sobre uma lacuna, não há quem entenda.
Saudades dos barcos que antes navegavam, agora, fora da maré.
Dali, alguém bom chegará para a reforma, descalço o pé.
Não apenas o pé mas o corpo todo sente.
A falta da onda, do vento, da areia quente.
Homens magros e gordos, cestos e feixes.
Feira, manhã, remos, irmãos e irmãs, filhos do peixe.
Comércio vibrante, vendedor satisfeito.
Faca afiada, garganta treinada crucifixo no peito.
No meio da pista, recebe o turista, piadas até de dentista.
O espírito hoteleiro, bom humor é a qualidade primeira da lista.
É disso que anseia de novo o que para a métropole mudou.
Cansado de prédio, ônibus, trem ou metrô.
Quer apressar o passo para lá terminar e logo voltar.
Pois a alma que lá trabalha, têm fé que não falha, é alma de mar.
Sergio Junior
A SOBREVIVÊNCIA - MANGUE
- Recife -
POEMA I
E a ponte esvai-se pelo rio
trêmula navegante nula;
nas suas cáries residimos
logicamente crustáceos.
Bípedes arquitetando sombras,
planos rostos refletidos: nunca,
no aquático espelho dos sobrados
sustém o eco dos sentidos desusados
que mordem das impegadas mãos o tato.
Incerta lama convivida:
alma lama reanscida ao sol.
Anfíbio (caranguejos, siris, meninos)
o peito ereto, as mãos para cima,
trazem as bandeiras de medalhas-lama.
Do céu ganhou a armação
em ossos; um nato esquife.
E o recheio, que lhe desse o rio.
Lá na Ponte Giratória, por mais que gire:
ossos que vivem a sobreviver de ossos!
(Publicado na antologia Presença Poética do Recife, de Edilberto Coutinho, Arquimedes Edições, SP, 1969 e 2ª edição, UFPE, 1977.)
A vida é um espiral para frente.
O rio da vida nunca faz o mesmo percurso. Nunca volta para o mesmo ponto. Encontros e desencontros. Sins e nãos. Escolhas e consequências. Ação e reação. Acasos e providências. Tudo gera uma consequência. Uma rota diferente. Do nada a vida vira de cabeça para baixo. De repente, o que foi, já não é.
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Talvez a felicidade seja inesperada. A dor como uma rasteira. E a esperança como uma fresta na janela.
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Uma coisa é certa: nós podemos ter oportunidades parecidas, mas nunca iguais. Afinal de contas, a vida não é um ciclo, mas um espiral. Espiral para frente, com uma linha de chegada. O rio da vida continua a fluir, independente de nós. Nada volta. Tudo continua. O que foi, foi. O que há de ser precisa que naveguemos pelo molejo das águas.
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Então, para uma vida bem vivida, coragem e ousadia! Olhares atentos para os possíveis “e se” indesejados. Coração aberto para as rotas inesperadas. Alma caminhante e pulsante de amor e vida.
Oh, meu Rio de Janeiro!
De céu azul, muitas vezes cinza
Com natureza deslumbrante,
de gente fina e elegante,
É um povo trabalhador
Que acorda de madrugada
Pega trem, ônibus, trânsito e passa raiva
Em uma aventura de muita dor
Sem perder o glamour
Oh, meu Rio de Janeiro!
De um povo trabalhador
sobrevive ano inteiro
em uma grande selva
urbana e de pedra.
Em um capitalismo selvagem
Que não tem pudor
Oh, meu Rio de Janeiro!
Capital mundial do samba
e das praias bonitas
Falta cultura, saúde, transporte,
segurança e educação
Mas o que não falta mesmo
É violência e corrupção
Oh, meu Rio de Janeiro!
De burgueses traiçoeiros
onde o Cristo parece
que abraça o mundo inteiro,
É a cidade do samba e do Carnaval
Mas também é a cidade do mal
Oh, meu Rio de Janeiro!
cidade maravilhosa,
dos contos, dos poetas, da Boêmia
Dos sambistas e de políticos corruptos
Será que não está faltando uma revolta?
Oh, meu Rio de Janeiro!