Rio
O POETA E O RIO
O poeta não cobiça o peixe
lança a rede para capturar o rio
e feliz regressa pleno de nadeiras
Na tristeza da margem
o rio atravessa-lhe a nado
e do outro lado, córrego
RIACHO
Puxei com dois dedos a ponta do riacho e ele rio
Não entendi a causa do seu humor.
Vi que os peixes saltavam fazendo-lhe cócegas em seu ventre...
O rio chorava e corria.
Quando trabalho meu corpo com consciência sinto uma energia interna como um rio que desce tranquilo irrigando às margens e trazendo vida. No seu término sinto um frescor de vida aumentando ainda mais minha energia como uma cachoeira que desde graciosa formando os rios e sem medo deságua no mar!
Por mais que você faça tudo da mesma forma, cada dia será diferente do outro, um rio pode ter o mesmo curso e mesmo assim a água corre de formas distintas a cada dia...
A onde nasce o rio Dom Pedro?
De quanto chão me resta para estar perto do futuro.
De quanta bobagem necessita o homem para criar mais desastres.
Faltam-me estrelas em gota para irrigar o seco céu da boca.
Trocou-se a simplicidade do riso por espelhos e gritos das raças.
De quanto rio resta a nadar,se de nada ira de sobrar.
O chão que sofria junto a pele, racha e se parte.
A corrente que fere alma prendendo o passado na gaiola da memória.
Ainda há de criar asas e voar meu passarinho.
Ainda há de cantar a liberdade para dentro de seu ninho.
Mas ainda há uma veia de lembranças do que nasceu esperança e morreu criança.
Vi flechas mirarem futuro e caírem nos pés de um maldito burro, que por sua ganância assassinou o meu novo mundo.
E olhando agora, que mundo o Brasil se tornou?
De quem se tornou parte o Brasil?
De que passado resta a memorar?
Quem permitirá viver o futuro ou presente, se pretendem roubar até o conhecimento de nossas mentes.
Dizem que o conhecimento ninguém o tira.
Dizem que o passado não vive no novo.
De algo posso realmente dizer, ainda tenho esperança que possamos renascer de novo.
Faltará de tudo um pouco; nascimento meio lento do que chamam de consciência, ela que pintada de negra ainda não pode ser incolor. Que pena ser utópico um algo tão simples, ainda assim vi muita gente no berço da dor. No parto da realidade encontro a verdade, ainda não aprendemos que na nossa brasilidade não deve existir distinção de cor a dar oportunidades. O pais é preto no formato de toda cor. No lixo da desigualdade virei poeta e de minha poesia tudo que tem vida vira arte. E tudo que é arte faz parte! E de que parte você faz? Parte de todo um mundo! Onde ainda irei de acreditar que ser brasileiro é ter calor, e ser do mundo é ser universal. E se somos universal somos temperados, e olhe bem! Tudo que tem tempero e sabor, é gostoso, como dizia mainha:- Você não é todo mundo, mas todo mundo faz parte do mundo.
Enquanto existir um piá mamão, usando bota e bombacha. O Rio Grande do Sul tá vivo e peleando . Ivens@breu
Entre um banho de mar e a lida do campo, é o Rio Grande gaúcho levando cultura e nativismo para todo canto. Ivens@breu
É assim que a água funciona. O rio flui, empurrando a pedra, mesmo sabendo que ela não vai se mover. Ela não precisa fazer isso. As correntes passam por ali por um certo tempo e até mesmo a mais forte das pedras cede. Pode levar uma vida inteira ou mais, mas a água não desiste.
O rio caminha de encontro ao mar, e em seu percurso vai se perdendo até finalmente cansado e quase sem vida chega ao seu destino, assim somos nós vamos nos arrastando pelo caminho da morte até que um dia finalmente ela chega e esfria e endurece nossos corpos finalizando a vida.
O barramansense é o mineiro nascido no estado do Rio de Janeiro com ambições de um paulistano.
Dr. Leandro Chaves
Até mesmo na destruição da história, como no incêndio do museu histórico do Rio de Janeiro, se faz história, em alguns anos, décadas ou mais, os foceis estudados serão os nossos foceis ali deixados e impressos pela incêndio, demonstrando como nessa atual fase de nossa existência, cuidávamos de nossa própria história e nação.
Rio, de rir. Tantas voltas e gracejos para sair por cima, quando o não te mostra,que não tens poder algum. Ao menos não sobre mim.
Um rio pode até secar durante um tempo, mais uma hora as águas irão voltar a nascer. Porém, à mesma água que passava antes, já essas, nunca mais serão as mesmas...
Tudo passa, tudo muda, basta você querer isso.
Diego Bosso
FEITO HOJE
E o perolado
Brilhantes
Seu Rio sem medo
Fez carnaval do outro lado
No palco, luz
Muda aqui a cor
Mas e a personagem?
Não há
É presente
Desse lado
Pro seu lado
Do seu lado pro meu
Não há tempo no espaço
Só laço
Do Rio sem braços
Que de cor, fica a mudar
E a alegria de saber
Que está de novo
O mesmo Rio
Com o mesmo perolado
Deu frio
Sem ar
Calor a chegar
Agora bobo
Esperançoso
Os rios se encontram
E em profundos perolados
Resiste de um lado
Corredeiras ainda não há
Descansa na beleza
O medo da correnteza
Rio retido
Contido
De encontro com a Mar
Suave
Edredom macio
Deito sem medo
Rio com cor
Só q sem margem está
Avança aos poucos
Corredeiras pequenas
Cheio de vida
Em lago vai chegar
Mas antes de calmo
Lançou-se a grandes corredeiras
Em meio a selva
Rio está
Contornando montanha
Mergulha no lago
Do lado
Rios ainda a misturar
E os perolados
Com luzes
Iluminados
Se aprofundam
Pra do melhor jeito ficar
Acende os holofotes
Eu não vou apagar
To aqui,
Vem aqui
Te abraço
Te abrigo
De risos
E piadas
Cara abobada
Jeito de transbordar
Rio
Num castelo me colocou
Mas eu príncipe não sou
Cavaleiro
Te protejo
Mesmo se não desejar
Me dá a mão
Não solto
Não quero soltar
Dança comigo
Canta só um pouquinho
Rios
Choros
Abraços
Fogo
De novo e de novo...
Te abraço sem medo
Respiro sem ar
Mas rios calmos
Estão longe do mar
Agora lago
Pacífico
Rico
Vivido
Sabe que Rio vai virar
De novo
Talvez cachoeira
Ou até uma bica d’água
Mas o Rio conhece as corredeiras
As pedras
Curvas que podem o destroçar
Só que sabe ser cascata
Ter suas cores em arco íris
Ver do alto as árvores
As aves
A beleza do perolado da íris
Ser lago
E um dia ser mar
Mar de tudo que há de bom pra ser
Pra você
Mas por enquanto
Vamos deixar
Rio andar.
Nas águas deste Rio esplendoroso e encantador através dos meus pensamentos, faço minhas confidências que serão levadas ao Mar...
Impossível adquirir toda a água de um rio, mais aquilo que nos pertence como conhecimento sempre chega misteriosamente em nossas casas, na cabeceira de nossas camas. E sempre para transformar nossas vidas.