Rio
FUNCHAL – MADEIRA
Rio, 05/08/2013.
Eu pouso em ti
Como um passarinho,
Descendo do alto,
Em qualquer caminho
E ando tuas curvas
Com muito carinho.
Teus olhos se choram
São lágrimas de flores.
Teus muitos abismos,
Precipícios de amores.
O mar que te olha
Te afaga melhor,
Te salga, te molha
E te protege ao redor.
As pedras são enfeites
Por todo teu horto,
São como confeites
Que salpicam teu corpo.
Às vezes tens o olhar
Com choro de relvas,
Teu sorrir a me matar
Tem brilho de selvas.
Teu céu de cristal
Te cobre feliz,
Teu sol sem igual
Tua força motriz.
Comecei a seguir – uma gota num rio – a massa humana que, carregada de malas, afluía para a saída. Minha única bagagem era uma malona muito pesada – porque estava quase cheia de livros – que eu mesma levava com toda a força da minha juventude e da minha ansiosa expectativa.
SEGUINDO O RIO
No rio navego o meu barco//
Correndo as águas da vida//
Levando o dia, cada marco//
No rio eu lavo minhas lidas
///
O rio serpenteia a montanha//
Nele as vidas vão brotando//
Ele mata a sede nas manhãs//
E Todo o mal ele vai levando
///
O rio vai fazendo tudo verdejar//
Ele nos convida o banho tomar//
O rio cai em tão belas cachoeiras
///
Ele faz dar vontade de plantar//
O rio faz tudo florescer, vibrar//
O rio faz a seara plena e certeira
////////
O mundo gira, e penso em você, o mundo gira e tanto faz se o tempo passar, as folhas secarem, os rios correrem, o vento soprar, as ondas dos mares baterem contra as rochas que serão moldadas pelo longo tempo, mais mesmo assim eu te amarei, estarei aqui a te esperar como urso espera o inverno para hibernar, eu assim hibernarei sobre o teu amor, sobre a tua pele, sobre a tua boca, como peixe nadarei em tuas ondas, e migrarei para a mais profunda paixão que o teu ser possa me levar.
Olhos fechados, pois abertos limitariam a minha imaginação e logo me deixaria fluir por um rio que não me levaria à parte alguma.
Meu amigo
Por qual rio
Escorre o tempo?
Os meus braços
Esvasm em teus
Ombros ternos
O vento sopra
As conversas
Os encontros
Tudo em volta
Um reflexo
De nós dois (bis)
A distância
Entre nós
É um oceano
O sol devora
Evapora
Tantos anos
Você dizia:
O mar trará
Tudo de volta.
O mar trará
Ou matará
O que há de nós?
O rio...
O rio é caudaloso e perigoso; mas, nós vamos fazer esta travessia em nome de Jesus. Assim chegaremos ao Porto Desejado.
Pense nisso...
O amigo Valdemar Fontoura
A vida é um rio
Um mar que deságua
Lugar qualquer
Em correntezas
Em marés
A vida é mansa
Suave e bela
É doce feito mel
Por vezes fel
Amarga
Cruel
A vida é canto de sábias
Música de mar
Brilho de lua
Sol
É feito flores
Ventania
Chega trazendo festas
Fantasias
A vida é rosa poesia !
Um dia atípico: o clima estava frio; o pico, nublado e o rio, verdacho. Só as prosas e os cafés continuavam na temperatura das minhas lembranças.
Na tua bandeira, liberdade
do teu povo, a empatia.
Pois das Minas que me habitam
verte o rio que me guia.
Metropolita ou interiorano,
importa não, aqui, espia:
seja matuto ou da cidade,
mineiridade a gente cria.
Hoje lembro com emoção
De quando eu era guri
Do meu Rio Camaquã
Dos Maricás por ali
Tomava banho na beira
No meio dos água-pés
Meu Rancho era de torrão
E capim de Santa Fé
Se a corredeira do rio te parece muito forte e arriscado, siga ao leito mais próximo e vá pela floresta, os desafios serão os mesmos mas estará te mostrando que a vida te dá opções de decidir e escolher o caminho que você acha mais sensato seguir, seja responsável por suas decisões, e o caminho que você irá percorrer cabe somente há você.
A Lei da Vida.
No rio do tempo
Outra estação
Outra água evaporou
Choveu
Pode ser que fosse tudo a mesma coisa
A mesma água
A mesma causa
O trajeto do rio era o mesmo
A mesma confusão no mesmo leito
Era a vida a prosseguir do mesmo jeito
Sem pressa
E, se doutra vez, quem segue o rio sabe o caminho
À ninguém cabe o direito
Em pôr a culpa no trajeto
A culpa toda cabe ao rio
Que dessa vez não confundiu direito.
Edson Ricardo Paiva.